Caças A-1 da FAB treinam na Amazônia em operação militar que testa força conjunta das Forças Armadas

A Força Aérea Brasileira (FAB) participou, nesta terça-feira (23), de mais uma fase da Operação Atlas. Idealizado pelo Ministério da Defesa, o treinamento tem como objetivo adestrar as tropas brasileiras na região amazônica, área de grande relevância geopolítica, garantindo a soberania do Brasil. Com essa iniciativa, as Forças Armadas aperfeiçoam sua capacidade de projetar e sustentar uma força conjunta em um dos ambientes mais desafiadores do país.

Para tanto, três aeronaves de caça A-1M do Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAv – Esquadrão Poker), sediado na Base Aérea de Santa Maria (BASM), deslocaram-se para Boa Vista (RR), onde realizam a instrução e certificação de integrantes das três Forças como Guias Aéreos Avançados (GAA), com a missão de controlar aeronaves em operações de apoio de fogo contra alvos de superfície.

O Comandante do Esquadrão Poker, Tenente-Coronel Aviador Edgar Barcellos Carneiro, destacou que a Operação Atlas é um exercício de grande importância para a defesa do país, por colocar à prova planos e a capacidade de mobilização e emprego conjunto. Segundo ele, o trabalho integrado, explorando de forma sinérgica as potencialidades de cada Força Armada, é fundamental para garantir a defesa do território nacional.

“Essa sinergia somente é possível por meio da realização de exercícios conjuntos, nos quais os militares têm a oportunidade de trocar experiências e conhecer mais a fundo as particularidades e o modo de operação dos irmãos de armas”, completou o Comandante.

Tanto as aeronaves A-1M quanto os A-29 Super Tucano, do Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAv – Esquadrão Escorpião), sediado na Base Aérea de Boa Vista (BABV), cumprem missões de Apoio Aéreo Aproximado (ApAA), em coordenação com os GAA, cada qual com desempenho e características específicas.

O A-29 se destaca pela maior autonomia de voo e menor velocidade, o que facilita o contato visual e a coordenação, sendo ideal para cenários irregulares. Já o A-1M possui maior poder de fogo, desempenho superior e capacidade de empregar armamentos guiados, tornando-se mais adequado em ambientes com ameaças elevadas.

O emprego combinado das duas aeronaves busca adestrar os GAA em diferentes cenários, perfis de voo e tipos de armamento, garantindo uma formação completa e explorando todo o potencial bélico das Forças Armadas.

Operação Atlas

A Operação Atlas é um exercício conjunto, coordenado pelo Ministério da Defesa, que reúne Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira em um esforço integrado para aprimorar a atuação das Forças Armadas na Amazônia.

A partir da segunda fase, o exercício será realizado em áreas do Amazonas, de Roraima, do Pará e do Amapá, envolvendo o deslocamento estratégico de recursos humanos e materiais de diferentes regiões do país para a região amazônica, com o objetivo de fortalecer a capacidade militar em uma das áreas mais estratégicas do Brasil.

A atividade envolve o emprego de meios terrestres, aéreos e fluviais, em ações conduzidas em diferentes cenários: nos rios, em terra firme, no mar e no espaço aéreo. O foco é ampliar a interoperabilidade entre as Forças, ou seja, a capacidade de atuarem de forma coordenada e eficiente, além de testar os sistemas de Comando e Controle em um ambiente desafiador como a Amazônia.

A Operação Atlas representa um avanço em relação a exercícios anteriores e está alinhada ao calendário regular de treinamentos do Ministério da Defesa, reforçando o compromisso do Brasil com a proteção da Amazônia e a garantia da soberania nacional.

Fonte: Fab

Aviação executiva no Brasil vive crescimento recorde em 2025

Compra, consórcio e seguros de aeronaves impulsionam o setor


O mercado de aviação executiva no Brasil atinge novos patamares em 2025, com forte crescimento nas aquisições de aeronaves particulares. Este movimento reflete a busca crescente por mobilidade aérea, independência e eficiência no transporte corporativo e pessoal.

Com esse cenário favorável, aumenta também a procura por soluções que facilitam o acesso, reduzem custos e oferecem segurança ao investidor, como financiamentos, consórcios e seguros aeronáuticos especializados – que hoje são partes vitais do ecossistema da aviação.

A Comandante Paula Soffo, CEO da Consultoria FLY, ressalta a transformação no perfil do comprador brasileiro de aeronaves:

“Estamos vendo uma mudança significativa no perfil dos compradores. A aquisição da aeronave própria traz liberdade ao cliente – seja ele empresário, médico, coach ou profissional liberal. Nossa consultoria acompanha esse movimento oferecendo suporte completo na compra e venda de aeronaves, gestão ponta a ponta e conformidade regulatória com a ANAC, garantindo que cada aquisição seja feita com tranquilidade, segurança e responsabilidade.”

Segundo dados da ABAG (Associação Brasileira de Aviação Geral), a frota de aviação executiva no Brasil alcançou aproximadamente 9.824 aeronaves em 2023, somando aviões a pistão, turboélices, helicópteros a turbina e jatos executivos – consolidando o país como um dos maiores mercados do mundo.

Para Aline Nunes, consultora especialista em consórcio de aeronaves, o modelo financeiro é um dos principais impulsionadores de novos proprietários:

“Para muitos clientes, a barreira inicial é o custo alto. O consórcio permite planejar a compra sem comprometer o fluxo de caixa, enquanto o seguro aeronáutico adequado protege o investimento contra imprevistos, valorizando o ativo e trazendo tranquilidade ao proprietário.”

Na mesma linha, Daniel Fraga, diretor da Dancor Seguros, reforça a importância de entender a proteção contratada:

“O ambiente regulatório brasileiro exige apólices cada vez mais especializadas. É fundamental que quem adquira aeronaves conheça as coberturas, cláusulas operacionais e limites. Nossa missão é oferecer soluções sob medida, que assegurem a operação e protejam o patrimônio do cliente.”

Tendência: novos perfis de compradores

O consórcio e o financiamento de aeronaves aparecem como opções vantajosas para quem deseja distribuir o investimento ao longo do tempo, sem os entraves de um alto desembolso inicial. Essa modalidade vem democratizando o acesso e trazendo um novo perfil de proprietários de aeronaves no Brasil.

Paralelamente, o setor de seguros aeronáuticos cresce junto, com destaque para coberturas de casco e responsabilidade civil (RC), indispensáveis para operações em conformidade com as normas nacionais e internacionais.

O Brasil vive um momento único no mercado de aquisição de aeronaves, com diversas oportunidades para novos investidores e empresários. Porém, a escassez de alguns modelos disponíveis no país tem levado compradores a buscar soluções no mercado internacional, importando aeronaves para atender à demanda crescente.

Esse cenário reforça que, apesar dos desafios, o setor segue em plena expansão, consolidando-se como um dos mais promissores da economia nacional.

Fonte: R7