CPG – ITA e FAB usam Inteligência Artificial para revolucionar busca de Destroços de Aeronaves

Pesquisa do ITA e FAB usa inteligência artificial para otimizar operações de detecção de destroços de aeronaves no Brasil


Uma pesquisa revolucionária desenvolvida pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) está trazendo uma inovação significativa para as operações de busca e resgate aéreo no Brasil.

A pesquisa, que combina a experiência acadêmica e os conhecimentos operacionais, resultou em um modelo de Inteligência Artificial (IA) capaz de detectar destroços de aeronaves em missões de resgate, melhorando a eficiência das operações realizadas pela Força Aérea Brasileira (FAB).

ITA: inovação no uso da inteligência artificial em operações de resgate

O estudo, intitulado “Detecção de destroços de aeronaves com base em modelos de visão computacional”, foi conduzido pelo Major Aviador André Villela Gaspar, aluno do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO) do ITA.

Sob a orientação do Professor Doutor Angelo Passaro, do Instituto de Estudos Avançados (IEAv) e do Professor Doutor José Alberto Silva de Sá, da Universidade do Estado do Pará (UEPA), o estudo propõe uma aplicação inovadora da IA no cenário das buscas aéreas.

Como a IA pode ajudar em buscas aéreas

A pesquisa teve como base imagens reais capturadas durante missões do Esquadrão Pelicano, unidade especializada da FAB em busca e salvamento.

Utilizando drones e materiais de descarte, os pesquisadores criaram um banco de dados rico em imagens de destroços simulados, aprimorando o desempenho do modelo de IA.

A adaptação dessa tecnologia ao contexto específico dos biomas brasileiros, com seus desafios geográficos e ambientais, é uma das principais inovações trazidas pela pesquisa.

Desafios no processo de busca e salvamento

Embora o uso de IA para localizar pessoas desaparecidas seja comum, o foco na identificação de destroços de aeronaves é um campo pouco explorado.

O Major Villela explica que as dificuldades logísticas e a escassez de registros em regiões remotas tornam este tipo de busca ainda mais desafiador. A pesquisa visa não apenas salvar vidas, mas também otimizar o uso de recursos nas operações da FAB, garantindo mais precisão e rapidez na localização dos destroços.

Integração entre academia e operações da FAB

O Tenente-Coronel Aviador Daniel Alberto Pamplona, coordenador adjunto do PPGAO, destacou a importância da pesquisa ao integrar conhecimentos acadêmicos e operacionais, alinhando-se à Concepção Estratégica da Força Aérea Brasileira, que visa incorporar novas tecnologias e conceitos operacionais para aprimorar as missões de defesa e resgate.

Impacto da pesquisa nas operações de busca e salvamento

Com esse avanço, o Brasil dá um passo importante para tornar suas operações de busca e salvamento ainda mais eficientes, utilizando a tecnologia de ponta da Inteligência Artificial para garantir a segurança de vidas no ar. A pesquisa realizada pelo ITA e FAB representa um marco no uso de tecnologias avançadas para a melhoria das operações de resgate aéreo.

Ao aplicar a inteligência artificial na detecção de destroços de aeronaves, o Brasil está não apenas aprimorando a eficácia das suas missões de busca e salvamento, mas também posicionando-se na vanguarda das inovações tecnológicas aplicadas à segurança aérea.

Fonte: Fab

Anac ouve sociedade em audiência sobre acessibilidade no transporte aéreo

Novas regras, focadas na autonomia do passageiro com necessidade de assistência especial, recebem contribuições até 27/3


Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) avança no debate sobre a revisão das regras que garantem a acessibilidade no transporte aéreo. No dia 13 de março, mais de mil pessoas assistiram, pelo YouTube, a transmissão da audiência pública que abordou a temática. A sessão ocorreu no auditório da Anac, em Brasília (DF), e recebeu 32 contribuições de pessoas que participaram de forma presencial e remota. 

A audiência faz parte da Consulta Pública nº 02/2025, aberta desde o dia 24 de janeiro para ouvir a sociedade sobre a atualização dos procedimentos relativos à acessibilidade de passageiros com necessidade de assistência especial (Pnae), previstos na Resolução nº 280, de 11 de julho de 2013. Qualquer pessoa interessada pode enviar contribuições por escrito até o dia 27 de março pelo site Participa + Brasil, onde estão disponíveis todas as informações para a participação. 

Fundamentada em princípios como autonomia, acessibilidade, não discriminação, informação adequada e segurança operacional, a proposta que está em consulta pública reafirma o compromisso da Anac com a inclusão e a equidade de acesso no transporte aéreo. O objetivo é assegurar que todos os passageiros tenham condições de viajar com independência, segurança e dignidade, reduzindo barreiras e fortalecendo soluções que promovam a autonomia dos usuários do transporte aéreo. 

Para a elaboração das novas regras, a Agência recebeu a colaboração de diversos entes, como órgãos envolvidos na promoção dos direitos das pessoas com deficiência, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) e o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor). A ideia agora é que a sociedade como um todo participe com críticas, sugestões e contribuições para deixar a proposta cada vez melhor. 

Principais avanços da proposta 

  • Ampliação do conceito de Pnae, que passa a incluir qualquer pessoa que, por alguma condição específica, tenha limitação na sua autonomia ou mobilidade como passageiro e que requeira assistência especial. 
  • Reforço de que o passageiro deve avisar a empresa aérea, com antecedência, sobre a necessidade de assistência especial, suas condições específicas e se viajará acompanhado ou desacompanhado. 
  • Autonomia do Pnae para decidir se precisa de um acompanhante, salvo em casos que possam estar ligados à sua própria segurança e à segurança da operação. 
  • Passagem gratuita (exceto tarifa de embarque) para o acompanhante nos casos em que o Pnae tenha limitação severa e a presença do acompanhante seja indispensável. 
  • Assento adicional sem custos, em determinadas condições, que sejam necessárias para acomodação do Pnae. 
  • Transporte gratuito de até três ajudas técnicas (cadeiras de rodas, muletas, entre outros equipamentos). 
  • Acesso pleno e igualitário ao transporte aéreo, em condição de prioridade de acesso. 
  • Simplificação do processo de notificação de informações à empresa aérea, incluindo a padronização de formulários. 

Assessoria de Comunicação Social da Anac