Câmara aprova projeto que atualiza Código Penal para punir crimes com uso de drones

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que atualiza o Código Penal para incluir crimes cometidos com o uso de veículos remotamente controlados (drones e similares). As penas serão elevadas quando houver emprego de armas de fogo ou explosivos.

O texto aprovado é a versão (substitutivo) do relator, deputado Sargento Portugal (Pode-RJ) para o Projeto de Lei 2826/24, dos deputados Alberto Fraga (PL-DF) e Capitão Alden (PL-BA). O relator decidiu aumentar penas sugeridas no texto original.

A aprovação desta proposta é indispensável para que o sistema penal brasileiro evolua de acordo com as demandas atuais, assegurando a proteção da sociedade”, comentou Sargento Portugal em seu parecer.

Principais pontos

Atualmente, o Código Penal já prevê o crime de atentado contra a segurança de transporte marítimo, fluvial ou aéreo – expor a perigo embarcação ou aeronave, ou praticar ato prejudicial ao setor. A pena prevista é de reclusão, de 2 a 5 anos.

O substitutivo insere nesse crime o uso de veículos remotamente controlados. A pena de reclusão será aumentada para 4 a 6 anos, e quem usar esses veículos para emprego de arma de fogo ou explosivo estará sujeito à mesma sanção. Se o crime for cometido com intuito de lucro ou prática de violência haverá multa.

Além disso, a proposta inova ao definir como crime a direção de aeronaves ou drones sem licenciamento e a operação delas sem a devida autorização. Nesses casos, a pena prevista será de detenção, de seis meses a um ano, mais multa.

Por fim, o texto revoga trechos da Lei das Contravenções Penais que tratam de infrações relacionadas à aviação. Isso porque, com as mudanças sugeridas na proposta, esses dispositivos serão substituídos por tipos penais mais rigorosos.

Crime organizado

É preciso adaptar o Código Penal às novas realidades criminais, especialmente decorrentes de tecnologias acessíveis ao crime organizado”, argumentaram, ao apresentar a versão original, os deputados Alberto Fraga e Capitão Alden.

Os dois parlamentares lembraram, na justificativa que acompanha o texto, um caso ocorrido no Rio de Janeiro em julho de 2024, quando um drone foi usado para lançamento de granadas durante conflito entre traficantes rivais em uma favela.

O projeto ainda será analisado pelo Plenário. Para virar lei, terá de ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

Informações da Agência Câmara de Notícias

Com mais de 1,5 milhão de passageiros, aeroporto de Brasília tem julho de movimento intenso

O Aeroporto de Brasília alcançou em julho o maior volume de passageiros do ano, tendo o mês como o mais movimentado de 2025 até o momento. O crescimento foi impulsionado tanto pelo aumento nas viagens nacionais quanto por um expressivo crescimento no tráfego internacional.

Durante julho, quase 1,5 milhão de pessoas passaram pelo terminal brasiliense. A média mensal ao longo do ano tem girado em torno de 1,2 milhão, destacando um avanço significativo em julho. Esse aumento foi motivado, principalmente, pelas férias escolares, pela alta temporada de inverno e pela ampliação da oferta de voos, especialmente para destinos internacionais.

Embora o desempenho seja positivo, o movimento ainda está abaixo dos recordes históricos do aeroporto. Em julho de 2015, por exemplo, o terminal registrou cerca de 1,9 milhão de passageiros, seguido por julho de 2018, com 1,7 milhão. Isso indica que, apesar do crescimento consistente, ainda há espaço para recuperação.

No cenário pós-pandemia, a movimentação tem demonstrado uma evolução gradual. Comparado a julho de 2024, o fluxo cresceu 5,9%, evidenciando uma retomada positiva. Contudo, em relação a julho de 2019, o volume permanece 3,8% inferior, reforçando a ideia de que o setor ainda está em processo de recuperação.

O segmento internacional também teve destaque em julho, com mais de 85 mil passageiros embarcando e desembarcando em voos de e para o exterior. Esse resultado se deve ao fortalecimento da malha aérea e à escolha de Brasília como um dos principais hubs internacionais fora do eixo Rio-São Paulo.

“O crescimento da movimentação em julho reflete não apenas a preferência dos passageiros, mas também o esforço conjunto com as companhias aéreas para ampliar a conectividade e oferecer mais opções de destinos,” destacou Rogério Coimbra, diretor comercial e de assuntos corporativos da Inframerica.

Com essas informações, o Aeroporto de Brasília mantém sua trajetória positiva em 2025, reforçando sua relevância no setor aéreo nacional e sua importância para o turismo e a economia do Distrito Federal.

Para o segundo semestre, a Latam ampliará sua atuação na capital federal com novos voos para Campinas e Foz do Iguaçu, além do aumento das frequências em rotas já consolidadas. A GOL, por sua vez, reafirma sua presença internacional com voos diretos para Miami, Orlando, Bogotá, Cancun e Buenos Aires.

Fonte: Aeroin

Seguindo sonho de infância, Major de Bauru será comandante da Esquadrilha da Fumaça na FAB

As voltas do destino levaram um bauruense que se apaixonou pela Aeronáutica ainda criança, durante uma apresentação da Esquadrilha da Fumaça, a estar próximo de assumir o comando do grupo de exibição da Força Aérea Brasileira (FAB).

Em 2026, o major Nilson Rafael Oliveira Gasparelo se tornará o primeiro bauruense a ocupar o posto de comandante e piloto líder, posição 1.

Gasparelo já fez história em 2014, quando se tornou o primeiro piloto de Bauru (SP) a integrar a Esquadrilha da Fumaça, onde permaneceu por seis anos nas posições 5 e 7. Em entrevista ao g1, agora prestes a retornar como líder, ele celebra a conquista.

“Todo piloto sonha em comandar um esquadrão. E, tendo feito parte da Esquadrilha da Fumaça, era uma grande aspiração minha voltar como comandante. De todos os cargos que assumi, este é o mais alto. Ser comandante de esquadrão é uma honra”, disse.

A Esquadrilha da Fumaça tem sede em Pirassununga (SP) e é considerada uma vitrine do trabalho da FAB. Os pilotos utilizam aeronaves Super Tucano Embraer EMB-314, fabricadas no Brasil.

“Nossa missão é realizar demonstrações aéreas para difundir a imagem institucional da Força Aérea. Somos os representantes da FAB por meio de um show aéreo”, explicou Gasparelo.

Ainda não há data exata para a posse, mas o bauruense comandará a equipe na temporada 2026-2027. Até lá, atua como piloto “zero dois”, à espera da substituição do atual comandante, tenente-coronel Juliano Nunes.

Inspirações nos céus de Bauru

Nascido e criado em Bauru, o futuro comandante traçou seu destino em meados dos anos 1990, quando, aos 10 anos, assistiu a uma apresentação da Esquadrilha no Aeroclube da cidade. A experiência marcou sua memória e foi decisiva para seguir carreira na Aeronáutica.

“Resolvi entrar para a Força Aérea justamente pela lembrança de uma demonstração da Esquadrilha. Hoje estou aqui porque um dia vi aquela apresentação no Aeroclube de Bauru”, contou.

Gasparelo ingressou na Escola Preparatória de Cadetes do Ar, em Barbacena (MG), e depois seguiu para a Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), onde se formou aviador. Mais tarde, se especializou como piloto de caça e atuou no Esquadrão Flecha, em Campo Grande (MS).

Em 2014, realizou o sonho de integrar a Esquadrilha da Fumaça. “Permaneci na Esquadrilha durante seis anos, de 2014 a 2019. Depois trabalhei no gabinete do comandante da Aeronáutica e servi na Junta Interamericana de Defesa, nos Estados Unidos.”

A Esquadrilha participa anualmente do Arraiá Aéreo, realizado no Aeroclube de Bauru. O major já se apresentou em sua cidade natal em outras edições e agora aguarda com ansiedade para voltar como piloto líder.

“Fui inspirado por sete pilotos na década de 90 e espero retribuir inspirando novas gerações. Talvez, daqui a 20 ou 30 anos, outro comandante conte uma história parecida com a minha.”

Preparação militar

Ao g1, Gasparelo destacou a exigência técnica de um voo de demonstração. “O voo é puramente visual, não por instrumentos. A separação entre as aeronaves é feita visualmente. Não há tempo para olhar para dentro do avião; é preciso focar nas outras aeronaves e no ambiente externo”, explica.

Segundo ele, a segurança é prioridade. “É necessário muito treinamento. Para que tudo saia perfeito, treinamos diariamente, tanto pela qualidade da apresentação ao público quanto pela segurança. Um voo de demonstração dura de 40 a 45 minutos de pura concentração”, concluiu.

Fonte: Fab / G1

Anac é líder digital na qualidade de serviços no Governo Federal

Agência conquistou o 1º lugar no ranking da avaliação de satisfação dos usuários


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) alcançou a liderança na qualidade dos serviços digitais prestados pela Agência, conforme o ranking de Avaliação de Satisfação de Usuários do Governo Federal. Ao todo, foram avaliados os serviços de 128 órgãos da Administração Pública brasileira. 

O resultado foi publicado na segunda-feira, 1º de setembro, colocando a Anac no topo do ranking pela prestação de serviços como o Super App, o RAB Digital, a nova versão do Sisant, e agora mais recentemente o Anac Pay,  que representa um novo passo da Agência na modernização e digitalização dos serviços públicos, facilitando o acesso às informações financeiras de forma segura, eficaz e transparente.   

O avanço no ranking, passando da 9ª posição no mês de agosto para o 1º lugar em setembro, demonstra o empenho da Agência em oferecer serviços digitais de excelência e em criar soluções úteis para o cidadão. O resultado é fruto da execução da Estratégia Digital 2024-2026, publicada em fevereiro de 2024, que trouxe a meta de alcançar essa liderança por meio de ações que ampliam a qualidade dos serviços disponibilizados à sociedade. 

Sobre o ranking 

O ranking de Avaliação de Satisfação de Usuários do Governo Federal avalia a qualidade dos serviços a partir de dois critérios: o nível de satisfação dos usuários e o grau de utilização da ferramenta de avaliação pelo órgão. 

Esse índice é composto por dois indicadores principais: 

  • Nota de satisfação: reflete a percepção dos usuários sobre os serviços oferecidos; 
  • Nota de adesão: mede o engajamento do órgão na Avaliação de Satisfação. Quanto mais serviços estiverem integrados à ferramenta, maior será a pontuação. 

Serviços 

Baixe o Super App da Anac. 

Cadastre seu drone no Sisant. 

Acesse o RAB Digital. 

Pague com o Anac Pay. 

Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Governo quer facilitar a entrada de novas empresas aéreas na aviação civil e abre consulta pública

O Governo Federal abriu, por meio da plataforma Participa + Brasil, uma consulta pública sobre os desafios e barreiras que dificultam a entrada de novas empresas na aviação civil brasileira. A Tomada de Subsídios nº 01/2025, conduzida pela Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda (SRE/MF), ficará aberta até 23 de outubro de 2025.

Teremos este ano um recorde no número de passageiros transportados nos voos domésticos e estamos melhorando a infraestrutura de aeroportos em todo o país. Ou seja, há espaço para novas companhias aéreas, especialmente as de baixo custo”, avalia Sílvio Costa Filho, ministro de Portos e Aeroportos, lembrando que atualmente três empresas respondem por 98% dos passageiros. “Esta consulta pública é fundamental para identificar as barreiras e coletar sugestões que podem inspirar mudanças regulatórias e ajustes nas políticas públicas.

Apesar das reformas de liberalização implementadas nas últimas décadas, como a eliminação do controle tarifário, a abertura ao capital estrangeiro, a criação da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) e a modernização regulatória, o mercado aéreo brasileiro permanece concentrado em três grandes companhias. A última entrada relevante foi a da Azul, em 2009.

Segundo a SRE, fatores como a variação do câmbio, os altos custos para manter as operações, a dificuldade de conseguir financiamento, as restrições para redistribuir horários de pouso e decolagem (slots), a excessiva judicialização e a carência de infraestrutura regional ainda reduzem o dinamismo do setor aéreo.

A iniciativa busca compreender por que as reformas anteriores não tiveram o efeito esperado e reunir contribuições que permitam propor medidas para estimular a eficiência, a inovação e a competitividade. Entre os objetivos estão a diversificação de modelos de negócio, a atração de novos operadores e a ampliação da conectividade em regiões com déficit de atendimento.

A consulta foi estruturada em nove blocos temáticos, que tratam de aspectos regulatórios, custos de entrada, ambiente econômico e cambial, infraestrutura, dinâmica concorrencial, riscos percebidos por investidores, inovação, benchmarking internacional e outros fatores relevantes.

A ampliação da concorrência pode contribuir para aumentar a conectividade em cidades médias e pequenas, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde o governo federal vem trabalhando para expandir a malha aérea e reduzir desigualdades de acesso ao transporte aéreo.

As contribuições poderão ser enviadas em português ou inglês até 23 de outubro de 2025, diretamente pela plataforma Participa + Brasil.

Fonte: Aeroin

Ministério de Portos e Aeroportos defende cabotagem para reduzir preço das passagens aéreas

Proposta prevê abertura do mercado a companhias estrangeiras em trechos domésticos iniciados na Amazônia Legal


A cabotagem aérea — possibilidade de companhias estrangeiras operarem trechos domésticos no Brasil em continuidade a voos internacionais — foi apresentada pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) como alternativa para ampliar a concorrência e reduzir os preços das passagens, especialmente na Amazônia Legal, onde há menos conectividade entre cidades. A proposta foi discutida pelo ministro Silvio Costa Filho em reunião com a bancada de parlamentares do Norte como medida para aumentar a oferta de voos para os estados da região.

Costa Filho lembrou que, ao contrário de países como Estados Unidos, Alemanha, França e Portugal, que destinaram bilhões de dólares às companhias aéreas durante a pandemia, o Brasil não aportou recursos diretos ao setor. Para enfrentar os desafios atuais, anunciou a criação de uma linha de crédito para as empresas aéreas, via Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), para compra de aeronaves e motores, beneficiando também a aviação regional.

“Na pandemia, outros países colocaram bilhões para salvar suas companhias aéreas. Aqui, nada foi feito. Agora estamos criando uma linha de crédito e defendendo a cabotagem para que o setor tenha condições de crescer e, principalmente, para que o povo do Norte tenha acesso a passagens mais baratas e maior oferta de voos”, afirmou.

Segundo o secretário Nacional de Aviação Civil, Daniel Longo, a regulamentação da cabotagem exigirá mudanças legais e normativas específicas. “A abertura na Amazônia Legal pode atrair oferta e reduzir preços onde o mercado é mais frágil, desde que venha acompanhada de regras claras de segurança, custos operacionais viáveis e estabilidade regulatória. Para o restante do país, reciprocidade é condição para uma abertura responsável”, destacou.

A deputada Cristiane Lopes (RO) ressaltou a urgência da pauta e informou que já protocolou requerimento de urgência para votação até o fim de outubro. “Esse é um projeto de lei do Norte, mas também do Brasil. A população não pode mais esperar diante de tarifas tão altas e da diminuição constante da malha aérea”, afirmou.

Silvia fez um apelo para ampliação de voos por meio da cabotagem com intuito de trazer mais opções e redução da tarifa aos passageiros do transporte aéreo. “O rondoniense ainda está alheado. Mesmo com o aeroporto da capital modernizado, a população continua sem alternativa. A cabotagem é a esperança de solução”, disse.

O deputado Stélio Dener (AM) também destacou que há municípios na Amazônia com mais de 1.000 km de distância sem alternativa de transporte. “A população está ilhada. Só a integração aérea pode devolver dignidade a esses municípios”, afirmou.

O ministro concluiu que a tarifa média nacional caiu nos últimos anos, mas afirmou que os picos de preço e a falta de conectividade no Norte exigem ações específicas. “Não se trata de uma medida isolada. O que estamos construindo é um conjunto de soluções que incluem crédito, investimentos em aeroportos e marcos regulatórios, com a cabotagem aérea como peça central para abrir o mercado onde ele é mais frágil”, disse.

Assessoria Especial de Comunicação Social
Ministério de Portos e Aeroportos

Apaixonados por aviação têm encontro marcado no Portões Abertos da Base Aérea em setembro

No dia 14 de setembro (domingo), a Base Aérea de Brasília abre suas portas para a edição 2025 do Portões Abertos, evento gratuito que reúne apaixonados por aviação em um dia repleto de atrações, exposições e atividades para toda a família.

Entre os destaques do evento estão as impressionantes apresentações da Esquadrilha da Fumaça, a exposição de aeronaves, helicópteros e viaturas, além de uma área kids, praça de alimentação e shows musicais. A programação foi pensada para entreter crianças, jovens e adultos, garantindo diversão em um ambiente seguro e organizado.

O Portões Abertos 2025 também incentiva a solidariedade: quem quiser contribuir pode doar 1kg de alimento não perecível, que será destinado a instituições sociais do Distrito Federal.

O evento é patrocinado pela Inframerica, que reforça o compromisso de fomentar a paixão pela aviação. Durante o dia, o terminal aéreo continuará operacional, com uma das pistas dedicada exclusivamente às atividades do evento, enquanto a outra receberá as operações aéreas regulares.

O acesso à Base Aérea será feito pela via marginal que leva ao aeroporto, e as vagas de estacionamento no local são limitadas.

O evento acontece das 9h às 17h, oferecendo aos visitantes um dia inteiro de entretenimento, aprendizado e experiências únicas.

Serviço

Data e horário: 14 de setembro (domingo), das 9h às 17h

Local: Base Aérea de Brasília, Acesso pela via marginal que leva ao aeroporto

Entrada: Gratuita – Possibilidade de contribuição voluntária: 1kg de alimento não perecível, destinado a instituições sociais do DF

Estacionamento: Vagas limitadas no local

Patrocínio: Inframerica

Mais informações: www.portoesabertosbabr.com

Fonte: Visite Brasília

Capivara é o único animal sem asas entre os principais riscos à aviação no Brasil

Estudo da UFSC com a Secretaria Nacional de Aviação Civil revelou quais são os principais “vilões” durante voos, pousos e decolagens


Um animal bem conhecido dos catarinenses surgiu na lista dos que apresentam os maiores riscos à aviação brasileira. É a capivara, o único bicho sem asas que faz parte do ranking com 20 espécies. O estudo foi feito pelo Laboratório de Transportes e Logísticas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com a Secretaria Nacional de Aviação Civil.

Consideradas o maior roedor vivo do mundo animal, as capivaras são cada vez mais populares em áreas urbanas e aeroportos. Ao todo, foram 33 acidentes com aviões desde 2019. Em cinco colisões houve danos. O momento em que isso mais ocorre é no pouso, indicou ainda o levantamento. No total, 11 aeroportos tiveram contratempos com capivaras, em Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Acre e Pernambuco.

Uma capivara pode pesar entre 27 e 91 quilos. Isso significa que elas são também os animais mais pesados da lista. Em comparação às outras espécies com alto risco para a aviação, o primeiro colocado, o urubu-de-cabeça-preta, não passa dos três quilos.

O ranking da severidade traz uma relação de 68 espécies e é um instrumento criado por pesquisadores para identificar aquelas que representam maior risco à segurança operacional da aviação brasileira, devido a colisões entre animais e aeronaves. A severidade relativa a cada animal foi calculada com base no total de colisões com dano, com estragos mais significativos e interferência no voo. 

Confira os cinco primeiros animais do ranking

Urubu-da-mata (Foto: Humberto Lima, Divulgação)

1º Urubu-de-cabeça-preta (Foto: Mycocarolina, Reprodução)

2º Seriema (Foto: Governo Federal, Reprodução)

3º Fragata (Foto: Luciano Lima, TG)

4º Capivara (Foto: Redes sociais @soupedrabranca, Reprodução)

Urubu-da-mata (Foto: Humberto Lima, Divulgação)

1º Urubu-de-cabeça-preta (Foto: Mycocarolina, Reprodução)VoltarAvançar123456

Confira o ranking completo

  1. Urubu-de-cabeça-preta
  2. Seriema
  3. Fragata
  4. Capivara
  5. Urubu-da-mata
  6. Biguá
  7. Gavião-preto
  8. Anu-preto
  9. Carrapateiro
  10. Águia-pescadora
  11. Pomba-galega
  12. Rolinha-picuí
  13. Curicaca-comum
  14. Carcará
  15. Urubu-de-cabeça-vermelha
  16. Garça-branca-grande
  17. Garça-branca-pequena
  18. Perdiz
  19. Garça-cinzenta
  20. Pombo-doméstico

Fonte: nsctotal.com.br

País passa a contar com primeira empresa certificada para operar voos com balões

Rubic Balões poderá fazer voos com passageiros utilizando aeronaves de fabricação própria, também certificadas pela Anac


A empresa Rubic Balões Indústria e Comércio foi certificada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para prestar serviços aéreos especializados em balonismo. A publicação do Certificado de Operador Aéreo (COA) está na edição do Diário Oficial da União desta sexta-feira, 29 de agosto.

Esta é a primeira vez que a Agência certifica um operador de balonismo, que poderá fazer voos de experimentação com balões de fabricação própria (BRA-56 e BRCS-18), também certificados pela Anac. A autorização foi concedida após a empresa atender a todas as exigências regulatórias, incluindo a comprovação de capacidade operacional e a conformidade com as normas de segurança vigentes, que levam em conta critérios como a capacidade de avaliar condições meteorológicas, além de contar com infraestrutura para operação, orientação aos passageiros e aeronavegabilidade do equipamento.

A certificação da Rubic Balões reforça o compromisso da Anac em aperfeiçoar a prática do balonismo no Brasil, com equipamentos, profissionais e empresas alinhados às melhores práticas nacionais e internacionais para este segmento do transporte aéreo.

Foto: Rubic Balões/Divulgação


Assessoria de Comunicação Social da Anac

Os primeiros passos de uma carreira na aviação

Dedicação, estudo e amor pela profissão. Estes têm sido os principais ingredientes para Érica Radtke, que está começando sua carreira como piloto de avião e já começa a trilhar os seus primeiros passos na profissão.

Segundo a jovem moradora de Pomerode, de 19 anos, o desejo de ser piloto surgiu aos poucos em sua vida. Havia, na realidade, uma fascinação, que mesmo ela não entendia bem o que era, mas que depois se revelou o seu desejo para sua vida profissional.

“Eu me lembro que, desde pequena, quando estávamos na piscina de casa, havia uma rota de aviões que passava aqui por cima. Então eu ficava olhando e admirando. Mas foi em um evento em 2022, do Aeroclube, que descobri o que realmente queria. Era o Fly-in, que possui exposição de aeronaves, show de acrobacias e eu fiz uma sessão no simulador. Ali me dei conta do que queria. Então comecei a falar sobre o meu desejo para minha mãe e meu pai”, relembra Érica.

A partir de então começou o caminho em busca do sonho de ser uma piloto. O primeiro passo era o curso teórico para ser um piloto privado, ou seja, a habilitação para voar como passatempo, sem trabalhar profissionalmente com isso. Este curso Érica fez ainda durante o Ensino Médio, no início de 2023.

“Para voar, eu esperei até completar 18 anos, já que para fazer o primeiro voo solo é preciso atingir a maioridade. Então, no ano passado, no dia 18 de outubro, eu tirei a minha carteira como piloto. É estudo dia a dia, toda hora, toda semana, sempre tem coisas a mais para aprender. Para um voo, não é só chegar lá, entrar no avião e sair voando. Tem todo um estudo por trás, desde o começo, como um piloto privado, toda a teoria de voo, a parte meteorológica, a rota, as pessoas com quem conversa durante o voo, a coordenação por voz. O voo tem que estar totalmente pronto e planejado antes da decolagem”, explica a piloto.

Segundo Érica, o seu primeiro voo foi em um simulador, mas na primeira vez em que realizou um voo real foi definida como uma sensação única. “São muitos detalhes, até acontece de ficarmos um pouco perdidos, mas depois esquece tudo e foca no voo. É somente você e o avião. E, nossa, é muito bom, eu adoro voar”, declara.

No momento, Érica está buscando a sua segunda habilitação, a que permite que ela se torne uma piloto comercial. Além disso, ela tem o objetivo de fazer o curso de instrutora de voo, para dar aulas também.

Ainda, Érica pilota atualmente aviões de pequeno porte, monomotores e fará a inclusão na formação para pilotar aviões com dois ou mais motores. Há algumas semanas, a piloto realizou o voo mais desafiador em sua trajetória até o momento, para o Rio de Janeiro.

“Foi necessário planejar tudo para este voo, cada detalhe. Ao todo, o planejamento teve cerca de 15 páginas, além do que já precisava saber de forma geral. Foi preciso muito tempo de planejamento, preparação, vendo e revendo cada detalhe, totalizando cerca de duas semanas apenas de planejamento. A navegação foi bem longa, também, pois foi necessário ir para São Paulo primeiro, onde o avião foi abastecido, e só então fomos para o Rio de Janeiro, pousando no Aeroporto Santos Dumont. Foi muito lindo. Depois voltamos pelo litoral, parando em Itanhaém para abastecer de novo, e depois encerrando o voo. No total foram cerca de 13 horas de voo, feitas em partes”, revela Érica.

A jovem revela que tem em mente dois possíveis caminhos profissionais para o futuro. Primeiramente, Érica deseja fazer o curso de instrutora de voo e, para depois, ainda está decidindo se vai seguir para a área executiva, de voos particulares, como táxi aéreo, ou para a linha aérea mesmo, com companhias como Gol e Latam.

“A parte mais desafiadora em ser uma piloto é se manter firme na caminhada até chegar a este ponto, continuar estudando e ter essa vontade, porque não se pode parar de estudar. Não há como chegar a um ponto em que saiba de tudo. É algo contínuo, sempre é necessário mais planejamento, aprofundar-se mais no conhecimento, pois sempre surgem novos desafios pela frente”, ressalta.

Érica e seus pais. (Foto: Anna Letícia Schulze / JP)

Para os pais de Érica, Sandra Belz Radtke e Nilson Radtke, a escolha de trajetória profissional da filha foi uma surpresa. “Mas ao mesmo tempo ficamos muito felizes por ela ter optado por uma carreira profissional como esta e até agora está dando muito certo. Claro, no início nos preocupamos, quando ela fez o primeiro voo solo ficamos muito apreensivos e o coração quase foi junto no voo. Mas deu tudo certo e seguimos firmes, a apoiando nesta caminhada”, afirmam.

Por fim, Érica aconselha a quem desejar seguir a mesma caminhada a se tornar um piloto. “Minha dica é realmente ir atrás, seguir firme e fazer o que for preciso, porque vale muito a pena. E isso vale não só para a aviação, mas para qualquer área na vida. Vá atrás dos sonhos e aproveite cada segundo”, declara.

Fonte: jornaldepomerode.com.br