Mês: janeiro 2025

O polêmico voo dos deportados brasileiros em Manaus gerou comentários por parte do Ministro das Relações Exteriores, que afirmou em entrevista algo que não aconteceu.

Em entrevista coletiva para tratar do assunto, o chefe do Itamaraty, Mauro Vieira, foi questionado por um repórter sobre a demora do governo atual em tomar providências sobre a situação dos deportados, já que há anos o procedimento dos imigrantes ilegais voarem algemados é praticado pelos EUA.

O jornalista questionou: “Não foi a primeira vez que os voos de deportados dos EUA para o Brasil tiveram pessoas algemadas. Assim como o número de deportados do ano passado foi muito maior do que durante o governo Trump. Por que só agora o Brasil está dando atenção a esse fato? O que teve de diferente nesse voo?“.

Em resposta, Mauro Vieira afirmou que “Primeiro que houve um acidente com o avião, as más condições, péssimas, que nos levou a buscar as autoridades americanas, para encontrar justamente condições adequadas, porque nós não podemos admitir que as pessoas venham com aquele tipo de tratamento, inclusive correndo riscos maiores, porque o avião poderia ter sofrido um acidente e problemas mais graves“.

Logo após a entrevista coletiva foi encerrada sem que a pergunta do repórter tivesse uma resposta. Da mesma forma, a afirmação vaga do ministro não esclareceu qual teria sido o “acidente” envolvendo a aeronave.

O fato é que que não ocorreu nenhum acidente, o que, segundo definição da própria ANAC, refere-se a algo grave: “é um acidente aeronáutico quando qualquer pessoa sofra lesão grave ou morra em decorrência de sua presença na aeronave, em contato direto com qualquer de suas partes, incluindo aquelas que dela tenham se desprendido, ou submetido à exposição direta do sopro de hélice, rotor ou escapamento de jato, ou às suas consequências. Exceção é feita quando as lesões resultarem de causas naturais, forem auto ou por terceiros infligidas, ou forem causadas a pessoas que embarcaram clandestinamente e se acomodaram em área que não as destinadas aos passageiros ou aos tripulantes“.

Outra situação para o termo acidente se dá quando “a aeronave sofra dano ou falha estrutural que afete adversamente a resistência estrutural, o seu desempenho ou as suas características de voo ou, ainda, se exigir a substituição de grandes componentes ou a realização de grandes reparos no componente afetado. Exceção é feita para falha ou danos limitados ao motor, carenagens, seus acessórios, hélices, pontas de asas, antenas, pneus, freios, ou pequenos amassamentos ou perfurações no revestimento da aeronave, ou a aeronave seja considerada desaparecida ou o local onde se encontra, seja absolutamente inacessível“.

No caso do voo da semana passada, a aeronave não sofreu dano estrutural, nenhum dos ocupantes sofreu lesão grave ou morte. Logo, a afirmação de que um acidente ocorreu com a aeronave é factualmente equivocada.

Até o momento não foi esclarecido o que causou a alegada falta de ar-condicionado da aeronave ainda em solo, o que não necessariamente é um acidente ou incidente, sendo algo rotineiro na aviação comercial, podendo ser amenizado pelo uso de fonte externa de refrigeração (ACU), que aparentemente não foi utilizada ou disponibilizada em Manaus.

Vale lembrar que a GlobalX faz voos de deportados para o Brasil já há alguns anos, e nenhum deles chegou a ter um problema parecido com o de Manaus, o que não a isenta a companhia, mas demonstra que a situação não é típica.

O uso errado do termo acidente por qualquer pessoa, ainda mais uma pública em cadeia nacional, prejudica a aviação, causando um medo e temor desnecessário para os usuários do transporte aéreo.

Fonte: Aeroin

Como mostrado pelo AEROIN, a Major Aviadora Joyce de Souza Conceição assumiu, no último dia 15 de janeiro de 2025, o comando do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo, tornando-se a primeira mulher a comandar uma Unidade Aérea da Força Aérea Brasileira (FAB), o que representa um marco histórico para a presença feminina nas Forças Armadas e reforça o avanço das mulheres em funções de liderança dentro da aviação militar.

Diante disso, o Museu Aeroespacial (MUSAL), localizado no Campo dos Afonsos, Rio de Janeiro, ressalta que, cumprindo sua missão de preservar e divulgar a história da Aviação, possui a Sala Demoiselle, um espaço dedicado às mulheres que marcaram a história da aviação no Brasil e no mundo.

E agora, o legado do espaço é reforçado, já que entre os destaques da exposição, encontra-se uma fotografia da então Capitão Aviadora Joyce, que, em 20 de outubro de 2016, tornou-se a primeira mulher brasileira a pousar na Antártica.

A oficial, que ingressou na FAB em 2003 e formou-se como Oficial Aviadora em 2006, construiu uma trajetória marcada por desafios e pioneirismo, consolidando-se como referência para as mais de 13 mil mulheres que integram a instituição.

O MUSAL explica que a exposição “Mulheres na Aviação” é uma merecida homenagem a todas que, com determinação e competência, desafiaram barreiras e abriram caminhos na aviação, como as brasileiras Thereza de Marzo e Anésia Pinheiro Machado e a estadunidense Amelia Earhart.

O espaço expositivo conta com registros fotográficos, documentos históricos e objetos pessoais, dentre os quais, medalhas e uniformes, que contam a trajetória feminina na FAB.

A visita ao Museu Aeroespacial é uma oportunidade para conhecer de perto essa história de superação e pioneirismo, inspirando novas gerações a seguir os passos dessas aviadoras. Assim, o MUSAL convida o público a conhecer esse espaço especial e a celebrar essa e muitas outras histórias da aviação.

Fonte: Aeroin

Desenvolvida pelo Governo Federal, ação busca transformar a aviação civil brasileira por meio da educação

O Governo Federal — Ministério do Turismo, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Ministério de Portos e Aeroportos, Ministério das Mulheres, Ministério da Igualdade Racial e Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania — lançou recentemente a nova campanha do programa Asas para Todos, intitulada “Embarque Numa Boa”.

O objetivo da ação é educar os passageiros do transporte aéreo quanto aos procedimentos de segurança durante inspeções em aeroportos, cultivando o respeito à diversidade e à dignidade de todos os envolvidos. A iniciativa busca garantir um ambiente seguro e acolhedor nos terminais do país.

A campanha é essencial para conscientizar todos sobre a importância dos procedimentos de inspeção, que são cruciais não apenas para a segurança dos passageiros, mas para toda a aviação civil. Respeitar a diversidade e a dignidade de cada um é fundamental para promover uma experiência de viagem positiva e inclusiva”

Laís Campelo, coordenadora de Turismo Responsável do Ministério do Turismo

A coordenadora de Turismo Responsável do MTur, Laís Campelo, aponta os benefícios da iniciativa. “A campanha é essencial para conscientizar todos sobre a importância dos procedimentos de inspeção, que são cruciais não apenas para a segurança dos passageiros, mas para toda a aviação civil. Respeitar a diversidade e a dignidade de cada um é fundamental para promover uma experiência de viagem positiva e inclusiva”, ressalta.

PROTEÇÃO — A campanha destaca a importância de seguir orientações dos Agentes de Proteção da Aviação Civil (Apac) e compreender os direitos e deveres de cada passageiro. Os procedimentos de inspeção, regulamentados pela Resolução da Anac nº 515 de 2019, incluem técnicas para identificar objetos que possam comprometer a segurança e evitar situações como o sequestro de aeronaves e a manutenção de reféns a bordo.

TURISMO INCLUSIVO — O Ministério do Turismo disponibiliza uma série de cartilhas com orientações para o adequado atendimento a turistas LGBTQIA+, idosos e com deficiência ou mobilidade reduzida. As publicações, disponíveis na internet, apresentam conceitos básicos sobre acessibilidade, esclarecimentos a respeito de discriminação, capacitismo, identidade de gênero e orientação sexual, entre outras informações. Clique aqui para acessar as cartilhas.

Mais informações podem ser acessadas no site da campanha .

Fonte: Agência Gov

A Base Aérea de Brasília (BABR) realizou, nesta quinta-feira (16/01), a cerimônia de passagem de comando do Coronel Aviador Miguel Ângelo Côrtes Salvio Júnior ao Coronel Aviador Nicolas Silva Mendes. O evento foi presidido pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, que foi recebido pelo Comandante do Sexto Comando Aéreo Regional (VI COMAR), Major-Brigadeiro do Ar Jefferson César Darolt, e reuniu autoridades civis e militares, além de familiares e convidados.

Em sua despedida, o Coronel Aviador Miguel destacou o sucesso das operações estratégicas realizadas pela FAB, mencionando números expressivos que evidenciam o papel estratégico da BABR. Foram registrados 16.630 movimentos de aeronaves pela Base Aérea e o transporte de 312 órgãos realizado pelo Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA) – Esquadrão Guará – em ações que visam salvar vidas e trazer esperança.

“Hoje, encerro um dos capítulos mais marcantes da minha trajetória na Força Aérea Brasileira, com a certeza de dever cumprido e o coração cheio de gratidão. Tive a honra de comandar a Base Aérea de Brasília, uma unidade estratégica para o país, onde realizamos, juntos, operações de enorme relevância para a segurança e o progresso nacional. Este sucesso não seria possível sem a dedicação e o profissionalismo de cada integrante desta equipe excepcional, que diariamente demonstra o verdadeiro significado de servir à pátria. Saio convicto de que a Base está em excelentes mãos e confiante de que os desafios futuros serão superados com a mesma determinação que nos trouxe até aqui. Muito obrigado a todos!”, disse.

Ao assumir o comando, o Coronel Aviador Nicolas enfatizou a responsabilidade de dar continuidade ao trabalho de seus antecessores e de buscar inovações para atender às demandas da defesa nacional. “É com grande honra e senso de responsabilidade que assumo o comando da Base Aérea de Brasília. Reconheço o trabalho exemplar realizado pelo Coronel Miguel, cuja liderança fortaleceu nossa missão e consolidou importantes conquistas operacionais. Meu compromisso é dar continuidade a esse legado de excelência, mantendo a coesão da equipe, o alto nível de profissionalismo e o foco em nossa missão de servir à pátria com dedicação e eficiência”, afirmou.

Ao final da cerimônia, o Comandante do VI COMAR, Major-Brigadeiro do Ar Darolt, parabenizou o Coronel Aviador Miguel pelo trabalho e desejou sucesso ao Coronel Aviador Nicolas. “É com grande satisfação que me dirijo ao Coronel Miguel para parabenizá-lo pelo excelente trabalho desenvolvido à frente do comando da Base Aérea de Brasília. Sua dedicação, competência e liderança foram fundamentais para o contínuo aprimoramento da nossa Instituição, elevando a Base a patamares de excelência em todas as suas atividades operacionais e administrativas. Quero também desejar ao Coronel Nicolas o maior sucesso em sua nova missão. Tenho plena confiança de que sua experiência e habilidades farão uma Instituição ainda mais forte, sempre pronta para enfrentar os desafios do presente e do futuro com determinação e eficiência”, finalizou.

A solenidade de passagem de comando da BABR foi encerrada com o tradicional desfile militar, em um gesto simbólico, que reflete o compromisso da Organização Militar, que desempenha um papel fundamental no apoio logístico e operacional às unidades da Força Aérea. Com a missão de garantir a prontidão operacional das aeronaves e o suporte às atividades de defesa aérea, transporte de autoridades e ações humanitárias, a BABR contribui para a segurança nacional e o desenvolvimento do Brasil.

Natural de Carangola, Minas Gerais (MG), o Coronel Aviador Nicolas Silva Mendes ingressou na Força Aérea em 24 de fevereiro de 1997 e foi declarado Aspirante a Oficial em 6 de dezembro de 2001. Durante sua carreira, acumulou uma vasta formação operacional, incluindo cursos como Liderança de Esquadrilha de Caça, Piloto Operacional de Defesa Aérea, Liderança de Esquadrão de Caça, Mission Commander, Operações de Guerra Eletrônica e Planejamento de Missões Aéreas Compostas. Destaca-se ainda por formações específicas, como o Estágio de Sobrevivência na Selva, no Sétimo Batalhão de Infantaria de Selva e o Curso Básico de Enlace de Dados Táticos.

Com mais de 2.500 horas de voo, sendo 2.300 na Aviação de Caça, o Coronel Aviador Nicolas é reconhecido por sua vasta experiência na aviação militar, possuindo oito condecorações nacionais e uma internacional. Sua formação acadêmica inclui todos os cursos obrigatórios da carreira militar, além de duas pós-graduações lato sensu: um MBA em Gestão Pública pela Universidade da Força Aérea (UNIFA) e um MBA Executivo em Planejamento e Gestão Estratégicos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Fonte: Fab