Pela primeira vez, FAB tem esquadrão aéreo sob comando feminino

Joyce de Souza Conceição. Este nome ficará na história da Força Aérea Brasileira como a primeira mulher a assumir o comando de um esquadrão aéreo. Trata-se do Esquadrão Gordo, equipado com jatos KC-390 Millenium. A cerimônia de passagem de comando ocorreu hoje, 15 de janeiro, na Base Aérea do Galeão.

Natural de Manaus (AM), a Major Joyce ingressou na FAB, em 2003, formando-se aspirante em dezembro de 2006, sendo parte da primeira turma de aviadoras da Academia da Força Aérea (AFA). “Na minha trajetória, na Academia da Força Aérea, considero que o espírito de grupo, sobretudo com minhas colegas de turma, bem como o profissionalismo dos instrutores da AFA, foram fatores fundamentais para que as dificuldades pudessem ser superadas”, relata a militar, atualmente no posto de Major.

Após se formar, se especializou na Aviação de Transporte, completando o curso em 2007. Nos anos seguintes, atuou no Norte do Brasil, pilotando as aeronaves C-98 Caravan e C-97 Brasília. “O período de voo na Amazônia, no Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo, foi de enorme aprendizado. Tive oportunidade de cumprir inúmeras missões nas quais somente por meio do apoio aéreo, as populações ribeirinhas podiam ser atendidas. A operação ocorria muitas vezes em pistas restritas e em condições meteorológicas adversas, típicas da Amazônia. Ao executar o transporte de medicamentos, vacinas e suprimentos diversos, entendi a importância do trabalho realizado pelas Forças Armadas naquela região inóspita, um Brasil que poucos conhecem e que tive o privilégio de conhecer”, diz.

Em 2012, ainda como Tenente, fez história ao se tornar a primeira aviadora brasileira habilitada a pilotar o C-130 Hercules. Em 2016, já como Capitão, ela se tornou a primeira mulher brasileira a pousar na Antártica. “Considero o ápice e a coroação da minha trajetória operacional como piloto da aeronave C-130, no Esquadrão Gordo, Unidade de enorme tradição e importância operacional no âmbito da Força Aérea. Os desafios da meteorologia instável na Península Antártica, com condições de visibilidade e teto restritas, além de ventos superiores a 100km/h, exigiam experiência e perícia de toda a equipe”, expõe.

Entre os anos de 2021 e 2022, como Major, ela atuou como Oficial de Operações do Esquadrão, coordenando atividades operacionais. Posteriormente, passou pela Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica e pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Em 9 de julho de 2024, foi indicada durante a reunião do Alto Comando da Aeronáutica.

“Espero dois anos de muitos desafios, nos quais pretendo liderar minha Unidade para continuar sendo referência em preparo, prontidão, profissionalismo e segurança, mantendo a excelência no emprego da aeronave KC-390, a qualquer hora, em qualquer lugar, onde o Brasil precisar. E, para as mulheres que pretendem ingressar na Força Aérea e que almejam um dia comandar um esquadrão aéreo, atesto que o céu é vasto e há espaço para todas nós. O caminho não é fácil, mas coragem, determinação e preparo são as armas mais poderosas com as quais enfrentei os desafios ao longo da minha carreira até aqui. Continuem sonhando, voando e desafiando os limites, e certamente assim poderão alçar voos cada vez mais altos”, finaliza a Comandante do Esquadrão Gordo.

Unidade estratégica

O Esquadrão Gordo é uma das unidades mais tradicionais e estratégicas da FAB. Suas responsabilidades incluem o transporte de tropas, cargas e suprimentos, além de missões de apoio humanitário, defesa e resgates. Ao longo dos anos, a unidade tem se destacado em momentos de crise, enviando ajuda humanitária a países afetados por desastres naturais e realizando missões de transporte em zonas de conflito, consolidando-se como um pilar fundamental para a projeção de poder e assistência do Brasil no cenário global. Com sede no Rio de Janeiro (RJ), na Base Aérea do Galeão, o Esquadrão Gordo tem desempenhado um papel fundamental em diversas operações, tanto no território nacional quanto no exterior.

Fonte: FAB

Mecânico de aeronaves está entre as tendências do mercado para 2025

Um levantamento feito pela rede social LinkedIn mostra que o cargo de mecânico de aeronaves está em alta para 2025


O LinkedIn, rede social voltada para profissionais, apresentou na última quarta-feira (15), a Lista de Empregos em Alta 2025, identificando os 25 cargos com maior crescimento no Brasil nos últimos três anos.

Entre as novidades, a posição de mecânico de aeronaves foi incluída no ranking, na 22ª posição, apontando a expansão do setor aéreo no Brasil. Este profissional é responsável por inspecionar e realizar manutenções preventivas e corretivas em aeronaves e veículos relacionados.

Nosso objetivo com a lista é ajudar os profissionais a entenderem as tendências e a se prepararem para as oportunidades que estão por vir”, disse Guilherme Odri, editor-chefe do LinkedIn Notícias Brasil.

A pesquisa foi baseada em dados da plataforma entre janeiro de 2022 e julho de 2024 e destacou cargos que registraram crescimento consistente e significativo, excluindo estágios, voluntariados, funções temporárias e estudantes. A análise foi conduzida pelo time editorial do LinkedIn e destacou oportunidades relacionadas a operações estratégicas, sustentabilidade e setores como aviação, turismo e eventos.

A lista foi desenvolvida a partir da análise de milhões de vagas na rede social, agrupando cargos idênticos de diferentes níveis de experiência. O crescimento foi medido com base na taxa de aumento de contratações no período estudado.

Latam inaugurou escola para formação de mecânicos de manutenção aeronáutica

A Latam Airlines inaugurou em dezembro, Escola Latam, com a primeira turma será composta por setenta funcionários bolsistas da própria companhia. As aulas serão presenciais em São Carlos, no interior paulista, e terão início este mês.

A proposta inicial é oferecer formação em manutenção de aeronaves, incluindo o Curso Básico de Manutenção de Aeronaves e o Curso Complementar de Especialidades em Estruturas, Sistema de Propulsão e Equipamentos Aviônicos. Cada um desses cursos terá duração de nove meses.

Fonte: Aero Magazine

Com 118 milhões de passageiros transportados em 2024, setor aéreo tem segundo melhor desempenho da história

Resultado fica abaixo apenas de 2019 e é o melhor desde a pandemia


m 2024, a aviação civil brasileira teve um de seus melhores anos, com 118,3 milhões de passageiros movimentados na soma dos mercados doméstico e internacional. O resultado está abaixo apenas da movimentação de 2019, que registrou 118,6 milhões de passageiros, mas supera os dados pós-pandemia de covid-19.

Além disso, a movimentação total do ano registrou um aumento de cerca de 5% em relação ao ano anterior, com 5,6 milhões de passageiros a mais que o movimentado em 2023. Esses dados estão disponíveis na atualização do relatório de demanda e oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que recebeu os dados relativos a dezembro de 2024, consolidando a movimentação do ano inteiro. 

Os dados do mercado internacional também merecem destaque: a movimentação, tanto de passageiros quanto de carga, quebrou recordes. Com 24,9 milhões de passageiros e 891,6 mil toneladas de carga movimentados, estes são os melhores resultados do setor internacional desde janeiro de 2000, quando foi iniciada a série histórica. 

Finalmente, a movimentação nacional também registrou crescimento no ano: foram 93,4 milhões de passageiros movimentados em 2024, 2,1% acima do movimento de 2023. A carga doméstica, por sua vez, terminou 2024 com 488 mil toneladas processadas, um crescimento de 9,7% comparado com 2023. 

Destaques de dezembro de 2024 

A movimentação do mês de dezembro também registrou aumento pelo quarto ano seguido, com 10,7 milhões de passageiros transportados, somando-se os mercados doméstico e internacional. Esse dado é quase equiparado ao movimento de dezembro de 2019, atual recorde para o mês na série histórica. 

Levando-se em consideração somente o setor internacional, a movimentação de passageiros e carga também foi a melhor para o mês na série histórica: 2,3 milhões de passageiros, (crescimento de 15,8% em relação a dezembro de 2023) e 77,9 mil toneladas (11,7% acima da carga de dezembro de 2023). 

No mercado doméstico, foram 8,4 milhões de passageiros movimentados (4,9% acima de dezembro de 2023) e 41,7 mil toneladas de carga movimentadas (-3,4% em comparação a dezembro de 2023). 

Demanda e oferta 

A demanda do setor para 2024, medida em RPK (passageiros por quilômetros transportados), cresceu 10,8% em relação a 2023, enquanto a oferta ASK (assentos por quilômetros oferecidos) aumentou 10%.  Na comparação entre dezembro de 2024 e dezembro de 2023, a demanda cresceu 11,7%, enquanto a oferta aumentou 10,1%. 

A demanda internacional do ano cresceu 15% em relação a 2023, enquanto a oferta cresceu 14,8%. Já a demanda internacional de dezembro foi 14,6% maior que a de dezembro de 2023, enquanto a oferta internacional do mês cresceu 13,5% em relação a dezembro de 2023. 

Finalmente, a demanda doméstica de 2024 cresceu 5% em relação a 2023, com a oferta registrando crescimento de 3,6%. A demanda doméstica do mês de dezembro foi 7,6% maior que a registrada em dezembro de 2023, enquanto a oferta do mês foi 5,5% maior que a de dezembro de 2023.  

Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Falece o Major João, último veterano do 1º Grupo de Aviação de Caça combatente na Segunda Guerra Mundial

A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que se despediu, nesta quarta-feira (15/01), de um de seus heróis: o Major João Rodrigues Filho, falecido no Rio de Janeiro (RJ), com 101 anos.

Mecânico do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), o Major João e outros 120 especialistas foram fundamentais para a campanha de sucesso do Brasil ao lado dos aliados na Segunda Guerra Mundial, deixando um legado inesquecível para a Instituição que serviu com tanto orgulho.

Ao regressar ao Brasil, João Rodrigues Filho foi servir na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro (RJ), como Mecânico do avião P-47 Thunderbolt, até o ano de 1950. Fez curso para a Escola Preparatória de Oficial Especialista em Mecânica e continuou na FAB nessa função até 1964, quando foi reformado no Posto de Major.

Seus pais, moravam na roça, tiveram cinco filhos, sendo todos homens. Se opunham que João fosse para a guerra, no entanto, ele contrariou a vontade dos pais e se alistou, pois se sentia chamado para defender sua pátria. Cumpriu essa missão e voltou com muito mais experiência da vida e maiores conhecimentos técnicos adquiridos durante todo o período de guerra.

Imagem: Divulgação – Força Aérea Brasileira

Compromisso constante e dedicação exemplar à FAB

Mesmo após deixar o serviço ativo, o Major João continuou presente nos eventos e cerimônias realizadas pela Força Aérea. No dia 22 de abril de 2024, na cerimônia do P-47, realizada durante a Reunião da Aviação de Caça (RAC), que aconteceu na BASC, o herói de guerra esteve entre as autoridades que prestigiaram a solenidade, demonstrando toda a sua devoção à Força Aérea.

Imagem: Divulgação – Força Aérea Brasileira

Honras Fúnebres

O velório será realizado nesta quinta-feira, dia 16/01, das 9h às 13h, na Capela 03 do Crematório e Cemitério Vertical da Penitência, localizado no bairro Caju, no Rio de Janeiro (RJ). O Comando da Aeronáutica expressa suas condolências à família e amigos.

Informações da Força Aérea Brasileira

Programa de modernização de aeroportos regionais deve alcançar investimentos de R$ 5 bilhões

Leilões devem ocorrer no primeiro semestre de 2025; primeira etapa do programa vai priorizar cidades da Amazônia Legal e parte do Nordeste


O Governo Federal, por meio do Ministério de Portos e Aeroportos, está empenhado na modernização e ampliação da infraestrutura de aeroportos regionais em todo o Brasil. Em dezembro, o ministério, liderado pelo ministro Silvio Costa Filho, abriu uma consulta pública para receber propostas sobre o Programa de Investimentos Privados em Aeroportos Regionais, o AmpliAR. A iniciativa tem como objetivo atrair investimentos privados para terminais localizados em regiões estratégicas e com baixa conectividade.

A expectativa do ministério é que os leilões dos aeroportos ocorram no primeiro semestre de 2025. Estima-se que mais de R$ 5 bilhões sejam investidos pela iniciativa privada, beneficiando até 100 aeroportos regionais.

O ministro Silvio Costa Filho ressaltou o compromisso do governo com o fortalecimento da aviação regional.


“Nossa previsão é de que 100 aeroportos sejam construídos ou modernizados nos próximos cinco anos”, afirmou o ministro


“Com o AmpliAR, estados e municípios terão a chance de experimentar os benefícios do programa federal de concessões chegando aos aeroportos regionais. As concessionárias poderão disputar blocos de aeroportos em leilões simplificados, com remuneração garantida por meio do reequilíbrio de seus contratos principais”, afirmou o secretário Nacional de Aviação Civil, Tomé Franca.

Concessões e modernização

O Programa AmpliAR vai permitir que concessionárias assumam a gestão de aeroportos regionais por meio de processos competitivos simplificados. Como contrapartida, as concessionárias terão acesso a mecanismos de reequilíbrio contratual, como redução de outorgas ou extensão de prazos. O principal objetivo é modernizar a infraestrutura dos aeroportos, promovendo maior integração à malha aérea nacional e fomentando o desenvolvimento socioeconômico.


“O AmpliAR tem o potencial de revolucionar a infraestrutura aeroportuária regional no país. A gestão privada garante celeridade, eficiência e segurança na operação. Com aeroportos adequados, haverá redução de custos para as empresas aéreas, o que permitirá maior conectividade e integração no país. Trata-se de um programa que pode resolver gargalos históricos da aviação regional”, explicou o coordenador geral de políticas regulatórias da Secretaria Nacional de Aviação Civil, Daniel Meireles Tristão


A consulta pública está disponível no portal do Governo Federal, Participa + Brasil. Interessados podem enviar contribuições até 17 de janeiro.

Blocos regionais e foco inicial

Na fase inicial do programa, 50 aeródromos localizados na Amazônia Legal e no Nordeste receberão atenção prioritária. Essa etapa abrangerá cidades com maior deficit de infraestrutura aeroportuária. São elas:

Acre: 2 aeroportos
Amazonas: 15 aeroportos
Pará: 11 aeroportos
Rondônia: 4 aeroportos
Tocantins: 1 aeroporto
Mato Grosso: 7 aeroportos
Maranhão: 3 aeroportos
Piauí: 1 aeroporto
Pernambuco: 3 aeroportos
Bahia: 3 aeroportos

O MPor dividiu os investimentos em 11 blocos regionais, priorizando localidades com necessidades mais urgentes. A instalação ou modernização de aeroportos nessas áreas visa superar desafios de transporte e logística, estimular o desenvolvimento econômico e fomentar o turismo, com foco no ecoturismo e no turismo cultural.

“A falta de infraestrutura limita o desenvolvimento econômico local. Muitas dessas cidades enfrentam isolamento geográfico, dificultando o escoamento de produção e restringindo o acesso da população a políticas públicas essenciais”, destacou Silvio Costa Filho.

Sobre o AmpliAr

O Programa faz parte do Plano Aeroviário Nacional (PAN), que identifica aeroportos prioritários, apresenta projeções de demanda, e realiza análises estratégicas sobre investimentos necessários. O plano também estima custos operacionais e receitas associadas a cada infraestrutura aeroportuária, garantindo que os investimentos sejam bem direcionados e sustentáveis, promovendo avanços em mobilidade, logística e desenvolvimento socioeconômico.

Fonte: Agência Gov

Airbus A330 bate asa na pista e se afasta para longe do eixo central em incidente grave em tentativa de pouso

Um incidente grave ocorreu no dia 26 de dezembro com um Airbus A330, durante a aproximação final do jato à pista 35R do Aeroporto de Istambul, na Turquia.

Durante o voo TK-711 da Turkish Airlines, operado pelo Airbus A330-300 de registro TC-JNI, instantes antes do pouso, a asa direita da aeronave entrou em contato com a superfície da pista, levando a tripulação a executar uma manobra de arremetida.

Dados do sistema ADS-B mostram que o avião manteve-se alinhado com a linha central da pista até alcançar a segunda marca de distância, então, o A330-300 desviou-se para a direita, transgredindo cerca de 45 metros (ou 150 pés) além da lateral da pista, antes de reassumir o rumo correto.

A altitude do avião começou a aumentar logo depois do início do desvio à direita. Os pilotos subiram a aeronave para 4.000 pés e realizaram uma nova aproximação, direcionando-se desta vez à pista 34L, onde conseguiram pousar com sucesso e sem incidentes adicionais. Essa segunda tentativa ocorreu aproximadamente 17 minutos após a arremetida inicial.

A Autoridade de Investigação de Acidentes da Turquia (AIB) informou que a aeronave sofreu apenas danos leves e classificou o incidente como grave, demandando uma investigação aprofundada. A aeronave permanece em solo no Aeroporto de Istambul desde aquele dia.

Airbus A330-300 – Imagem apenas ilustrativa – Autora: Anna Zvereva / CC BY-SA 2.0, via Wikimedia Commons

Relatos adicionais recebidos pelo The Aviation Herald apontam que, no momento do contato da asa com a pista, a aeronave estava inclinada em um ângulo de 15 graus para a direita.

Boletins meteorológicos dos horários próximos ao da ocorrência indicam que havia chuva leve, vento de 23 a 24 nós com 50 a 60º de direção, nuvens a 400 pés (122 metros) de altura e visibilidade horizontal de 7.000 metros.

A análise dessa ocorrência se concentrará em identificar desde condições atmosféricas complexas até fatores mecânicos ou humanos envolvidos. Os resultados da investigação da AIB ajudarão a entender as causas subjacentes do incidente, contribuindo para melhorias contínuas na segurança da aviação.

Fonte: Aeroin

Anac não solicita dados de regulados por ligação ou aplicativos de mensagens

Profissionais da aviação civil devem ficar atentos a tentativas de golpe e procurar a Agência se houver dúvidas


Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) esclarece que não solicita informações ou documentos de profissionais da aviação civil por telefone, seja via ligação ou aplicativos de mensagens. A comunicação oficial adotada pela Agência nesses casos ocorre por meio do Sistema Eletrônico de Informações (SEI). 

Os regulados que porventura receberem mensagem com esse tipo de pedido não devem responder, mesmo que a pessoa se identifique como servidora da Anac, pois pode se tratar de tentativa de golpe. Se houver dúvidas sobre a autenticidade do conteúdo, a orientação é procurar um dos canais oficiais de contato da Anac, o que inclui o WhatsApp da Agência. 

É importante conhecer esse canal para poder diferenciar de perfis de WhatsApp falsos. O número oficial da Anac é o (61) 9 9155-4663, que funciona para recebimento de demandas dos cidadãos e divulgações sobre assuntos da Agência, como a pesquisa de satisfação dos usuários. 

Canais oficiais de atendimento da Anac 

  • WhatsApp: salve o número (61) 9 9155-4663 na sua lista de contatos do celular e inicie uma conversa. O serviço com informações automatizadas funciona 24 horas. Durante o contato, é possível falar com a equipe de atendentes, disponível todos os dias, das 8h às 20h. 
  • Telefone 163: ligação gratuita, disponível em português, inglês e espanhol. O funcionamento é das 8h às 20h, todos os dias.  
  • Chat eletrônico: funcionamento automatizado 24 horas e atendimento humano todos os dias, das 8h às 20h. 
  • Internet: registro de demandas por meio da plataforma Fala.Br

Canais oficiais de divulgação de informações para regulados 

A Anac divulga informações de interesse dos regulados por diferentes canais de comunicação, que são meios para transmissão de informações. Conheça os principais: 

  • Canais temáticos no WhatsApp 

Anac – Organizações de Formação em Aviação Civil  
https://whatsapp.com/channel/0029VaWRtB0D8SDyMtRV1W0t   

Anac – Operações Aeroagrícolas   
https://whatsapp.com/channel/0029VaWiTz61CYoKAinQQ32B  

Anac – Pilotos  
https://whatsapp.com/channel/0029VaWPHdG05MUVxBJavE2i  

Anac – Manutenção Aeronáutica   
https://whatsapp.com/channel/0029VaREHlu0AgWFuJcJeS0W   

Anac – Safety  
https://whatsapp.com/channel/0029VaW7gMQJuyAJyASG0J45   

Fonte: Anac

Por causa de 90 segundos, voo é desviado 250 km quando estava prestes a pousar no destino

Na noite do último domingo, 5 de janeiro, um voo da Ryanair entre Gran Canaria, na Espanha, e Berlim, na Alemanha, teve um final inesperado devido ao rigoroso regulamento de voo noturno em Berlim.

O voo FR2501, que deveria aterrissar no Aeroporto de Berlim Brandenburg (BER) às 22h50, acabou sendo desviado para Hannover, a 250 quilômetros de distância, após uma espera adicional e uma tentativa frustrada de pouso.

O voo, que deveria partir às 19h40, sofreu um atraso de 1 hora e 20 minutos, tornando a situação ainda mais delicada para os passageiros. O motivo do desvio foi o estrito regulamento de voo noturno em Berlim, que proíbe a chegada de voos comerciais após a meia-noite. Por causa disso, a aeronave não conseguiu aterrissar a tempo.

A situação se tornou crítica quando, por volta das 23h59, o Boeing 737 MAX 200, de matrícula 9H-VUR, estava a apenas 410 metros de altura, prestes a aterrissar no aeroporto de Berlim. Contudo, devido ao horário, a tripulação foi obrigada a abortar a aterrissagem a apenas 3,7 km do aeroporto. O voo, então, foi redirecionado para Hannover e pousou com sucesso às 00h36.

Imagem: AirNav Radar

Em declaração à aeroTELEGRAPH, a Ryanair explicou que o voo teria chegado 90 segundos após a meia-noite, ou seja, fora do horário permitido para pousos no BER. Como alternativa, os passageiros foram transportados de ônibus para Berlim, com uma viagem de aproximadamente três horas.

Este caso não é isolado. Em julho de 2024, um voo da Eurowings também enfrentou dificuldades semelhantes ao ser desviado para Hannover, quando estava a apenas 90 metros de altura, exatamente às 00h00, forçando a tripulação a desviar para outra cidade. Na ocasião, uma passageira relatou que o piloto informou que estavam apenas dez segundos atrasados para o horário limite.

Esses episódios destacam a rigidez das regras de voo noturno em Berlim. A implementação dessas normas visa a garantir o descanso dos moradores da região, mas, por outro lado, tem causado transtornos a passageiros e companhias aéreas que enfrentam imprevistos com atrasos nos voos.

Fonte: Aeroin

Anac cria painel com indicadores de qualidade dos aeroportos concedidos

Indicadores trazes informações detalhadas de 29 terminais no país

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disponibilizou uma nova página para acompanhamento dos Indicadores de Qualidade de Serviço (IQS) e do Fator Q, relacionados aos serviços prestados pelas concessionárias de 29 aeroportos brasileiros. Trata-se do Painel Indicadores de Qualidade de Serviço em Aeroportos Concedidos, que apresenta informações específicas por aeroporto, mês a mês, levando em conta todos os aspectos medidos pela agência no acompanhamento dos contratos de concessão.

O painel reúne todos os indicadores de cada aeroporto concedido, além dos resultados do Fator Q aplicados nos reajustes tarifários dos terminais. O objetivo é tornar a informação acessível e intuitiva para os usuários, além de detalhar cada IQS, que juntos têm papel fundamental no acompanhamento dos parâmetros de prestação de serviços por parte das concessionárias, conforme previsto em contrato.

O acompanhamento dos indicadores por parte da Anac permite verificar se os aeroportos concedidos à iniciativa privada estão oferecendo serviços apropriados aos usuários do transporte aéreo e aos operadores de aeronaves. O aeroporto que tiver desempenho abaixo do estabelecido no contrato pode ser penalizado no reajuste de tarifas e multado, de acordo com as regras da concessão.

Indicadores

Os Indicadores de Qualidade de Serviço (IQS) fazem parte do sistema de monitoramento e avaliação da qualidade dos serviços listados nos contratos de concessão de aeroportos. São dados e informações que têm o objetivo de avaliar a qualidade de elementos essenciais do atendimento prestado aos usuários do transporte aéreo. Os IQS são agrupados de acordo com os seguintes aspectos:

– serviços diretos;

– disponibilidade de equipamentos;

– instalações do lado ar;

– pesquisa de satisfação de passageiros.

O aspecto de serviços diretos contempla o tempo na fila de inspeção de segurança e de atendimento a Passageiros com Necessidades de Atendimento Especial (Pnae). Quanto ao aspecto de disponibilidade de equipamentos, estão incluídos os indicadores que medem o percentual de tempo em que equipamentos essenciais ao funcionamento do aeroporto estão efetivamente em condições de operar. Já o aspecto de instalações do lado ar trata de indicadores que medem os percentuais de passageiros que utilizaram pontes de embarque. E sse indicador avalia, de forma separada, os viajantes domésticos e internacionais.

Por fim, os indicadores da pesquisa de satisfação são aqueles apurados junto aos passageiros a partir da aplicação de entrevistas ou questionários, realizados por empresa especializada. O resultado de cada indicador é calculado pela média aritmética das notas dadas pelos passageiros, que variam em uma escala de 1 a 5, sendo 1 péssimo e 5 muito bom.

Em todas as rodadas de concessões houve aperfeiçoamento dos indicadores utilizados para medir a qualidade dos serviços prestados pelas concessionárias. Assim, embora os contratos de concessão tragam indicadores diferentes, a sistemática de medição da qualidade de serviço e a estrutura básica permanecem a mesma. Os contratos de concessão podem ser consultados na página de concessões de aeroportos da Anac.

Fator Q

Algumas tarifas aeroportuárias podem ser influenciadas pelo resultado dos Indicadores de Qualidade de Serviço. Trata-se do Fator de Qualidade de Serviço (Fator Q), regra estabelecida nos contratos de concessão que consiste na definição de um valor percentual, calculado a partir do resultado dos indicadores de qualidade de serviço especificados no Plano de Exploração Aeroportuária (PEA) dos contratos de concessão.

O valor é definido a cada 12 meses e é aplicado no reajuste tarifário, de acordo com fórmulas previstas de cada contrato de concessão, podendo variar de -7,5% a 2%. Valores positivos significam bônus no reajuste tarifário, enquanto valores negativos representam redução na tarifa.

Importante ressaltar que cada aeroporto tem seu próprio Fator Q e que ele ser positivo não significa que todos os indicadores estão acima do padrão estabelecido no contrato. Por isso, a Anac acompanha cada indicador,  e a concessionária pode ter que se adequar ou até mesmo ser penalizada se não estiver oferecendo um bom serviço.

Manifestações e reclamações 

Em caso de conflito, sugestões ou outras manifestações sobre os serviços prestados por um aeroporto, o usuário do transporte aéreo deve entrar em contato com a ouvidoria da concessionária ou ainda pelo Consumidor.gov.br. Além disso, os cidadãos também podem enviar à Anac suas manifestações ou reclamações sobre a qualidade do serviço prestado no transporte aéreo e pelas concessionárias pelo Fala.BR.

Fonte: Agencia Gov

Botafogo processará aérea que mandou avião sem conforto para levar o time ao mundial no Catar

O Botafogo não esqueceu do “traumático” voo que levou o time até o Catar, onde foi eliminado da Copa Intercontinental no primeiro jogo. O time carioca utilizou um Boeing 767-300ER para voar do Rio de Janeiro até Doha com uma escala no Marrocos, num voo que durou quase 18 horas, enquanto o voo direto dura 14 horas.

A aeronave utilizada é operada pela Omni Air International, mas de propriedade do New England Patriots, time de futebol americano da NFL, do qual o proprietário possui amizade com John Textor, dono do Botafogo. O fretamento teria sido feito por um preço “amigo”, mas o Botafogo alega que a aeronave prometida não foi a escalada para o voo.

Segundo o UOL, o contrato seria para uma aeronave com 60 poltronas totalmente reclináveis, do tipo assentos-cama, que são padrão nas classes executivas das grandes companhias aéreas do mundo. Porém, como o AEROIN já tinha adiantado, a aeronave tem uma configuração normal para voos domésticos herdada da antiga operadora, a American Airlines.

O 767-300ER do “Pats” tem uma seção com a disposição de assentos 2-2-2 (6 por fileira) e o restante do jato está na disposição 2-3-2, típica do 767. Em nenhum espaço existe uma área com assentos maiores que viram cama, que são dispostos no 767 na configuração 1-2-1 (4 por fileira).

Na época, os jogadores já haviam reclamado da aeronave, e alguns dormiram ocupando três assentos de uma vez e outros tentaram descansar no chão, mas foram retirados pelos comissários por questão de segurança.

Por outro lado, alguns torcedores e também rivais trataram a situação como “frescura”, já que os jogadores da NFL são mais altos e mais gordos, ignorando o fato de que o “Pats” não faz deslocamentos de mais de 3 horas com o mesmo avião, já que só disputa jogos contra time dos EUA continental, e a maioria dos jogos são na conferência da costa leste, restringindo apenas para estados “vizinhos” as viagens para jogos, sem troca de fuso horário ou voo noturno.

A insatisfação foi tão grande que alguns jogadores do Botafogo compraram passagem na classe executiva por conta própria para retornar do Catar. O time até chegou a tentar uma troca de aeronave, mas não havia disponível uma que atendesse às expectativas do time em conforto e num prazo hábil antes do torneio.

Agora, o time irá até a justiça por quebra de contrato, procurando reembolso e danos morais. Ainda não está claro se o time processará apenas a Omni que é a operadora, ou também o “Pats”, que é o “usuário “dono” da aeronave.

Vale destacar que nenhum avião hoje operado pela Omni Air International possui algo próximo de 60 poltronas totalmente reclináveis. Inicialmente, foi divulgado que o 767 foi emprestado como uma cortesia do dono do “Pats” para o Textor, e não um contrato de prestação de serviços aéreos, mas a reportagem do UOL deixa entender que houve um acordo firmado entre as partes.

Fonte: Aeroin

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