Mulheres contam por que querem ser piloto na aviação comercial

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A Latam, que realiza o programa de worshops Proa Direta, informa que tem contratado mais mulheres para a carreira de piloto


Para ter uma conversa aberta com interessados em seguir a carreira de piloto de aviação comercial, a Latam, maior companhia aérea da América Latina, realizou domingo, no Aeroporto Internacional de Florianópolis, Santa Catarina, o workshop Latam Proa Direta. Durante dois turnos, o piloto-chefe da companhia, Sandro Francisco da Silva, e outros pilotos ministraram o evento, que teve 145 participantes, sendo 20% mulheres. Três candidatas falaram por que estão motivadas a abraçar essa carreira.

– Eu não estou pilotando ainda. Comecei agora comecei agora essa curiosidade e estou prestes a comprar as horas de voo. A vontade de me tornar pilota veio porque também desejei ser comissária de voo e consegui. Realizei esse sonho e, agora, veio a vontade e de ser piloto. Entramos nesse mundo e vamos vendo como é, conhecemos melhor e vamos procurando crescer. Para mim, a alternativa para crescer, agora, é a carreira de piloto – afirma Tairini Campos, visitante no evento em Florianópolis.

Sobre o workshop Proa Direta, ela disse que achou “incrível”. É algo que o mercado precisa para pessoas interessadas saberem como e a carreira de piloto. Segundo ela, esse evento da Latam mostra o olhar da empresa que contrata os pilotos, por isso é muito importante.  

– Eu acho que este evento traz uma esperança maior para nós, mulheres, e uma vontade maior de que isso vire realidade. Então, saio daqui hoje com uma vontade de me tornar pilota ainda maior do que eu já estava – destacou Tairini Campos.

O evento de domingo foi ministrado pela Latam em parceria com a escola de formação de pilotos VoeFloripa, de Florianópolis. Uma das alunas da escola que participaram foi a Marimelia Martins, que faz curso de comissária de bordo.

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-Eu sou advogada criminalista há 15 anos, só que, desde criança, eu tive o sonho de estar na aviação. Então, resolvi fazer a transição de carreira agora, perto dos meus 40 anos, e foi quando eu conheci a VoeFloripa. Inicialmente comecei o curso pensando em me tornar comissária, mas como não conhecia o programa eu vim neste evento de piloto e acabei me apaixonando também.

Esse evento foi muito importante porque eu acredito que muitos talvez não tivessem tanta noção de como é a vida do piloto – talvez pudessem estar fantasiando ou não – ou até achassem que fosse um sonho muito distante, e também não é – afirmou Marimelia Martins.

A advogada comentou que achou mais interessante quando pilotos contaram como foi a vida deles nessa carreira, como foram os nãos que ouviram. Depoimentos assim aproximam os candidatos do sonho. Ela observa que muitas pessoas veem o avião como algo distante para pilotar, quando, na verdade, precisa mais de disciplina. O workshop foi explicativo e motivacional.

– Comecei a voar há um ano, dei uma pausa e voltei agora. Eu pretendo seguir a carreira na linha aérea e, para mim, esse evento foi muito legal de participar. Isso porque além de todo o conhecimento acho que a motivação para continuar, o incentivo, te deixa com mais gás para seguir. Às vezes, há momentos em que a gente para de acreditar porque está difícil. Mas ver pessoas que chegaram aonde eles chegaram falando que é possível é uma motivação para continuar – afirmou Pietra Machado de Souza, também aluna da VoeFloripa.

Para ser piloto é preciso gostar muito de aviação e se preparar dentro das necessidades de mercado. É necessário fazer um curso privado e horas de voo, o que não é barato. Uma das escolhas do Sul do país é a VoeFloripa, de Florianópolis, fundada por pilotos e que ministra aulas práticas em aviões Sesna e outros.

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Pelas informações de mercado, o preço do curso para pilotar vai de R$ 110 mil até R$ 400 mil. Isso inclui número variável de horas de voo.

Os salários da categoria são acima da média de outras carreiras, mas nada exorbitante no início. De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), o salário inicial para pilotos de jatos e aeronaves bimotor turbo-hélice é de R$ 11.122,70. Mas profissionais experientes podem receber até mais de R$ 22 mil mensais. Para pilotar outras aeronaves de aviação regular o piso salarial é R$ 6.372,56. A Latam tem feito esses workshops em cidades que têm escolas de aviação.

Antonietas

Antonietas é um projeto da NSC que tem como objetivo dar visibilidade a força da mulher catarinense, independente da área de atuação, por meio de conteúdos multiplataforma, em todos os veículos do grupo. Saiba mais acessando o link.

Fonte: NSC Total

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