Anac lança manual inédito sobre prevenção e combate ao tráfico de pessoas na aviação

Publicação marca o Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e se integra à nova campanha do projeto Liberdade no Ar, coordenado pela Asbrad e MPT


No dia 30 de julho, Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apresentou, durante o evento Campanha Coração Azul, em Campinas (SP), uma importante ferramenta na luta contra esse crime: o Manual de Prevenção e Combate ao Tráfico de Pessoas na Aviação, uma iniciativa inédita coordenada pela Anac em parceria com o Grupo Regional sobre Segurança da Aviação e Facilitação da América do Norte, Caribe e América do Sul (NAM/CAR e SAM), com a Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci) e com a Comissão Latino-Americana de Aviação Civil (Clac). O objetivo do manual é promover a segurança e a facilitação da aviação civil na região. 

A publicação foi elaborada por um grupo de trabalho composto por representantes técnicos das autoridades de aviação civil de oito países das Américas: Belize, Bolívia, Estados Unidos, Panamá, Paraguai, Uruguai e Venezuela, sob a coordenação do Brasil, além de instituições internacionais como a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), os escritórios regionais da Oaci, Clac e da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (Asbrad).  

“A aviação é um dos principais meios utilizados por organizações criminosas para transportar vítimas. Por isso, é essencial preparar os profissionais do setor para identificar situações suspeitas e agir com responsabilidade”, adverte Werllen Andrade, gerente de Segurança Cibernética e Facilitação da Anac.   

Além de reunir fundamentos legais internacionais e diretrizes da Oaci, o manual apresenta protocolos de observação e procedimentos a serem seguidos para identificar situações de tráfico de pessoas e exemplos práticos de atuação nos aeroportos. O material técnico é direcionado aos profissionais da aviação civil e o acesso será divulgado diretamente às empresas do setor como material complementar ao curso de Prevenção ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo, fornecido de forma gratuita e online pela Anac

Simultaneamente, também foi lançada a nova campanha do projeto Liberdade no Ar, uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), realizada este ano em parceria com a Anac e a Asbrad. Trata-se de um projeto que reúne, desde 2019, instituições do setor aéreo, governo, organizações da sociedade civil, universidades e agências das Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de sensibilizar e informar a população sobre os riscos e as armadilhas do tráfico de pessoas. 

Neste ano, a campanha está focada especialmente na sensibilização de possíveis vítimas ao se reconhecerem na multiplicidade de perfis que podem ser abordados por aliciadores. A ideia é que cada pessoa possa se reconhecer nos alertas e buscar ajuda. As peças da campanha estão em exibição nos aeroportos do país e nas redes sociais da Anac, MPT e Asbrad.  

Baixe o material da campanha.

Parceria com a Asbrad 

A Anac e a Asbrad realizaram juntas, em junho deste ano, o primeiro workshop sobre Prevenção e Combate ao Tráfico de Pessoas na Aviação Civil, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). A atividade integrou o Projeto “Liberdade no Ar” e capacitou profissionais do setor aéreo sobre reconhecimento de sinais e procedimentos de resposta a casos suspeitos, em alinhamento com o Protocolo de Palermo e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O treinamento, oferecido em dois turnos, preparou agentes de proteção da aviação civil para identificar possíveis vítimas e prevenir ocorrências nos aeroportos. Um curso semelhante está disponível no Portal de Capacitação da Anac.   

Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Campo de Marte recebe maior feira da aviação de negócios da América Latina

Com jatos executivos campeões de venda, helicópteros de alta performance e novíssimos veículos voadores elétricos, Labace 2025 espera superar os 18 mil visitantes e os US$ 300 milhões gerados na edição anterior


Desta terça-feira (5) até quinta (7), São Paulo será a capital global de tudo que voa pilotado pelo ser humano. A 20ª edição da Latin American Business Aviation Conference & Exhibition (Labace) ocorre no Aeroporto Campo de Marte. Com uma área de exposição ampliada para mais de 110 mil metros quadrados, o evento reúne gigantes do setor, apresentando inovações em aeronaves, tecnologias avançadas e serviços que mostram o Brasil como o segundo maior mercado de aeronaves executivas do mundo.

A mudança para o Campo de Marte marca uma nova etapa para a Labace, com um espaço quase três vezes maior que nas edições anteriores. Com a pista ao lado, serão permitidas demonstrações de voo e até a chegada de visitantes em suas próprias aeronaves. Organizada pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a feira espera superar os 18 mil visitantes da última edição e os US$ 300 milhões em negócios gerados.

Quase todos os fabricantes de modelos executivos e de aviação geral estarão presentes com seus representantes locais e equipes de vendas, além de fornecedores de serviços e soluções tecnológicas.

Labace – Latin American Business Aviation Conference & Exhibition: 5 a 7 de agosto de 2025
Onde: aeroporto Campo de Marte | Av. Santos Dumont, 2241 – Santana, São Paulo/SP
Para mais informações acesse o site oficial: https://labace.com.br/

Fonte: Money Report

IATA divulga relatório com dados completos do transporte aéreo mundial em 2024

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) publicou nesta segunda-feira (4), em Genebra, a nova edição das Estatísticas Mundiais de Transporte Aéreo (WATS), revelando os números globais da aviação comercial em 2024. Com informações coletadas de mais de 240 companhias aéreas, o levantamento oferece uma visão abrangente do setor.

DA REDAÇÃO com agências internacionais

O documento detalha indicadores como demanda e capacidade de passageiros e cargas, análise da frota global, desempenho financeiro, uso de aeronaves e rotas mais movimentadas no planeta. O destaque vai para o crescimento das classes premium, que superaram a classe econômica em diversas regiões.

Crescimento das classes premium reforça tendência de luxo no transporte aéreo

As viagens internacionais em executiva e primeira classe aumentaram 11,8% em 2024, somando 116,9 milhões de passageiros – o equivalente a 6% do total. Enquanto isso, as viagens econômicas cresceram 11,5%, mostrando que o segmento de alto padrão segue em expansão.

A Ásia-Pacífico liderou em crescimento de passageiros premium, com 22,8%, seguida por Europa, América Latina, Oriente Médio e América do Norte. O Oriente Médio registrou a maior proporção de passageiros premium: 14,7%.

Rotas e aeronaves mais utilizadas no transporte aéreo mundial em 2024

A rota Jeju-Seul (CJU-GMP), na Coreia do Sul, liderou o ranking com 13,2 milhões de passageiros. Já na América Latina, o trajeto Bogotá-Medellín (BOG-MDE) foi o mais movimentado, enquanto JFK-LAX liderou na América do Norte.

Entre as aeronaves, o Boeing 737 foi a mais usada globalmente, com 10 milhões de voos e 2,4 trilhões de assentos-quilômetros disponíveis (ASKs). Airbus A320 e A321 completaram o pódio, com crescimento significativo nos últimos 12 meses.

Acesse o relatório AQUI

Fonte: Diário do Turismo

FAA alerta sobre uso de titânio não aprovado em “pequenas turbinas eólicas” do Boeing 787

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos tomou medidas após descobrir que alguns encaixes das “Ram Air Turbines” (RAT) do Boeing 787 foram fabricados com titânio inferior, que pode estar sujeito a falhas.

A agência emitiu um aviso de proposta de norma que, se aprovada, exigiria que as companhias aéreas inspecionassem os encaixes. Apenas nove aeronaves 787, incluindo os modelos 787-9 e 787-10, seriam afetadas pela medida.

A RAT é uma pequena turbina eólica que se aciona automaticamente em emergências para gerar energia elétrica e hidráulica usando o ar que entra em alta velocidade durante o voo, garantindo funcionamento de sistemas essenciais caso haja perda total de energia.

No ano passado, surgiram relatos de que algumas aeronaves da Boeing e da Airbus continham titânio não aprovado, proveniente da China e fornecido pela Spirit AeroSystems, que fabrica fuselagens e componentes relacionados para ambos os fabricantes. A Boeing monta os 787 em sua instalação em North Charleston, Carolina do Sul.

Esses relatos vieram à tona em um contexto onde a indústria aeroespacial e outras empresas estavam correndo para encontrar novas fontes de titânio, devido a escassez resultante de sanções ocidentais contra a Rússia, que historicamente tem sido um dos principais fornecedores desse metal.

O novo regulamento proposto pela FAA foi motivado por relatórios que indicam que as notificações de vários fornecedores alertaram sobre a possibilidade de que os revestimentos frontais das turbinas foram fabricados com uma liga de titânio incorreta.

O documento, publicado em 28 de julho afirma que o material de titânio possivelmente utilizado é uma liga de grau 1 ou 2, que é um titânio comercialmente puro e não ligado, apresentando propriedades de resistência, fadiga e tolerância a danos significativamente reduzidas em comparação com a liga de grau 5 Ti-6Al-4V que deveria ter sido utilizada.

A FAA não especifica como o metal não aprovado acabou nos jatos nem nomeia o fornecedor. A FAA alerta que os revestimentos produzidos com o titânio não aprovado “podem falhar quando a RAT for acionada“, deixando as aeronaves sem energia de reserva. Além disso, as turbinas poderiam se desprender e cair da aeronave.

Fonte: Aeroin