Para evitar “perrengue chique”, controle de tráfego aéreo será intensificado em Trancoso no Carnaval

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), terá um planejamento especial para o carnaval nos aeródromos de Porto Seguro (SBPS) e Terravista (SBTV), em Trancoso (BA), no período de 28 de fevereiro a 9 de março.

Segundo levantamento do CGNA, a previsão é de cerca de 1.020 movimentos aéreos da aviação geral e comercial (pousos e decolagens) para o período de carnaval nesses aeródromos, representando um aumento de 2,8% em relação ao carnaval de 2024 e de 87,4% comparado com uma semana normal.

Durante as festividades, haverá um monitoramento intensificado do tráfego aéreo pelo CGNA. O fluxo de aeronaves de aeroportos nacionais com destino aos aeródromos de Porto Seguro e Terravista será monitorado, visando manter a demanda ajustada à capacidade. A ação do DECEA é importante, pois nestas épocas, os referidos aeroportos tendem a virar um verdadeiro “caos”.

Profissionais de controle de tráfego aéreo, administradoras de aeroportos e empresas aéreas atuarão de forma colaborativa e participarão das decisões de gerenciamento sugeridas pelo CGNA.

Uma das ações é o procedimento de controle de fluxo para aeronaves com destino a Porto Seguro, que operem segundo o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) 91 e 135, devendo apresentar os planos de voo completo (PVC) ou simplificado (PVS) com antecedência mínima de 24h.

Foram emitidos NOTAM (Aviso aos Aeronavegantes) de rotas preferenciais de diversos aeroportos do Brasil, com chegadas e saídas desses aeródromos, com o intuito de padronizar as chegadas ao Terminal de Porto Seguro e melhorar o fluxo de tráfego aéreo nos setores da Região de Informação de Voo de Recife (FIR-RE).

Outra mudança se refere às aeronaves com destino aos aeródromos nacionais, que não poderão ter como alternativa ou modificar o destino para Porto Seguro e/ou Terravista. “O objetivo é ter uma melhor previsibilidade dos voos e permitir um gerenciamento de fluxo de tráfego aéreo mais eficiente”, destaca o Chefe da Subdivisão Tática do CGNA, Capitão André Luis Santos da Rocha.

Os aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Campinas (SP), Galeão e Santos Dumont (RJ), Recife (PE), Salvador e Porto Seguro (BA) e Florianópolis (SC) também terão as operações de monitoramento do fluxo de tráfego aéreo intensificadas.

Informações do DECEA

Brasil sedia reuniões dos Working Groups de Segurança Cibernética da Oaci

O evento reforçou a cooperação internacional e o desenvolvimento de diretrizes para fortalecer a segurança cibernética na aviação civil


AAgência Nacional de Aviação Civil (Anac) sediou, de 17 a 20 de fevereiro, em São Paulo (SP), reuniões dos Grupos de Trabalhos de Segurança Cibernética da Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci). 

Os grupos reunidos foram o Working Group on Cyber Guidance Material (WGCGM) e o Working Group on Cyber Threats and Risks (WGCTR), ambos pertencentes ao Painel de Segurança Cibernética da Oaci(CYSECP).O objetivo dos encontros foi desenvolver materiais de apoio aos países sobre aspectos de segurança cibernética que afetam a aviação civil.  

Representantes de diversos países participaram das reuniões, reforçando o compromisso global com a segurança cibernética na aviação civil. O Brasil esteve representado por servidores da Anac das superintendências de Transformação Digital (STD), Infraestrutura Aeroportuária (SIA), Pessoal da Aviação Civil (SPL) e Aeronavegabilidade (SAR), bem como do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) do Comando da Aeronáutica.  

Ao sediar essas reuniões, o Brasil reafirma seu compromisso com a cooperação internacional, contribuindo ativamente para o desenvolvimento das diretrizes de segurança cibernética da OaciI. Além de impulsionar o amadurecimento do tema, os encontros proporcionaram uma valiosa oportunidade de troca de conhecimento com especialistas de diversos países, ampliando a expertise nacional na área. 

Sobre os grupos de trabalho 

O WGCGM é responsável por desenvolver materiais orientativos sobre segurança cibernética, incluindo manuais como Information Sharing, já utilizado como referência pela Anac, e Incident Reporting. A reunião do grupo ocorreu de 17 a 19 de fevereiro, com discussões sobre diretrizes e materiais essenciais para fortalecer a segurança cibernética na aviação civil em nível global. 

O WGCTR, por sua vez, atua na identificação e análise de ameaças cibernéticas emergentes, ajudando os Estados a desenvolver estratégias para mitigar riscos no setor aéreo. No dia 20 de fevereiro, o grupo se reuniu para aprofundar o debate sobre os desafios atuais da cibersegurança na aviação. 

Fonte: Anac

Carnaval com segurança e responsabilidade: consulte o app Voe Seguro antes de contratar um táxi-aéreo

Transporte aéreo seguro é transporte aéreo regular. Faça a sua parte!


OCarnaval é uma das maiores festas populares do Brasil e muitos aproveitam para viajar, descansar e se divertir. Nas viagens aéreas, antes de contratar um táxi-aéreo, é importante certificar-se que a empresa que oferece o serviço está autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), evitando assim os riscos de contratar um serviço clandestino. Para isso, você poderá realizar consultar no aplicativo Voe Seguro da Agência, disponível para baixar em celulares Android e IOS.  

No app Voe Seguro, o passageiro ou o profissional do setor poderá consultar, de maneira fácil e rápida, informações essenciais para a sua viagem, que vão desde a situação da empresa contratada até os dados sobre o avião ou o helicóptero. O objetivo é garantir uma viagem tranquila e sem contratempos. 

Fique atento! 

As empresas autorizadas para realizar o serviço de táxi aéreo devem utilizar aeronaves adequadas para a prestação desse serviço, ou seja, precisam ser registradas como táxi-aéreo. O avião ou o helicóptero deve estar com a documentação regular e com a manutenção em dia, conforme as exigências da Anac.  

O piloto deverá ter uma licença de piloto comercial ou piloto de linha aérea para a prestação do serviço de táxi-aéreo, e deverá estar com o certificado médico válido e com as habilitações regulares perante a Agência. 

Estando a empresa, a aeronave e o piloto com todas as documentações em dia são essenciais para que você voe seguro! 

Não use transporte aéreo pirata 

Consultar se a empresa está regular antes de contratá-la, assegura que o serviço atenda aos requisitos de segurança, operação e manutenção exigidos, proporcionando mais confiança para a sua viagem. 

Viajar com segurança também é sua responsabilidade! Faça a sua parte! 

Aproveite as funcionalidades do app Voe Seguro e tenha uma experiência de voo tranquila, sem surpresas. Para mais informações, baixe o app e mantenha-se informado antes de embarcar. 

App Voe Seguro. 

Além do aplicativo, a Anac criou um guia especial, para passageiros e tripulantes, na missão de garantir que a sua viagem seja segura. Conheça os guias.

Fonte: Anac

Vem à tona uma foto inédita do planeta Terra feita a partir de uma aeronave da Boeing

Pela primeira vez, a Força Espacial dos EUA divulgou uma imagem da Terra capturada por um de seus enigmáticos mini-foguetes X-37B, que está atualmente em sua sétima missão. A fotografia, que foi publicada pelo Serviço de Distribuição de Informações Visuais de Defesa (DVIDS), mostra a Terra a partir da câmera a bordo do X-37B durante um experimento realizado.

A missão, conhecida como OTV-7, foi lançada do Centro Espacial Kennedy na Flórida em 28 de dezembro de 2023, e a aeronave já passou mais de 400 dias em órbita desde então. De acordo com os detalhes disponíveis, o novo esquema de operação da missão incluiu manobras de aerofrenagem, que permitem à aeronave alterar sua órbita utilizando uma quantidade mínima de combustível.

Este método é visto como uma inovação significativa e é um testemunho da capacidade de manobra da aeronave, projetada para operar em diferentes regimes orbitais.

A imagem foi capturada enquanto a aeronave realizava experimentos para garantir a saúde e segurança do veículo.

Além da fotografia, a missão OTV-7 está explorando tecnologias futuras para conscientização do domínio espacial e investigando os efeitos da radiação em materiais, incluindo a realização de um experimento com sementes da NASA, a chamada Seeds-2, que examinará o impacto da exposição à radiação no espaço.

A X-37B, que é construído pela Boeing, tem mantido um perfil discreto, já que suas operações permanecem envoltas em sigilo devido à sua natureza altamente classificada. Essa revelação de uma imagem da Terra é um marco, pois é a primeira foto oficial desta natureza liberada pelo Pentágono, e pode indicar uma mudança na maneira como a Força Espacial comunica suas atividades ao público.

Fonte: AEROIN

Crise na aviação brasileira: Acidentes aéreos disparam e 2024 bate recorde de tragédias

O último ano registrou um crescimento alarmante de desastres aéreos no país, com números que não eram vistos desde 2015


O Brasil vive um dos períodos mais críticos na segurança da aviação. Em 2024, o número de acidentes aéreos disparou, tornando-se o pior ano desde 2015. De acordo com os dados oficiais, foram 175 acidentes registrados, resultando em 44 mortes e cerca de 2.500 incidentes ao longo do ano. O aumento no índice de fatalidades também assusta: 86,3% a mais do que no ano anterior, quase o dobro das 107 mortes registradas em 2023.

Tragédias que marcaram o ano

Entre os acidentes mais impactantes, um dos que mais chocaram o país ocorreu em 9 de agosto, quando o voo 2283 da Voepass Linhas Aéreas caiu no município de Vinhedo, São Paulo, matando todas as 62 pessoas a bordo. O desastre foi o mais letal da aviação brasileira desde 2007, reacendendo debates sobre a segurança operacional no país.

Tendência de alta continua em 2025

Os primeiros meses de 2025 indicam que o problema persiste. Até fevereiro, já foram registrados 30 acidentes, incluindo 8 fatais, além de 247 incidentes e 14 incidentes graves. O número se mantém alarmantemente próximo ao mesmo período de 2024, quando 38 acidentes e 8 mortes já haviam sido contabilizados.

Principais causas dos acidentes

Especialistas apontam que falhas mecânicas e problemas técnicos lideram as causas de acidentes e incidentes. O mau funcionamento de motores foi responsável por 11 quedas registradas no último ano. Além disso, colisões com aves também preocupam, com 927 ocorrências desse tipo sendo reportadas em 2024. Outro fator relevante são as chamadas excursões de pista, quando aeronaves saem do trajeto durante decolagens ou aterrissagens, o que ocorreu sete vezes no ano passado.

São Paulo lidera os números

O estado de São Paulo foi o que mais concentrou ocorrências, com 706 incidentes e 31 acidentes. Além disso, a fase mais crítica do voo tem sido o cruzeiro, quando a aeronave já está estabilizada no ar. Esse momento do voo registrou 44 dos 175 acidentes do ano, enquanto a fase de pouso foi responsável por 39 casos.

Autoridades intensificam investigações

Diante da alta preocupante no número de desastres aéreos, órgãos responsáveis pela segurança da aviação intensificaram as investigações para entender as causas e buscar formas de conter o avanço desses números. Com um início de 2025 que já aponta um cenário semelhante ao do ano passado, a necessidade de medidas urgentes nunca foi tão evidente.

Fonte: ClickRDR

Força Aérea Brasileira garante segurança e vigilância aérea com inovações do DECEA

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), desempenha um papel crucial na garantia da segurança da navegação aérea. A organização reúne recursos humanos, equipamentos e infraestrutura com a missão de assegurar a segurança e a fluidez de mais de dois milhões de pousos e decolagens por ano.

É responsabilidade do DECEA dotar o País de um sistema de controle de tráfego aéreo integrado, sendo o único no mundo que utiliza a mesma estrutura para as atividades de controle de tráfego aéreo e defesa aérea.

Além disso, o Departamento também possui uma rede de radares e centros de controle espalhados geograficamente, que fornecem, em tempo real, o posicionamento de todas as aeronaves no território nacional.

Defesa Aérea a serviço da soberania e proteção do país

Os controladores de operações aéreas militares executam a vigilância do espaço aéreo 24 horas por dia, sete dias por semana, controlam a aeronave de alerta durante o voo e realizam a defesa aérea permanente das áreas de interesse nacional.

Todo esse esforço soma-se aos mecanismos já existentes na Força Aérea, que emprega radares, satélites e aeronaves com o objetivo de vigiar o espaço aéreo. Muitas dessas estruturas estão estrategicamente localizadas em áreas fronteiriças e têm como missão interceptar qualquer tipo de tráfego ilícito que possa transportar armas, contrabando ou drogas. Assim, impede-se o fluxo ilegal para o território brasileiro, evitando que ele atinja os grandes centros urbanos, o que representa uma das maiores contribuições da FAB em prol da segurança do País.

SALVAERO – Pronta resposta salva vidas

O Brasil se destaca na América do Sul e figura entre os países mais preparados para atender às vítimas de acidentes aeronáuticos e marítimos. Todos esses esforços combinados resultam em uma estrutura capaz de enfrentar os desafios diários do Serviço de Busca e Salvamento Aeronáutico.

Com atuação em uma área de 22 milhões de quilômetros quadrados, grande parte sobre o Oceano Atlântico e a Amazônia, o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR) tem como objetivo a localização e o socorro de ocupantes de aeronaves ou embarcações em perigo.

Para cumprir sua missão, o SISSAR tem como órgão central o DECEA, responsável pelo planejamento, normatização e supervisão da atividade.

Além dos militares capacitados, o SISSAR conta com aeronaves de tecnologia de ponta para o cumprimento da nobre missão de salvar vidas. Cabe ao Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC) verificar os sinais de alerta recebidos de ocupantes de aeronaves ou embarcações em situações de perigo e transmiti-los aos Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáuticos (ARCC), conhecidos como SALVAERO, situados nos Quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) – em Brasília (DF), Curitiba (PR), Recife (PE) e Manaus (AM) – ou aos Centros de Coordenação de Salvamento Marítimo (MRCC), conhecidos como SALVAMAR, que assumem a missão de prestar o serviço de busca e salvamento.

Todas as informações são criteriosamente analisadas e, confirmando a emergência, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é acionado para disponibilizar os meios aéreos responsáveis por executar a missão de Busca e Salvamento.

Tecnologia de ponta

O DECEA dispõe de modernos sistemas CNS/ATM (comunicação aeronáutica, navegação aérea, vigilância e gerenciamento de tráfego aéreo) estrategicamente distribuídos no território brasileiro, além de profissionais altamente qualificados para o planejamento, normatização, manutenção, fiscalização e operação das complexas redes de comunicação.

Nos últimos anos, a Força Aérea Brasileira, por meio do DECEA, tem modernizado sua infraestrutura com novos radares e a expansão da cobertura via satélite, melhorando a vigilância e a comunicação no espaço aéreo. Esses avanços proporcionam maior precisão no monitoramento e na resposta a situações críticas.

Atualmente, o DECEA opera uma rede de 7.079 equipamentos em todo o país, garantindo comunicação, navegação e vigilância aérea de forma contínua. Com uma disponibilidade operacional de 99,55%, esses sistemas são mantidos com altos padrões, assegurando a continuidade das operações, mesmo sob alta demanda.

“Os investimentos em tecnologia de ponta permitem à sociedade brasileira usufruir de um sistema de navegação aérea seguro, ágil, eficiente e alinhado às melhores práticas internacionais. Esses serviços são conduzidos por profissionais altamente capacitados e preparados para executar sua missão com excelência”, destacou o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

Fonte: FAB

Especialistas se reúnem no ICEA para elaboração do Relatório de Performance ATM

Documento é fundamental para a avaliação da eficiência e da segurança do gerenciamento de tráfego aéreo no Brasil


O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) recebeu, entre 3 e 7 de fevereiro, especialistas do DECEA, do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) e de organizações regionais do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) para a elaboração do Relatório de Performance ATM 2024.

O documento é fundamental para a avaliação da eficiência e da segurança do gerenciamento de tráfego aéreo no Brasil, consolidando dados operacionais e estatísticos sobre o desempenho do setor aéreo.

A iniciativa segue as diretrizes da Organização da Aviação Civil Internacional e busca aprimorar o tráfego aéreo por meio da gestão por performance através da análise de indicadores-chave.

Durante o encontro, os especialistas discutiram métricas relacionadas à pontualidade dos voos, capacidade do espaço aéreo, custo-benefício e eficiência operacional.

A compilação desses dados viabiliza a implementação de melhorias contínuas, alinhadas aos objetivos estratégicos do DECEA para a modernização da aviação civil e militar.

Segundo o Major Jean Pierre de Castro Benevides, “o relatório desempenha um papel essencial no monitoramento da performance do espaço aéreo brasileiro, possibilitando a tomada de decisões baseadas em dados concretos e alinhadas às melhores práticas internacionais”, disse. 

O oficial também destacou o comprometimento dos membros da equipe multidisciplinar em reunir as informações necessárias para a confecção do relatório.

A previsão é que o Relatório de Performance ATM 2024 seja publicado no dia 19 de fevereiro de 2025, contribuindo para a transparência e evolução do gerenciamento do espaço aéreo no Brasil.

Fonte: FAB

Atividade de Inspeção em Voo completa 66 anos no Brasil

Militares do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) atuam em prol da segurança dos voos no espaço aéreo brasileiro


Garantir a segurança das aeronaves em todas as fases de voo. É a partir desta premissa que os mais de 200 homens e mulheres do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), a unidade aérea do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), atuam diariamente ao aferir todos os sistemas de auxílio à navegação aérea, bem como os procedimentos de navegação aérea em uso no espaço aéreo brasileiro.

O dia 21 de fevereiro marca, desde 1959, a primeira inspeção em voo realizada no Brasil, com tripulação e aeronave nacionais. São 66 anos deste feito histórico e, ano após ano, acompanhando os avanços tecnológicos, o GEIV conduz com profissionalismo e alta qualidade as diversas missões nacionais e internacionais.

Somente em 2024, o Grupo realizou cerca de 1.400 horas de voos de inspeção e foi responsável pela aferição de 970 auxílios à navegação aérea. “Somos reconhecidos por executar uma das melhores e mais criteriosas inspeções em voo, sempre atendendo aos padrões estabelecidos pela Organização da Aviação Civil Internacional, o que credencia o Brasil em uma posição de destaque mundial no cenário da navegação aérea”, destacou o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

Esta atividade essencial para a segurança dos aeroportos do Brasil é desempenhada pela equipe de inspeção do GEIV, composta por seis militares altamente treinados: um piloto-inspetor (PI), um piloto operacional de inspeção em voo (1P), um operador de sistema de inspeção em voo (OSIV), dois operadores de sistema de posicionamento de aeronave (OSPA) e um mecânico de voo (MEC). Juntos, eles inspecionam a execução de perfis de voo e a qualidade dos sinais de equipamentos de solo, além de verificarem os procedimentos em voo, fazendo análises, medições e, quando necessário, correções para que estes atendam aos parâmetros previstos.

Atualmente, a frota do GEIV é composta por oito aeronaves, sendo quatro do modelo Hawker 800 XP e quatro Legacy 500, denominadas na Força Aérea Brasileira (FAB) como IU-93-M e IU-50, respectivamente. As aeronaves-laboratório são equipadas com o sistema de inspeção em voo embarcado UNIFIS 3000, que avalia os sinais eletrônicos dos auxílios à navegação aérea. Os consoles instalados nesses aviões são frequentemente calibrados para que possam avaliar, com alto grau de precisão, os sinais emitidos pelos instrumentos de solo.

“Os voos de inspeção possuem algumas características específicas e demandam intenso treinamento e alta habilidade da tripulação envolvida. São realizados longos sobrevoos na mesma localidade, assim como a execução de manobras e passagens baixas sobre as pistas dos aeródromos. É através deste trabalho incansável que garantimos a precisão, a confiabilidade e a segurança para que todos possam voar”, explicou o Comandante do GEIV, Major Aviador Rodrigo Pereira Drumond.

História

A atividade de inspeção em voo no Brasil teve seu início em 1956, após a assinatura do projeto de Controle de Tráfego Aéreo (CONTRAF). Já no ano de 1958, formou-se a primeira tripulação operacional de inspeção em voo no País, quando foi adquirido o primeiro avião-laboratório. A primeira inspeção em voo em território nacional, com aeronave e tripulação da FAB, foi realizada em 21 de fevereiro de 1959, com o objetivo de verificar a adequação do sítio de Itaipuaçu, no Rio de Janeiro (RJ), para a instalação para instalação de um VOR, equipamento eletrônico usado na navegação aérea.

Fotos: DECEA

Fonte: FAB

Governo Federal e Embraer anunciam R$ 20 bilhões em investimentos no Brasil até 2030

Recursos serão investidos na produção de aeronaves e desenvolvimento de novas tecnologias


Em encontro com o ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, nesta quarta-feira (12/2), o CEO e presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, reforçou a decisão da empresa de investir, juntamente com o Governo Federal, R$ 20 bilhões no Brasil até 2030, para ampliar a produção de aviões e desenvolver novos produtos.

O plano também foi anunciado durante cerimônia do programa Nova Indústria Brasil, no Palácio do Planalto, para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e autoridades do Governo Federal.

A previsão de investimentos da Embraer inclui aumento da produção de aeronaves, expansão dos negócios em mercados internacionais e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, com o objetivo de reduzir os níveis de emissão de carbono da indústria aeronáutica. Um dos destaques é o eVTOL (veículo elétrico de decolagem e pouso na vertical), fabricado pela EVE, do grupo Embraer.

O ministro comemorou o valor dos investimentos apresentado pela Embraer e disse que isso reforça o pedido do presidente Lula para alavancar a indústria brasileira e retomar a competitividade do Brasil. “Esse anúncio vem para fortalecer a indústria brasileira e reforçar a importância da empresa nacional forte, com credibilidade dentro e fora do Brasil”, afirmou.

Já o CEO da Embraer afirmou que o programa Nova Indústria Brasil tem um papel essencial na retomada da competitividade do País e a parceria com a Embraer, e com toda a Base Industrial de Defesa, continuará sendo fundamental para incentivar as exportações de produtos brasileiros, assim como a geração de empregos qualificados e de renda, garantindo também o domínio de tecnologias críticas voltadas à soberania nacional”, disse Francisco Gomes Neto, CEO e Presidente da Embraer.

A Embraer atua na aviação comercial, executiva, agrícola e de defesa e segurança. A companhia brasileira projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer serviços e suporte a clientes no pós-venda. Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 9 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 150 milhões de passageiros. A empresa é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil.

Fonte: Agência Gov

Sindag sobe o tom contra drones agrícolas ilegais

Entidade solicitará aos órgãos de vigilância ambiental e agrícola dos Estados reforço no combate aos equipamentos que operam sem licença em lavouras e por pessoal não qualificado


O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) enviará na próxima semana ofícios a todos os órgãos de vigilância agrícola e ambiental dos Estados, solicitando apoio no combate aos drones ilegais operando no trato de lavouras. A medida foi anunciada na quinta-feira (13) pelo diretor-executivo da entidade, Gabriel Colle, em uma reunião virtual com associados que trabalham com aeronaves tripuladas, operadores de drones e membros que contam com as duas ferramentas para atender seus clientes.  O encontro foi para apresentar o Plano de Reestruturação da Associação de Drones à entidade – com uma série de ações para 2025.

Conforme estimativas do Sindag,  a maioria dos drones em operação nas lavouras do País não possuem sequer o registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O que é obrigatório tanto para prestadores de serviços quanto para agricultores que operam equipamentos próprios em suas lavouras. A subida de tom da entidade contra os ilegais busca barrar a concorrência desleal de operadores que atuam sem seguir as regras de segurança ambiental e de proteção às pessoas.

O uso de drones de pulverização é regulado principalmente pelo o Mapa e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com o controle também de outros órgãos federais, que exigem por exemplo o registro do aparelho, que o operador seja maior de 18 anos e que tenha o Curso para Aplicação Aeroagrícola Remota (Caar) e tenha um responsável técnico Agrônomo ou engenheiro florestal.  Porém, a expectativa é de os Estados (que controlam o uso de agrotóxicos e a proteção ao meio ambiente) a estreitar a malha da rede de vigilância sobre a atividade. Por exemplo, com forças-tarefa para  comparar informações sobre compras de equipamentos com os dados de quem realmente registrou seus drones. Isso além de ir a campo para assegurar o cumprimento da lei nas propriedades rurais.

Semelhante à ação solicitada pelo Sindag ao Mapa em 2022 e que resultou, no Mato Grosso, em uma força-tarefa entre agentes do Ministério da Agricultura de vários Estados, Ibama e Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT). Os órgãos miraram especialmente em fazendeiros que operavam aviões agrícola próprios mas também alugavam seus serviços para terceiros (o que é proibido). Mas cobrindo também desde as empresas de aviação agrícola até o manuseio e depósito de agrotóxicos dentro das propriedades.

MOBILIZAÇÃO: Colle apresentou o plano do Sindag em reunião virtual com empresários que trabalham com aeronaves tripuladas, operadores de drones e associados que contam com as duas ferramentas para atender seus clientes

OUTRAS FRENTES

Colle ressaltou que o reforço no controle vem sendo conversado ainda com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), para envolver os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas). O diretor operacional do Sindag, Cláudio Júnior Oliveira, que também participou da reunião dessa quinta, lembrou que a entidade aeroagrícola está articulando com o Ministério da Agricultura a obrigatoriedade das revendas de equipamentos também exigirem (ou mesmo fazerem) o cadastro dos drones agrícolas no ato da venda.  

Por parte dos associados presentes no encontro virtual, veio ainda a sugestão de enviar ofícios às cooperativas de crédito que financiam drones para lavouras. Neste caso, para que estas incluam em seus contratos cláusulas exigindo o registro dos aparelhos. Até para que o órgão financiador não tenha a alienação de um bem que possa estar sendo operado  ilegalmente.

O Sindag deve continuar na busca ativa para que mais empresas de drones se associem à entidade. Ao mesmo tempo em aposta em dar visibilidade no mercado a quem integra o quadro. Inclusive com a proposta de criação de um selo de associada. “Lembrando que o primeiro requisito pra ser sócio do Sindag é estar com a empresa em dia com a legislação”, destacou Gabriel Colle.

Outras ações anunciadas pelo dirigente na reunião desta quinta a elaboração de um catálogo de associadas, incentivar a participação das empresas em eventos do agro e criar (nas redes sociais do Sindag) uma série quinzenal com cases de sucesso do setor. O objetivo é, até o final do ano, aumentar para pelo menos 300 o número de operadores de drones entre os associados. Atualmente, o Sindag abrange 60 empresa de aeronaves remotamente operadas e 260 associados que operam aviões ou helicópteros agrícolas.

O Sindag foi a primeira entidade de aviação agrícola do planeta a abranger empresas de drones de pulverização em seu rolde associadas. Isso em 2017 e entre instituições congêneres dos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Argentina México, Uruguai e outros países com tradição no setor. Justamente com foco em ajudar a desenvolver o mercado de forma ordenada e contribuir com a regulação da ferramenta – junto com o Mapa e Anac.

Fonte: Agrolink

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