Anac publica alerta sobre interferências e falsificações nos sinais do Sistema Global de Navegação por Satélite

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) publicou, em 5 de agosto, o Alerta de Segurança Operacional (ASO) 0002-0/2025 para informar a comunidade de aviação civil sobre interferências e falsificações no sinal do Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS).

O alerta foi motivado pelo aumento no número de casos de interferências e falsificações (jamming e spoofing) em várias partes do mundo.

O documento, de caráter orientativo, ressalta que o GNSS é um dos principais facilitadores da Navegação Baseada em Desempenho (PBN) e viabiliza sistemas críticos para a segurança do voo. As recomendações contidas nele tiveram origem em simpósio da Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci) realizado em fevereiro de 2024.

O ASO detalha recomendações da Anac aos operadores de aeronaves. Entre elas, está o desenvolvimento de procedimentos para que as tripulações notifiquem o controle de tráfego aéreo e os fabricantes de aeronaves (OEMs) ao tomarem ciência de eventos de interferência.

Recomenda-se também notificar a Anac, via Portal Único de Notificações, informando dados como data, modelo da aeronave, fase de voo e local da anomalia. Adicionalmente, o documento orienta que os operadores deem ênfase para que as tripulações monitorem os equipamentos e estejam preparadas para operar sem os sistemas de navegação GNSS.

As diretrizes se estendem aos fabricantes, encorajando-os a melhorar seus equipamentos e a fornecer orientação sobre os efeitos e a mitigação de anomalias no GNSS. Os fabricantes também devem garantir que seus equipamentos se recuperem rapidamente e retomem a navegação por GNSS assim que a interferência for cessada.

Por fim, o ASO recomenda a leitura atenta de documentos como o Boletim Especial de Aeronavegabilidade 2024-02 da Anac, o FAA Safety Alert for Operators Nº 24002 e o EASA Safety Information Bulletin Nº 2022-02R3.

Informações da Anac

Homem desestabiliza grande aeroporto ao sobrevoar a área com avião sequestrado de escola de aviação

Um canadense foi acusado de sequestrar uma pequena aeronave e sobrevoar um dos aeroportos mais movimentados do Canadá, gerando temores de que ele pudesse colidir com alguma estrutura e resultando em atrasos ou cancelamentos de voos.

O incidente ocorreu na segunda quinzena de julho e envolveu uma escola de aviação no Aeroporto Internacional de Victoria, cerca de 60 quilômetros ao sul de Vancouver, quando Shaheer Cassim, de 39 anos, “ameaçou um instrutor de voo” e assumiu o controle de uma aeronave Cessna 172, de acordo com um comunicado da Real Polícia Montada do Canadá.

Cassim se apresentou na escola de aviação dizendo que queria fazer um voo instrução. Embora detalhes não tenham sido compartilhados de como tudo aconteceu a bordo, após supostamente assumir a aeronave, ele voou em direção ao Aeroporto Internacional de Vancouver, onde circulou pelas pistas, forçando nove outras aeronaves a desviar e levando os controladores a alertar os aviões sobre sua presença.

Um controlador informou a um piloto da WestJet: “Encore 3584, o Internacional foi fechado devido a atividade terrorista. Qual é o seu alternativo?” Outro controlador comunicou a várias aeronaves: “Há algum tipo de protesto acontecendo acima do aeroporto com uma Cessna. Caso algo comece a se aproximar de você, você tem a autorização de se mover a seu critério.”

De acordo com o porta-voz da polícia, Sgt. Tammy Lobb, Cassim agiu com “um motivo ideológico para desestabilizar o espaço aéreo”. A polícia não revelou qual era o motivo do protesto.

O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (NORAD) despachou caças, mas a Cessna pousou em segurança antes que eles chegassem, e Cassim foi preso. Ele compareceu ao tribunal para enfrentar uma acusação de sequestro de aeronave. O juiz determinou que ele permanecesse em custódia até o julgamento.

Sob a legislação canadense, o crime de sequestro inclui o uso de força ou ameaças de força para forçar uma aeronave a mudar seu plano de voo e pode resultar em prisão por vários anos e multa.

Fonte: Aeroin

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