FAB celebra 152 anos de Santos Dumont com solenidade em Brasília

No próximo dia 20 de julho, a Força Aérea Brasileira (FAB) celebrará os 152 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica. A solenidade, marcada para a Base Aérea de Brasília, irá relembrar sua trajetória visionária e homenagear também os veteranos da FAB e o Vitorioso Regresso da Segunda Guerra Mundial.

Aspecto Técnico: O Legado Tecnológico de Santos Dumont para a Aviação Militar

As contribuições de Alberto Santos Dumont ultrapassam as barreiras do tempo e continuam influenciando a aviação militar e civil no Brasil e no mundo. Sua ousadia e espírito inovador são refletidos em cada nova tecnologia incorporada pela Força Aérea Brasileira, desde aeronaves de última geração até sistemas avançados de navegação e defesa aérea.

Durante a cerimônia, a FAB destaca como os princípios lançados por Santos Dumont — como eficiência, leveza e inovação — permanecem vivos na atual estrutura da Força, inspirando o desenvolvimento contínuo de projetos aeronáuticos estratégicos para a Defesa Nacional.

Integração Histórica: A Importância da Memória dos Veteranos da FAB e do Vitorioso Regresso

Além de homenagear Santos Dumont, o evento na Base Aérea de Brasília também será dedicado aos 80 anos do Vitorioso Regresso dos combatentes da Segunda Guerra Mundial e ao Dia do Veterano da FAB. Esta integração entre diferentes marcos históricos reforça o compromisso da Força com a valorização de todos aqueles que contribuíram para a proteção e soberania do Brasil. A solenidade será um momento de reflexão e reconhecimento, destacando a bravura dos veteranos e reafirmando os valores de coragem, disciplina e patriotismo que permeiam a história da FAB.

Tradição e Inovação: O Papel da FAB na Preservação do Legado de Santos Dumont

A Força Aérea Brasileira mantém viva a memória do Pai da Aviação por meio de ações educativas, eventos institucionais e preservação de acervos históricos. Museus, escolas de formação e projetos de divulgação científica ajudam a perpetuar o legado de Santos Dumont para as novas gerações de brasileiros. A cerimônia do dia 20 de julho é mais uma expressão desse esforço: unir passado e futuro, celebrando o pioneirismo de Santos Dumont ao mesmo tempo em que projeta a FAB como uma força moderna, eficiente e essencial para o Brasil.

Fonte: Fab

Etanol de milho safrinha do Brasil é aprovado para produção de combustível sustentável de aviação

Reconhecimento da Oaci reforça protagonismo do Brasil na oferta de matérias-primas para o SAF com menor impacto ambiental

A Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) aprovou a recomendação técnica que reconhece a produção de etanol a partir do milho de segunda safra no Brasil como matéria-prima sustentável para o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês).

O resultado é fruto de uma articulação técnica liderada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que levou à 13ª Reunião do Comitê de Proteção Ambiental da Aviação (Caep) a defesa do modelo brasileiro baseado na prática agrícola de múltiplas culturas — sistema que permite o cultivo de duas ou mais safras por ano na mesma área, sem necessidade de abrir novas fronteiras agrícolas.

Com a decisão, a Oaci, agência especializada da ONU, reconhece que países com condições climáticas favoráveis e práticas agrícolas sustentáveis, como o Brasil, podem atender à crescente demanda global por SAF sem comprometer a segurança alimentar nem ampliar a pressão sobre o uso da terra.

Fonte: DATAGRO

Bombeiros do DF recebem primeiro avião Cessna Caravan para resgates aeromédicos

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) acaba de reforçar sua frota aérea com a incorporação de um novo Cessna C208 Grand Caravan, aeronave de grande versatilidade e reconhecida por sua capacidade em operações de resgate e transporte aeromédico.

A entrega provisória da aeronave foi realizada pela AEROMOT nesta semana no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). O avião foi customizado especialmente para atender às demandas da corporação, sendo equipado com sistema aeromédico completo e adaptado para o transporte de pacientes em situações de emergência, além de outras missões críticas de apoio à segurança pública.

Segundo a AEROMOT, responsável pela modificação e integração dos equipamentos especiais, o Cessna Grand Caravan entregue ao CBMDF é mais um passo importante na modernização e ampliação da capacidade operacional dos bombeiros no Distrito Federal.

A nova aeronave permitirá resposta mais rápida em casos de remoção aeromédica, transporte de órgãos, operações de busca e salvamento e apoio a desastres naturais, ampliando significativamente o alcance e a eficiência das ações do CBMDF em todo o território brasileiro.

Veja Postagem: https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Faeromot.oficial%2Fposts%2Fpfbid0hPiWbXKksGikdeN6er4YGkAhLqRSa6RquWP19LB8gz3BgBqn6ankXza1qg1391KLl&show_text=true&width=500

Divulgação – Aeromot

Hyundai Motor e Kia entregaram o primeiro robô vestível da Korean Air; entenda para que ele serve

A Hyundai Motor Company e a Kia Corporation informaram na última quinta-feira, 10 de julho, que lançaram oficialmente seu robô industrial vestível, o X-ble Shoulder, no mercado coreano, com uma cerimônia de entrega da primeira unidade para a Korean Air em 8 de julho. O evento foi realizado no hangar de manutenção de aeronaves da empresa aérea em Incheon, na Coreia do Sul.

Como o primeiro cliente oficial, a Korean Air implantará o robô vestível em sua divisão aeroespacial, incluindo operações de montagem e manutenção de aeronaves comerciais, aviões militares, veículos de mobilidade aérea urbana (UAM), drones, aeronaves furtivas e sistemas de lançamento de satélites.

“O X-ble Shoulder incorpora a expertise tecnológica e a colaboração de nossos funcionários. Nosso objetivo é expandir sua aplicação em várias indústrias para ajudar a prevenir lesões e melhorar a eficiência dos trabalhadores”, disse Dong Jin Hyun, Vice-Presidente e Chefe do LAB de Robótica na Hyundai Motor e Kia.

“Antecipamos que a saúde e a satisfação no trabalho dos funcionários serão aprimoradas com a introdução do X-ble Shoulder. Estamos ativamente revisando uma adoção mais ampla para manter os mais altos padrões de segurança e qualidade tanto na fabricação quanto na manutenção de aeronaves”, afirmou Hyunboh Jung, Vice-Presidente Executivo e Chefe do Departamento de Negócios de Aerostruturas da Korean Air.

Após essa entrega inicial, o LAB de Robótica da Hyundai Motor e Kia planeja começar a distribuição mais ampla para clientes previamente registrados, incluindo afiliadas do Hyundai Motor Group e fabricantes domésticos na Coreia. As vendas serão expandidas para indústrias como construção, construção naval e agricultura. Hyundai Motor e Kia também visam entrar nos mercados globais a partir de 2026.

O X-ble Shoulder é um dispositivo robótico vestível desenvolvido internamente pelo LAB de Robótica da Hyundai Motor e Kia. Ele foi projetado para auxiliar a força do braço e aliviar a carga nos ombros durante tarefas repetitivas realizadas acima da cabeça – uma postura comum na manutenção de aeronaves. Ao reduzir as cargas musculoesqueléticas, o dispositivo ajuda a minimizar o risco de lesões e fadiga, aumentando assim a produtividade.

Uma característica de destaque do X-ble Shoulder é seu mecanismo de geração de torque não motorizado, que elimina a necessidade de baterias ou carregamento. Isso mantém o dispositivo leve e fácil de manter, além de garantir operação ininterrupta. O robô integra um módulo de compensação muscular que fornece torque assistivo, reduzindo as cargas na articulação do ombro em até 60% e a atividade do músculo deltoide anterior/lateral em até 30%.

Em 2022, o LAB de Robótica da Hyundai Motor e Kia começou a testar protótipos do X-ble Shoulder em seus locais de produção globais para garantir a usabilidade prática. Mais de 300 trabalhadores participaram de testes-piloto, fornecendo feedback direto que levou ao aperfeiçoamento da tecnologia e da ergonomia do robô.

Informações da Hyundai

Aumento do IOF ameaça políticas de expansão da conectividade aérea

O decreto que aumentou o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) estimula uma reflexão sobre as políticas públicas que têm o objetivo de ampliar a conectividade do país e o acesso da população ao transporte aéreo. Ao elevar a alíquota sobre remessas ao exterior de 0,38% para 3,5%, a medida anunciada pelo governo atinge “o coração” da indústria da aviação, que tem 60% dos custos atrelados ao dólar.

Um exemplo de política pública lançada pelo governo para fortalecer a aviação regional é o programa AmpliAR, que deve alcançar R$ 5 bilhões em investimentos privados na construção ou requalificação de 100 aeroportos de todo o país nos próximos cinco anos. Na primeira etapa, o programa, anunciado em dezembro do ano passado, vai priorizar cidades da Amazônia Legal e da região Nordeste. Junto com o Voa Brasil, o AmpliAR integra o conjunto de políticas públicas que têm o objetivo de expandir e democratizar o transporte aéreo. Contudo, menos de seis meses depois, o governo estabeleceu, por decreto presidencial, a alta do IOF, acendendo um alerta vermelho no setor aéreo por seus efeitos potencialmente devastadores.

O aumento do IOF atinge diretamente as operações de leasing de aeronaves e motores, serviços de manutenção e outros pagamentos para fornecedores no exterior. Essas operações fazem parte do dia a dia da aviação e são fundamentais para a manutenção e renovação da frota nacional, já que as empresas aéreas não podem contratar leasing no Brasil. Com isso, a medida tem grande impacto sobre investimentos em novas rotas, comprometendo a conectividade aérea do país e o acesso das populações das regiões mais remotas à aviação. 

Para se ter uma ideia, o aumento do IOF equivale ao leasing anual de 25 aeronaves de porte médio ou de 40 aeronaves Embraer. Na aviação regional, por exemplo, seria possível ter 80 aeronaves a mais operando nos aeroportos do programa AmpliAR. Ou seja, políticas públicas desenhadas para incluir mais brasileiros no transporte aéreo e conectar novos destinos perdem força quando acompanhadas por medidas fiscais que penalizam quem deveria investir na expansão da malha aérea. Ao contrário, a alta do IOF tem potencial para reduzir a oferta de voos, concentrando as frequências nas rotas domésticas já consolidadas. 

Outro efeito é a perda de competitividade das empresas nacionais no cenário global. As companhias aéreas brasileiras atuam em um mercado globalizado, e as alterações no IOF aprofundam o desequilíbrio já que o imposto não é cobrado das empresas estrangeiras, que efetuam integralmente no exterior os pagamentos com arrendamento e manutenção. Essa desvantagem afeta, especialmente, as rotas internacionais operadas pelas empresas brasileiras.

Em resumo, elevar o IOF seria um duro golpe na saúde financeira das empresas aéreas, na capacidade de investimento que dispõem e, consequentemente, no desenvolvimento de novas rotas e destinos. Sem alternativas para realizar arrendamentos e serviços de manutenção no Brasil, as companhias terminariam repassando os custos aos passageiros e reduzindo a oferta de voos.

Suspenso pelo Congresso Nacional por meio da aprovação de um Projeto de Decreto Legislativo, o debate sobre o IOF está agora nas mãos do STF (Supremo Tribunal Federal), que terá que analisar, no fim do dia, o viés arrecadatório de um instrumento regulatório.

A manutenção das políticas públicas que almejam a democratização do setor aéreo deve ser acompanhada de medidas que não aumentem o custo do transporte aéreo e que viabilizem a expansão da malha em direção à aviação regional. Essa é a receita que fará a aviação brasileira decolar.

Fonte: Agência Infra

Embraer Xingu sobrevoa a Torre Eiffel e a Champs-Élysées no Dia da Bastilha

O tradicional desfile militar francês realizado neste domingo (14), em comemoração ao Dia da Tomada da Bastilha, foi marcado por uma aparição rara: um avião brasileiro Embraer Xingu sobrevoou a Champs-Élysées, próximo à Torre Eiffel, em Paris.

A aeronave pertence à Armée de l’Air, a Força Aérea da França, que conduziu um desfile aéreo de cerca de oito minutos para celebrar a queda da Prisão da Bastilha, ocorrida em 1789 — um dos eventos mais simbólicos da Revolução Francesa.

Desde então, 14 de julho é feriado nacional na França, comemorando a liberdade e os direitos civis conquistados durante a Revolução. O ponto alto da celebração é o desfile militar na mais famosa avenida do mundo, a Champs-Élysées, com destaque para a exibição aérea.

Nos céus de Paris, a Armée de l’Air e a Marine Nationale (Marinha Francesa) realizaram um verdadeiro show aéreo. Neste ano, o Embraer Xingu integrou o grupamento de aviões de transporte, atraindo atenção por sua origem brasileira.

O Xingu é um bimotor turboélice produzido pela Embraer. Foram fabricadas 106 unidades do modelo, que pode transportar até nove passageiros. Atualmente, apenas algumas dezenas permanecem em operação no mundo.

A França é a única operadora militar do Xingu na Europa, junto com a Força Aérea Brasileira. No total, o país europeu mantém 16 unidades na Força Aérea e 10 na Marinha, sendo todos utilizados para treinamento para futuros pilotos de transporte, que em algum momento voarão aeronaves maiores como o A400M, A330 MRTT, CN-235, C-130 Hércules e família de jatinhos Dassault Falcon.

Veja abaixo a lista completa das aeronaves que participaram do desfile aéreo, em ordem de apresentação:

  • Oito Alphajet da esquadrilha acrobática Patrouille de France
  • Boeing E-3 Sentry com três Dassault Rafale, um F-18 da Suíça e um F-16 da Bélgica
  • Mirage 2000-5 com quatro Eurofighter Typhoon da Alemanha, Espanha, Itália e Reino Unido
  • Boeing KC-135R com quatro Rafale
  • Airbus A330 MRTT com Mirage 2000 e Rafale
  • Airbus A400M com Mirage 2000 e Rafale
  • Pilatus PC-12 com Alphajet, Mirage 2000 e Rafale
  • Rafale M com Northrop Grumman E-2C Hawkeye e Dassault Falcon 10 da Marine Nationale
  • Bréguet 1150 Atlantic 2 e Dassault Falcon 50 da Marine
  • Quatro A400M, incluindo um da Espanha
  • Falcon 900 com C-130J Super Hercules e CASA CN-235
  • Embraer E121 Xingu com Socata TBM 700 e Cirrus SR-22
  • Drone MQ-9 Reaper com ALSR Vador (King Air 350 de inteligência e reconhecimento)
  • Bombardier Dash 8 Q400 de combate a incêndios

No vídeo abaixo é possível, a partir dos 7 minutos e 28 segundos, é possível ver o Xingu liderando a formação junto com dois turboélices TBM 700 e dois monomotores a pistão Cirrus SR-22

Atualmente, as únicas aeronaves militares da Embraer em operação na Europa são os turboélices Xingu na França, os jatos executivos Phenom 100 na Real Força Aérea Britânica e o cargueiro KC-390 na Força Aérea Portuguesa.

Fonte: Aeroin

Qual pode ser o impacto na Embraer após Donald Trump aumentar os impostos sobre produtos brasileiros

As recentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e o Brasil, com a imposição de taxas mais altas sobre produtos brasileiros por parte do Governo de Donald Trump, podem se tornar uma ameaça às vendas de aeronaves comerciais da Embraer. Entendendo isso, o mercado reagiu e as ações da empresa na B3 caíram 11% na semana passada.

A verdade é que, neste momento, os detalhes são escassos e não está claro como a fabricante brasileira será impactada pelas mais recentes ameaças tarifárias do presidente Donald Trump, mas podem ser traçados alguns cenários.

O assunto veio à tona novamente na semana passada, depois que Trump voltou a agitar os mercados globais com ameaças de aumentar tarifas sobre parceiros comerciais, incluindo a possibilidade de impor impostos de até 50% sobre produtos importados do Brasil.

Essa elevação representa um aumento significativo em relação à tarifa de 10% que Trump impôs unilateralmente à maioria dos países do mundo, taxa que as empresas brasileiras já consideraram em seus planos financeiros.

Caso não seja feita uma exceção para produtos aeroespaciais brasileiros, o aumento das tarifas para 50% provavelmente elevará o preço dos jatos regionais para os clientes dos EUA.

A questão de saber se esses custos poderão ser repassados às companhias aéreas e aos passageiros permanece em aberto. Enquanto isso, a Embraer disse que está “avaliando os potenciais impactos em suas operações após o anúncio do governo dos EUA sobre um possível aumento nas tarifas para produtos brasileiros”.

Qualquer impacto esperado nos lucros da Embraer será reportado durante a teleconferência de resultados do segundo trimestre da empresa em 5 de agosto. A fabricante aérea afirma estar “engajando ativamente com as autoridades relevantes buscando restaurar a isenção de impostos de importação para o setor aeronáutico”.

No final do primeiro trimestre, quase 95% de seu backlog de 160 unidades firmes do jato regional E175, o mais vendido da história da fabricante brasileira, era de transportadoras americanas. Esse percentual deve ter aumentado, pois a SkyWest fez um pedido firme de 60 E175, além de direitos de compra para mais 50 aeronaves, durante o recente salão aéreo de Paris.

As transportadoras americanas, por sua vez, ainda não se posicionaram publicamente sobre como vão reagir ao aumento das tarifas e as suas encomendas de aviões Embraer, mas alterações nos planos de entrega ou mesmo cancelamentos de pedidos não seriam possibilidades totalmente descartadas.

Caso as tarifas mais altas entrem em vigor, as companhias aéreas terão poucas opções, dada a falta de alternativas ao E175 no mercado, tanto construídas nos EUA quanto em outros lugares.

Os operadores americanos já tiveram que absorver o aumento de 10% sobre os jatos da Embraer devido à tarifa inicial, o que provavelmente será repassado aos clientes na forma de preços mais altos nas passagens, mas 50% de aumento seria algo de altíssimo impacto para todos os lados.

Fonte: Aeroin

ITA desenvolve simulador inédito para avaliação de radares militares sob interferência

Software fortalece pesquisas militares e formação especializada


Um software desenvolvido por pesquisadores militares e civis do Programa de Pós-Graduação em Aplicações Operacionais (PPGAO) do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) foi oficialmente registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A ferramenta, denominada Simulador Avançado de Radar, representa um avanço estratégico na área de Guerra Eletrônica, ao proporcionar um ambiente virtual robusto para avaliação do desempenho de radares militares sob condições de interferência eletrônica.

O desenvolvimento do software foi conduzido por uma equipe formada pelos Professores Doutores Felix Dieter Antreich e Dimas Irion Alves, pelo Coronel Especialista em Comunicações Olympio Lucchini Coutinho, pelo Capitão Aviador Leandro Geraldo da Costa e pelo Capitão Aviador Derek do Espírito Santo Nogueira.

O simulador permite a recriação virtual de diversos cenários complexos de combate eletrônico, incluindo interferências do tipo Range Gate Pull-Off (RGPO) e técnicas passivas baseadas em abertura sintética com o uso de antena única. Esses recursos tornam a ferramenta essencial para estudos avançados e o desenvolvimento de soluções tecnológicas no setor de defesa.

De acordo com o coordenador do PPGAO, Coronel Aviador Sérgio Rebouças, a capacidade de simular diferentes situações operacionais facilita o estudo e a criação de contramedidas eletrônicas mais eficazes, contribuindo diretamente para o aprimoramento das capacidades operacionais da Força Aérea Brasileira (FAB). “Com esse registro, conseguimos também demonstrar nossa capacidade de desenvolvimento tecnológico, o que fortalece as competências da FAB e do país na fronteira do conhecimento, integrando a pesquisa acadêmica com demandas operacionais concretas”, destacou.

Além do uso em cenários de guerra eletrônica, os algoritmos implementados no software também estão sendo avaliados para aplicações na área espacial. Especificamente, o simulador é considerado uma base tecnológica para o Projeto de Desenvolvimento de Cargas Úteis de Recepção de Sinais Eletromagnéticos para Satélites (LOM – Fase 1), iniciativa apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) e executada no Centro de Competência em Guerra Eletrônica (CCGE) do ITA.

IMPACTO ACADÊMICO

Além de sua aplicação operacional direta, o Simulador Avançado de Radar já se consolida como uma ferramenta essencial na formação de especialistas militares. O software vem sendo empregado em cursos de alto nível, como o Curso de Especialização em Análise do Ambiente Eletromagnético (CEAAE), oferecido no âmbito da pós-graduação do ITA, reforçando a capacitação técnica de profissionais atuantes em Guerra Eletrônica.

O impacto acadêmico da ferramenta também se reflete em sua utilização como base para diversas publicações científicas, apresentadas em eventos técnicos de destaque, como o Simpósio de Aplicações Operacionais em Áreas de Defesa (SIGE), o Simpósio Brasileiro de Telecomunicações (SBrT) e a revista especializada Spectrum.

Entre as contribuições recentes, destacam-se os trabalhos “Simulação e Análise dos Efeitos da Técnica de Interferência Range Gate Pull-Off em Detectores CFAR”, apresentado no SBrT 2024, e “Single Antenna Passive Synthetic Aperture DoA”, publicado no SIGE 2024.

A Pró-Reitora de Administração do ITA, Coronel Intendente Vivian Santos Gomes, destacou o papel estratégico da atuação conjunta entre civis e militares no avanço científico e tecnológico do país. “Iniciativas como o Simulador Avançado de Radar evidenciam o papel fundamental do ITA no fortalecimento das capacidades operacionais e tecnológicas da FAB, refletindo um compromisso contínuo com a segurança nacional e o progresso científico brasileiro”, comentou.

GUERRA ELETRÔNICA

A Guerra Eletrônica pode ser compreendida como uma modalidade de conflito focada no domínio do espectro eletromagnético. Essa área envolve o uso de tecnologias avançadas para interromper ou manipular comunicações e sistemas de detecção inimigos, enquanto protege os próprios sistemas contra interferências. Trata-se de uma das formas mais críticas e eficazes de atuação militar contemporânea, amplamente empregada em operações ao redor do mundo.

Atualmente, o Centro de Competência em Guerra Eletrônica (CCGE) do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) atua no fomento ao ensino e à pesquisa em áreas estratégicas para a Defesa Nacional. Sua missão é viabilizar soluções educacionais e científicas em Guerra Eletrônica, por meio da implementação, adaptação e manutenção de infraestrutura laboratorial, além de prestar assessoria técnico-científica à Força Aérea Brasileira (FAB) em temas alinhados às suas linhas de pesquisa.

Fonte: Fab

Anac emite a primeira certificação de balão brasileiro

Processo atestou produção de cinco modelos da Rubic Balões conforme padrões internacionais de segurança


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu o primeiro o certificado de tipo para balões no Brasil. A certificação destina-se a cinco modelos de balões de ar quente tripulados, com capacidade para 13 pessoas, fabricados pela empresa Rubic Balões. Estes são os primeiros equipamentos no país cujos projetos, fabricação e operação cumprem requisitos do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 31, que trata de aeronavegabilidade de balões livres tripulados.   

Emitida em 7 de julho, a certificação será publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 10 de julho. 

Os balões certificados diferem dos de aerodesporto por passarem por um processo de avaliação com base em critérios internacionais de segurança e padronização. Nesse aspecto, os projetos e as especificações de desempenho são analisados e verificados, garantindo assim um nível adequado de segurança. 

Para conceder a certificação, a Anac também avalia a fabricação dos componentes e acompanha os testes em componentes como cesto, tecido e maçaricos, além de ensaios de montagem, pilotagem, uso de instrumentos e inspeções ao final dos testes. 

Se todos os requisitos estiverem adequados às normas internacionais e nacionais, o certificado de tipo permite a produção de balões para comercialização. Todavia, cada equipamento deverá passar por inspeção individual da Anac para receber o Certificado de Aeronavegabilidade Padrão, que autoriza o voo das aeronaves certificadas. Caso a empresa queira fazer a produção em série, é necessário obter a Certificação de Organização de Produção (COP) – o processo da Rubic Balões está em andamento na Anac. 

O requerimento de certificação de tipo dos balões da Rubic  foi apresentado  em março de 2022, resultando em um processo que durou 3 anos e 3 meses. As análises e testes seguem padrões internacionais e a emissão da certificação de tipo coloca o Brasil entre os países que possuem balões certificados, como Reino Unido, Espanha, República Tcheca, Turquia e França. 

Voo Simples
A certificação de balões ganhou um novo estímulo com o Voo Simples, programa de modernização das regras da aviação civil implementado pela Anac em outubro de 2020. Entre as ações está a redução na Taxa de Fiscalização da Aviação Civil (TFAC), que passou de aproximadamente R$ 900 mil para R$ 20 mil, viabilizando o desenvolvimento e a certificação de balões nacionais. 

Em decorrência dessa iniciativa, outras empresas deram entrada na Agência com pedidos de certificação de balões tripulados no país. Os processos encontram-se em fases distintas e seguem padrões internacionais de segurança. 


Assessoria de Comunicação Social da Anac

Aeroportos Sustentáveis: Anac premia as melhores iniciativas do Brasil

Agência reconhece as melhores práticas ambientais dos operadores nos segmentos engajamento social, gestão de recursos, resíduos, emissões e ruídos


O s aeroportos com as melhores práticas ambientais do Brasil foram premiados nessa terça-feira, 8 de julho, na solenidade do 6º Prêmio Aeroportos Sustentáveis, que reconheceu as melhores práticas ambientais em meio aos desafios da transição energética e das mudanças climáticas.

Ao todo, 37 iniciativas foram avaliadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) dentro do período bienal de 2023/2024, considerando as quatro categorias de movimentação de passageiros, cada uma com três eixos independentes: engajamento social dos aeroportos (Sociedade), gestão do consumo de energia, recursos hídricos e de resíduos (Insumos e gestão de emissões e ruído (Externalidades). Elas também foram avaliadas com base na certificação do programa Airport Carbon Accreditation (ACA), do Conselho Internacional de Aeroportos para América Latina (ACI-LAC). Os 19 aeroportos inscritos e certificados tiveram atendimento automático aos critérios relacionados à certificação internacional.

Abaixo seguem os vencedores por categoria e eixo de avaliação:

Aeroportos até 200 mil passageiros/ano:
Sociedade: Aeroporto de Maricá – Codemar;
Insumos: Aeroporto de Campina Grande – Aena Brasil;
Externalidades: Aeroporto de Macaé – Zurich Airports.

Aeroportos até um milhão de passageiros/ano:
Sociedade e Insumos: Aeroporto de Juazeiro do Norte – Aena Brasil;
Externalidades: Aeroportos de Boa Vista, Porto Velho e Rio Branco – Vinci.

Aeroportos até cinco milhões de passageiros/ano:
Sociedade: Aeroporto de Manaus – Vinci;
Insumos e Externalidades: Aeroporto de Florianópolis – Zurich Airports.

Aeroportos com mais de cinco milhões de passageiros/ano:
Sociedade: Aeroporto de Confins – BH Airport; e Aeroporto de Salvador – Vinci;
Insumos: Aeroporto de Salvador – Vinci;
Externalidades: Aeroporto de Confins – BH Airport.

Os resultados desta edição destacam a evolução das ações desenvolvidas pela Anac, que tem agregado mais aeroportos à pauta ambiental. “Essa iniciativa é um sucesso. Já temos quase a totalidade das concessionárias engajadas no programa, numa competição positiva e a cada ano o resultado gera incentivos para que aeroportos revisem suas práticas, melhorem [suas ações] e voltem para as edições seguintes com práticas ainda mais aprimoradas de gestão ambiental”, destacou o diretor Tiago Pereira, durante a solenidade de premiação.

Para a diretora de Sustentabilidade do Ministério de Portos e Aeroportos, Larissa Amorim, a premiação da Agência retrata as boas práticas do setor aéreo. “A Anac sempre é muito elogiada do ponto de vista técnico pela sua boa apresentação, pela sua acurácia e a parte ambiental e de sustentabilidade não poderia ser diferente”, destacou.

Parceria com a ACI
O representante da ACI-LAC no Brasil, Felipe Reis, destacou o avanço dos aeroportos brasileiros nos processos de certificação ambiental. De acordo com a associação, o país conta com 19 aeroportos listados, sendo o segundo país da América Latina e Caribe em número de terminais com práticas atestadas pela entidade.

Com o objetivo de aumentar esse número, a ACI anunciou a criação de uma mentoria, que será lançada nas próximas semanas para auxiliar na entrada de novos terminais, com foco nos de menor porte ou com recursos limitados. “O objetivo é fazer um sistema de pareamento: um aeroporto que eventualmente tenha mais experiência vai ajudar outro a se credenciar no processo”, afirmou Felipe Reis.

O Programa Aeroportos Sustentáveis foi iniciado em 2019 com o objetivo de acompanhar o desenvolvimento da gestão ambiental em aeroportos e disseminar as iniciativas sustentáveis adotadas pelos operadores, promovendo a redução dos impactos da aviação civil sobre o meio ambiente. Saiba mais sobre as edições anteriores na página da Anac sobre o programa.


Assessoria de Comunicação Social da Anac