Avião elétrico com passageiros faz história ao pousar no Aeroporto JFK, em Nova York

Pela primeira vez, um avião totalmente elétrico e com passageiros a bordo pousou em um aeroporto da região de Nova York e Nova Jersey. O feito histórico aconteceu no Aeroporto John F. Kennedy (JFK) e foi realizado pela Beta Technologiesstartup com sede em Vermont. A aeronave decolou de East Hampton e voou por cerca de 45 minutos com um piloto e quatro passageiros a bordo. Esse marco sinaliza um passo importante rumo a uma aviação mais limpa, silenciosa e eficiente — especialmente para viagens curtas e urbanas. Confira!

O CEO da empresa, Kyle Clark, celebrou o voo destacando sua simplicidade e eficiência. “Este é um avião 100% elétrico que acabou de voar com passageiros de East Hampton até o JFK, um feito inédito para a autoridade portuária e para a região de Nova York. Cobrir essa distância custou cerca de US$ 8 em eletricidade. É silencioso, acessível, e as pessoas adoram voar nele”, explicou Clark. Ele também destacou a ausência de motores barulhentos, tornando o voo mais confortável e melhor aceito pelas comunidades.


Redução de custos, ruídos e emissões

Fundada em 2017, a Beta Technologies já levantou mais de US$ 1 bilhão em investimentos para certificar, produzir e comercializar suas aeronaves elétricas. O modelo que pousou no Aeroporto John F. Kennedy é um eVTOL, sigla para electric Vertical Take-Off and Landing, ou seja, uma aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical, voltada para voos curtos em áreas urbanas.

As aeronaves elétricas da Beta também chamam atenção pelo custo muito mais baixo e pela redução nas emissões. Para comparar, o modelo ALIA VTOL, que decola e pousa na vertical, gasta cerca de US$ 28 por hora de energia, bem menos que os US$ 311 por hora de um helicóptero Bell 407, além de emitir 84% menos poluentes. Já o modelo ALIA CTOL, que usa pistas comuns para decolagem, consome só US$ 18 por hora, enquanto um Cessna 208 tradicional chega a US$ 347 por hora, com 75% mais emissões. Ou seja, além de silenciosos e modernos, esses aviões também são muito mais econômicos e sustentáveis.


Cenário favorável

O voo da Beta ocorre em um momento decisivo para a aviação elétrica nos Estados Unidos. Em outubro passado, a Administração Federal de Aviação (FAA) finalizou as regras de certificação e treinamento de pilotos para aeronaves como os eVTOLs, retirando uma das principais barreiras para que empresas iniciem operações comerciais em grande escala. Com isso, a aviação elétrica urbana, que antes era vista como um conceito futurista, ganha respaldo regulatório e passa a se tornar viável na prática.

Confira no link abaixo mais detalhes do pouso histórico, compartilhado nas redes sociais da Beta:

https://www.instagram.com/p/DKfNkw6pMfA/embed/captioned/?cr=1&v=14&wp=500&rd=https%3A%2F%2Fpassageirodeprimeira.com&rp=%2Fbeta-technologies-primeiro-aviao-eletrico-jfk-ny-nj%2F#%7B%22ci%22%3A0%2C%22os%22%3A896.6000000014901%7D

Fonte: Passageiro de Primeira

Brasil amplia presença no espaço com centros modernos e integração estratégica

ALADA, CLBI e CLA impulsionam soberania, inovação e parcerias no setor aeroespacial brasileiro


O Brasil tem avançado de forma significativa em sua atividade espacial, consolidando-se como um dos protagonistas emergentes no setor aeroespacial da América Latina. Esse progresso é resultado da integração entre instituições estratégicas, infraestrutura consolidada e investimentos contínuos em inovação tecnológica — com destaque para a atuação da Empresa de Projetos Aeroespaciais do Brasil S.A. (ALADA), do Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) e do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

ALADA

A ALADA é uma empresa pública vinculada ao Comando da Aeronáutica (COMAER), concebida como catalisadora do Programa Espacial Brasileiro (PEB). Sua missão é fomentar, coordenar e executar projetos voltados ao setor aeroespacial, fortalecendo a Base Industrial de Defesa e ampliando a autonomia do Brasil no domínio espacial.

A empresa atuará em iniciativas de desenvolvimento de veículos lançadores, satélites, sistemas embarcados e soluções de monitoramento e segurança para áreas de interesse estratégico. Ao integrar esforços de instituições públicas, privadas e centros de pesquisa, a ALADA posiciona o Brasil de forma mais competitiva no mercado global de serviços espaciais.

O papel estratégico da ALADA no Programa Espacial Brasileiro

A criação da ALADA marca uma nova etapa para o Programa Espacial Brasileiro. Desde a década de 1960, o PEB proporcionou avanços em infraestrutura e tecnologia, como centros de lançamento e veículos espaciais. Nesse novo contexto, a ALADA tem como missão dinamizar o setor, promover parcerias com indústrias e instituições diversas e atrair recursos financeiros para reinvestimento no programa espacial nacional.

Centro de Lançamento da Barreira do Inferno e os lançamentos suborbitais

Inaugurado em 1965 e localizado em Parnamirim (RN), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) foi o primeiro centro brasileiro dedicado ao lançamento de foguetes. Vinculado à Força Aérea Brasileira, o CLBI desempenha papel fundamental no suporte a campanhas de lançamento, rastreamento e coleta de dados meteorológicos, além de atividades de observação orbital.

Centro de Lançamento de Alcântara e os lançamentos orbitais

Situado no litoral do Maranhão, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) é considerado um dos locais mais vantajosos do mundo para lançamentos orbitais, graças à sua proximidade com a linha do Equador. Esse diferencial geográfico reduz significativamente o consumo de combustível, permitindo lançamentos mais eficientes e com maiores cargas úteis.

O CLA tem demonstrado crescente capacidade operacional, como evidenciado pela realização, em 2025, da Operação Falcão I, que envolveu o lançamento de um Foguete de Treinamento Básico (FTB). A missão contribuiu para a formação e o treinamento de equipes técnicas especializadas.

Além disso, está previsto para o segundo semestre de 2025 o primeiro lançamento comercial do foguete sul-coreano HANBIT-Nano, da empresa INNOSPACE. A operação representa um marco nos esforços do Brasil para transformar Alcântara em um polo global de lançamentos orbitais, atraindo empresas internacionais do setor.

Integração para o futuro do Brasil no espaço

A atuação integrada da ALADA, do CLBI e do CLA fortalece a presença brasileira no espaço e contribui diretamente para o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico do país. Com foco em soberania, inovação e sustentabilidade, o Brasil avança de forma estratégica para consolidar sua posição no cenário aeroespacial internacional.

O futuro aponta para um Brasil cada vez mais ativo na exploração pacífica do espaço, com políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de tecnologias nacionais e à inserção competitiva no mercado internacional de lançamentos e serviços espaciais.

Fonte: Fab

Força Aérea Brasileira lança paraquedistas do KC-390 a grande altitude pela primeira vez

O voo eleva a capacidade operacional da aeronave KC-390 Millennium e exige uso de equipamento específico para garantir segurança em altitude extrema


O Salto Livre foi a modalidade usada na quinta-feira (29/05) para realizar a demonstração operacional do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, o Para-Sar, da Força Aérea Brasileira (FAB) e das Brigadas de Infantaria (Bda Inf) do Exército Brasileiro (EB). Em um feito inédito, os paraquedistas foram lançados das aeronaves KC-390 Millennium a partir de uma altitude de mais de 12.000 pés (aproximadamente 3.650 metros), reforçando o preparo, a tecnologia e a versatilidade operacional da FAB em cenários de alta complexidade.

O salto, coordenado por militares altamente treinados, simboliza não apenas um avanço tático, mas também a ampliação das capacidades de infiltração aérea em operações reais. Operar em altitudes elevadas exige planejamento rigoroso e protocolos específicos, entre eles, o uso obrigatório de máscara de oxigênio.

“A emoção de realizar o primeiro salto a partir da aeronave KC-390, acima de 12 mil pés, é algo único. Trata-se de um salto mais complexo, diferente do que estamos acostumados, por ser feito em grande altitude e exigir o uso de oxigênio suplementar. Esse tipo de lançamento é essencial em operações de infiltração, pois permite que a aeronave voe em níveis elevados, reduzindo a chance de ser avistada, e possibilita que as tropas cheguem ao terreno de forma discreta”, relatou um dos militares do Para-Sar.

“Em voos de grande altitude, é fundamental o uso de oxigênio suplementar por meio da máscara de oxigênio. Isso porque, quanto maior a altitude, menor a pressão atmosférica o que reduz a disponibilidade de oxigênio no ar e aumenta o risco de hipóxia, condição que pode comprometer as capacidades físicas e cognitivas dos ocupantes da aeronave”, explicou a médica do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo -, Capitão Médica Aline Zandomeneghe Pereira Franco.

Em operações de lançamento de paraquedista, o papel do piloto vai além de conduzir o avião. É ele quem garante a estabilidade do voo, segue a rota traçada com precisão e monitora variáveis como altitude, velocidade e clima. Toda essa atenção aos detalhes é essencial para que os militares saltem no ponto certo, com segurança e dentro do tempo previsto.

O Piloto do Esquadrão Gordo, Capitão Aviador Arthur Corrêa Lima de Araújo, comentou sobre o uso da máscara de oxigênio para este tipo de missão. “A importância desse tipo de voo está justamente no uso do oxigênio suplementar, que permite operar em altitudes mais elevadas. Com isso, é possível realizar lançamentos de paraquedistas em níveis que, sem o auxílio do oxigênio, não seriam viáveis. Essa capacidade representa uma vantagem tática para a Aviação de Transporte, pois possibilita o lançamento de tropas em áreas hostis, reduzindo a chance de avistamento da aeronave, graças à maior altitude de voo”, finalizou.

Fonte: FAB

Dia da Aviação Inclusiva reunirá até 60 participantes em evento sobre acessibilidade e formação de pilotos com deficiência

Cinco pessoas com deficiência foram sorteadas e farão um voo de incentivo em uma aeronave adaptada para pilotos com deficiência nos membros inferiores


o próximo dia 11 de junho, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realiza seu primeiro evento voltado exclusivamente à inclusão de pessoas com deficiência na aviação, em Campinas (SP). A iniciativa faz parte do projeto Voar é para Todos, integrante do programa Asas para Todos, e tem como objetivo apresentar as possibilidades de formação de pilotos com deficiência física gerada por impedimentos nos membros inferiores, além de promover um ambiente de aprendizado, troca de experiências e vivência prática no setor aéreo. 

Entre os destaques do evento, está a oportunidade para cinco pessoas com deficiência, previamente sorteadas, realizarem um voo de incentivo, como passageiras, em uma aeronave leve esportiva adaptada, projetada para atender pilotos com mobilidade reduzida nos membros inferiores. 

A programação contempla palestras, relatos inspiradores e atividades práticas, como demonstrações em simuladores e apresentação de aeronave adaptada. O evento começa às 9h, com a abertura oficial conduzida pelo diretor da Anac, Luiz Ricardo Nascimento, e participação do idealizador do projeto Voar é para Todos, Fábio Castro, além dos representantes da Escola Safe, que é parceira na iniciativa, Julia Sillman, José Ramos e os comandantes Luiz Arantes e Ivan Carvalho. 

Na sequência, o tema Inclusão e Impacto Social na Aviação será abordado em uma apresentação conduzida por um representante da Azul Linhas Aéreas, companhia parceira do projeto, reforçando o compromisso do setor com a diversidade e a acessibilidade. 

Ao longo do dia, o público poderá conhecer mais sobre o funcionamento do projeto Voar é para Todos, os desafios enfrentados por pessoas com deficiência no processo de formação de pilotos e as adaptações necessárias tanto em aeronaves quanto no ambiente de ensino. 

Um dos momentos mais aguardados será a apresentação da aeronave adaptada Montaer MC-01, conduzida pelo piloto Ricardo Costa e pelo fabricante Bruno de Oliveira, que explicarão como o modelo foi desenvolvido para atender às necessidades de pilotos com mobilidade reduzida. 

O evento também contará com uma participação internacional. O piloto Paolo Pocobelli, da associação italiana Alli per Tutti, que compartilhará sua trajetória na aviação inclusiva na Europa, destacando como a inclusão é um movimento crescente e global. A Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Easa) também é uma parceira nesta iniciativa. 

Além das palestras e relatos, os participantes acompanharão, ao longo do dia, atividades práticas como voos de incentivo, briefings de voo e sessões no simulador de voo AATD, proporcionando uma experiência imersiva e enriquecedora às pessoas com deficiência selecionadas no sorteio ao vivo realizado no dia 21 de maio

O encerramento está previsto para às 17h, consolidando o compromisso da Anac em promover uma aviação mais acessível, diversa e inclusiva. 

Confira a programação completa do evento e todas as etapas da seleção.

SERVIÇO 

Evento Dia da Aviação Inclusiva  
Data: 11 de junho de 2025.  
Horário: 9h às 17h. 
Local: Hangar da Safe Escola de Aviação. 
Endereço: Rua Sylvia da Silva Braga, 415 – Hangar 39 – Jardim Santa Mônica. 
Campinas (SP). CEP: 13082-105. 

Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Combustível verde de aviação deve ter salto em 2025, mas uso pelas aéreas ficará abaixo de 1%

Apesar do aumento previsto, Associação Internacional de Transporte Aéreo avalia que deficiências políticas colocam em risco a produção do combustível sustentável


A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) projeta produção de 2,5 bilhões de litros de combustível sustentável de aviação (SAF) em 2025. Apesar de ser o dobro do produzido ano passado, o número representa apenas 0,7% do consumo total de combustível pelas companhias aéreas. A estimativa é levemente menor do que a apresentada inicialmente pela entidade em dezembro de 2024, que era de 2,7 bilhões de litros para este ano.

“Mesmo essa quantidade relativamente pequena adicionará US$ 4,4 bilhões globalmente à conta de gastos com combustível. O ritmo do progresso no aumento da produção e no ganho de eficiência para reduzir custos deve acelerar”, afirmou o diretor-geral da Iata, Willie Walsh.

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A projeção foi apresentada pela associação durante a 81ª Assembleia Geral Anual (AGM) e da Cúpula Mundial do Transporte Aéreo realizada nos próximos dias pela Iata na Índia.


Deficiências políticas

Apesar do aumento previsto para a produção de SAF, a associação avalia que deficiências políticas colocam em risco a produção do combustível sustentável de aviação. A entidade destaca o aumento no preço do SAF diante das regulamentações e metas estipuladas, conhecidas como mandatos, principalmente na Europa.

Atualmente a maior parte do SAF está sendo destinada à Europa, onde os mandatos da União Europeia e do Reino Unido entraram em vigor em 1º de janeiro de 2025. Enquanto isso, custo do combustível sustentável para as companhias aéreas duplicou na Europa devido às taxas de conformidade cobradas pelos produtores ou fornecedores de SAF.

Para o esperado milhão de toneladas de SAF que serão adquiridas para cumprir os mandatos europeus em 2025, o custo esperado a preços de mercado atuais é de US$ 1,2 mil bilhão. Estima-se que as taxas de conformidade adicionem US$ 1,7 bilhão aos preços de mercado — um montante que poderia ter reduzido as emissões de carbono em 3,5 milhões de toneladas.

Nesse cenário, a Iata considera que em vez de promover a utilização do SAF, os mandatos europeus para o uso do combustível o tornaram cinco vezes mais caro do que o combustível de aviação convencional.

Para o diretor-geral da associação, Willie Walsh, isso indica o problema da implementação de mandatos antes que haja condições de mercado suficientes e salvaguardas contra práticas irracionais que elevam o custo da descarbonização. “Aumentar o custo da transição energética, já estimado em impressionantes US$ 4,7 trilhões, não deve ser o objetivo nem o resultado das políticas de descarbonização. A Europa precisa perceber que sua abordagem não está funcionando e encontrar outra saída”, afirma.

Fonte: https://www.terra.com.br/economia/combustivel-verde-de-aviacao-deve-ter-salto-em-2025-mas-uso-pelas-aereas-ficara-abaixo-de-1,98eef83e9b9142f4398949d5e9407bc13g124uic.html?utm_source=clipboard

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