BACG realiza cerimônia alusiva ao Dia da Aviação de Busca e Salvamento

A Base Aérea de Campo Grande (BACG) realizou, na quinta-feira (26/06), a cerimônia militar alusiva ao Dia da Aviação de Busca e Salvamento. O evento contou com a presença de autoridades civis e militares e teve como propósito celebrar a trajetória histórica e os feitos da Aviação da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável por salvar vidas em situações de risco.

A solenidade foi presidida pelo Comandante da BACG, Coronel Aviador Newton de Abreu Fonseca Filho, e teve como anfitriões o Comandante do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano –, Tenente-Coronel Aviador Alex Costa Malheiros, e o Comandante do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) – PARASAR, Tenente-Coronel de Infantaria Igor Duarte Fernandes. A cerimônia também contou com a presença do Chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste, General de Brigada Sandro Ernesto Gomes.

Durante a cerimônia, a tropa foi formada por militares dos principais Esquadrões da Aviação de Busca e Salvamento. Um dos momentos mais simbólicos foi o canto do “Hino SAR”, interpretado por todos os presentes, exaltando o espírito de missão e a bravura dos integrantes desta Aviação.

Na ocasião, foi realizada a entrega da Menção Destaque Operacional do Comando de Preparo (COMPREP), reconhecimento atribuído a militares que se destacaram em missões operacionais reais, de combate ou de instrução. A condecoração foi entregue nas categorias Ouro e Prata, sendo agraciado na categoria Ouro o Major Aviador Bruno Fernandes Vela e, na categoria Prata, o Capitão de Infantaria Marvio Ribeiro Ramos e os Sargentos Thiago Goulart Nunes, Alan Queiroz Mendes Araújo, Ramon Ruiz Costa e Bruno Casanova Garcia.

Durante o evento, aconteceu ainda a imposição da Medalha Mérito Operacional Brigadeiro Nero Moura ao Comandante do Esquadrão Pelicano, Tenente-Coronel Aviador Alex Costa Malheiros. A condecoração é concedida a comandantes de Unidades Aéreas que se destacam pela dedicação à operacionalidade de suas organizações.

Durante a leitura da Ordem do Dia, o Comandante da BACG destacou a importância da Aviação de Busca e Salvamento no contexto da Defesa Nacional e no apoio à população brasileira, reafirmando o compromisso da FAB com a preservação da vida. “Celebramos hoje a Aviação de Busca e Salvamento, sinônimo de coragem e altruísmo: cada voo SAR [Search and Rescue] leva aos céus a última esperança de quem aguarda socorro, renovando o compromisso inegociável da FAB com a defesa e com a preservação da vida”, destacou.

REUSAR

Entre 23 e 25/06, a BACG também sediou a Reunião SAR (REUSAR) 2025, fórum anual dedicado ao aperfeiçoamento das operações de Busca e Salvamento no país. Participaram representantes da Divisão de Busca e Salvamento, dos cinco Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáutico (SALVAERO) – Atlântico, Brasília, Curitiba, Manaus e Recife –, além de integrantes do Comando de Preparo (COMPREP), do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), da Marinha do Brasil (SALVAMAR) e de esquadrões operacionais.

Ao longo de três dias foram apresentados estudos de caso, debatidas lições aprendidas, analisados registros do sistema SAR e definidas projeções para os próximos anos. O encontro reforçou a integração interagências, elevou o nível de prontidão e fortaleceu a eficácia das ações de salvamento conduzidas pela FAB em todo o território nacional.

Fotos: Cabo R.Cruz e Soldado Marco Antônio / BACG

Fonte: FAB

Cortes orçamentários nos serviços prestados pela Anac

Contingenciamento causa paralisação de emissões de licenças de profissionais, certificações de novas empresas e afeta atividades de fiscalização. Agência participa de tratativas com vistas a um repasse emergencial para reduzir impactos dos cortes orçamentários.


O contingenciamento orçamentário de R$ 30 milhões estabelecido pelo Decreto nº 12.477, de 30 de maio de 2025, afetou significativamente as atividades da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Valendo-se de mecanismo presente no próprio Decreto nº 12.477/2025, que prevê a transferência de recursos entre órgãos, a Anac está em tratativas avançadas com o Ministério de Portos e Aeroportos, sob acompanhamento do Ministério de Planejamento e Orçamento e da Casa Civil, para recompor o orçamento de 2025 e reverter, pelo menos em parte, os efeitos decorrentes do contingenciamento.

A iniciativa poderá eliminar ou amenizar os impactos inicialmente identificados e ser uma solução parcial para fazer frente ao contingenciamento imposto em maio de 2025.


Histórico do orçamento: limite orçamentário cai 25%

A Anac, que já detém um dos menores orçamentos per capita entre órgãos reguladores, sofreu corte de recursos de R$ 30 milhões sobre os R$ 120,7 milhões autorizados para 2025 – valor que já estava abaixo dos R$ 172 milhões originalmente solicitados pela Agência durante o processo de elaboração do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA).

A imposição da restrição orçamentária à Anac representou redução de aproximadamente 25% no limite orçamentário de 2025, que é o mais baixo dos últimos 12 anos da história da Agência, correspondendo, em valores reais atualizados pelo IPCA, a 33% da previsão orçamentária de 2013. A expectativa da Anac é reduzir o impacto do contingenciamento de maio.

Nos últimos anos, as atividades essenciais da Agência vinham sendo mantidas graças a um robusto programa de redução de gastos, o que gerou a diminuição de 43% nos custos com aluguel, condomínio e IPTU, além de ajustes de contratos de serviços de limpeza e vigilância. Com o anúncio do novo contingenciamento, a Anac precisará parar atividades essenciais, mesmo adotando novos cortes de custos, já em curso, com a revisão de contratos e redução de estrutura física.

Impactos nas atividades de fiscalização

O primeiro efeito do contingenciamento na rotina da Anac foi a suspensão, no dia 6 de junho, do agendamento dos exames teóricos exigidos aos profissionais da aviação civil para obtenção de licenças e habilitações expedidas pela Agência. Em razão da redução orçamentária, foram paralisados também processos de certificação de novas empresas e tecnologias aeronáuticas.

Atividades essenciais para a aviação civil, como a supervisão e inspeção da conformidade de requisitos mínimos de segurança de operações aéreas, aeronaves, aeroclubes, oficinas de manutenção, operadores aéreos e aeroportuários, podem ser reduzidas a até 60% do patamar planejado, caso não haja recomposição orçamentária. Isso significa que inspeções regulares nesses entes passarão, confirmado o pior cenário, a ser realizadas com frequência muito menor do que o previsto nos programas de vigilância continuada.

O cenário é preocupante na medida em que pode aumentar o risco para as operações da aviação civil. Questões de segurança poderão passar despercebidas ou não serem corrigidas tempestivamente, elevando a possibilidade de incidentes ou acidentes aeronáuticos.

Paralisação de bancas de provas

Em razão do contingenciamento orçamentário, foi interrompido o contrato com a Fundação Getulio Vargas (FGV), responsável pela aplicação das provas. Os profissionais da aviação civil, que para atuarem no setor precisam se submeter às regras da Anac para obtenção de licenças e habilitações, estão sendo penalizados. O impacto atinge diretamente pilotos, mecânicos de manutenção aeronáutica, comissários de voo e outros especialistas que dependem dessas provas para ingressar no mercado de trabalho ou obter novas certificações. A Agência está avaliando alternativas para retomar a aplicação das provas no prazo mais curto possível e minimizar os impactos da interrupção temporária para os profissionais da aviação civil.

A Anac também precisou revisar emergencialmente os procedimentos relativos à realização de exames de proficiência, etapa obrigatória para concessão de licenças e habilitações de pilotos, comissários de voo e mecânicos de manutenção aeronáutica. Os candidatos passam a ter que se deslocar até localidades onde há servidores da Anac habilitados a realizar as avaliações ou buscar atendimento com os examinadores credenciados.

Enquanto as provas não são retomadas, a expectativa é de que se forme uma fila de candidatos aguardando o licenciamento, bem como de profissionais licenciados que não conseguirão obter novas certificações para ampliar seu campo de atuação. Outro impacto é na entrada de novos profissionais no setor aéreo, que já sofre com a oferta reduzida de candidatos, podendo gerar escassez de mão de obra qualificada a curto e médio prazo. Se a suspensão se prolongar, companhias aéreas e demais empregadores enfrentarão um déficit de profissionais habilitados, afetando a continuidade dos serviços aéreos e a expansão de suas operações.


Interrupção de novas certificações

Com o contingenciamento, os deslocamentos de servidores da Anac para desempenhar atividades em processos de certificação de novos operadores aéreos, produtos aeronáuticos e novas tecnologias emergentes foram restringidos. Isso pode limitar o ingresso de empresas estrangeiras e inovações no mercado nacional, além de representar entrave ao desenvolvimento da aviação civil no Brasil. Entre as tecnologias que serão diretamente impactadas destaca-se a certificação dos eVTOLs, sigla em inglês para aeronaves elétricas de pouso e decolagem vertical, que conta com projeto no país liderado pela Embraer, por meio de sua subsidiária Eve Air Mobility.

Historicamente em posição de destaque na indústria aeronáutica global, o Brasil corre o risco de perder protagonismo nesse novo mercado promissor. A certificação dos eVTOLs exige processo técnico minucioso, conduzido em estrito alinhamento com os padrões da Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci) e em cooperação com autoridades internacionais. A suspensão do processo compromete a credibilidade do país perante esses organismos e pode gerar atrasos significativos na entrada em operação dessas tecnologias no Brasil, afetando investimentos já realizados por empresas nacionais e estrangeiras.


Repercussão em organismos internacionais

As consequências de uma degradação da capacidade fiscalizatória da Anac não afetam apenas o setor aéreo nacional. O novo cenário tem repercussão internacional, já que autoridades de aviação civil de outros países têm manifestado formalmente a preocupação com a capacidade de supervisão da segurança aérea no Brasil. A perda de confiança por parte desses órgãos pode resultar em restrições severas, como, por exemplo, companhias aéreas brasileiras ficarem impedidas de expandir voos para os Estados Unidos ou estabelecerem novas parcerias comerciais com empresas estrangeiras, impactando diretamente a conectividade internacional e a competitividade de empresas aéreas brasileiras.

A perda de confiança na capacidade técnica da Anac compromete também acordos de reconhecimento mútuo de certificações, dificulta a exportação de produtos aeronáuticos nacionais e impacta a reputação do país no cenário da aviação global.

No Brasil, a restrição orçamentária à Anac dificultará a participação da Agência nos eventos preparatórios para a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, a COP30, em Belém (PA). A Agência sofreu redução na capacidade de realizar o monitoramento das obras do aeroporto da capital paraense e o planejamento das operações aéreas na região, e perdeu recursos para apoio mensal à Operação Yanomami, de combate ao garimpo ilegal.

Os impactos do contingenciamento para as atividades da Anac são significativos, no entanto um repasse emergencial, objeto de tratativas no âmbito do Poder Executivo, poderá reduzir os efeitos dos cortes orçamentários.


Assessoria de Comunicação Social da Anac

ANAC altera exames de proficiência para profissionais da aviação após o impacto da falta de orçamento

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) anunciou na semana passada uma revisão emergencial nos procedimentos para a realização de exames de proficiência, etapa essencial para a concessão de licenças e habilitações a pilotos, comissários de voo e mecânicos de manutenção aeronáutica. A medida foi tomada em função das restrições orçamentárias impostas pelo Decreto nº 12.477, de 30 de maio de 2025.

Segundo informou a ANAC, a principal mudança afeta os serviços que exigem deslocamento de servidores da Agência, como atividades de certificação, fiscalização e vigilância continuada. Com isso, os candidatos passarão a ser responsáveis por se deslocar até localidades onde há servidores da ANAC habilitados a realizar as avaliações, ou buscar atendimento com examinadores credenciados. A alocação será feita conforme a disponibilidade dos avaliadores e a proximidade geográfica do requerente.

Regras por categoria profissional

Pilotos

Os candidatos deverão se deslocar até a localidade de atuação de um servidor da ANAC ou de um examinador credenciado. Também será responsabilidade do requerente providenciar uma aeronave compatível para a realização do exame prático.

Confira a lista de examinadores credenciados clicando aqui.

Confira as localidades com servidores da ANAC aptos para realização dos exames clicando aqui.

Comissários de voo

As avaliações práticas para comissários de voo só poderão ser realizadas em duas cidades: São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ). Assim como no caso dos pilotos, os candidatos deverão providenciar a aeronave necessária para o exame.

Mecânicos de Manutenção Aeronáutica (MMA)

Para essa categoria, os exames serão realizados exclusivamente nas localidades onde residem ou estão lotados servidores da ANAC habilitados. O candidato também deve obter autorização prévia de uma Organização de Manutenção Autorizada (OMA) para uso das instalações durante o exame.

Exames conduzidos por examinadores credenciados de operadores aéreos certificados ou de centros de instrução e treinamento de pilotos seguirão os fluxos normais, sem alterações.

As habilitações disponíveis por cidade são as seguintes:

– No Rio de Janeiro (RJ), estão disponíveis exames para GMP, Célula (CEL) e Aviônicos (AVI).

– Em São Paulo (SP), também é possível realizar provas para GMP, CEL e AVI.

– Em Brasília (DF), há disponibilidade para as três habilitações: GMP, CEL e AVI.

– Na cidade de Macaé (RJ), os exames são realizados apenas para GMP e CEL.

– Já em Manaus (AM), há servidores aptos a aplicar exames para GMP, CEL e AVI.

A ANAC reconhece os transtornos causados pelas mudanças e reforça seu compromisso com a segurança e a transparência na aviação civil. Dúvidas e solicitações de esclarecimentos podem ser encaminhadas por meio do canal Fale com a ANAC, disponível no site oficial da Agência.

Fonte: Aeroin

Aviação de Reconhecimento: Olhos que vigiam o céu e protegem o Brasil

O reconhecimento aéreo é uma ferramenta valiosa tanto para ações imediatas quanto para planejamentos de longo prazo


A Força Aérea Brasileira (FAB) celebra, no dia 24 de junho, o Dia da Aviação de Reconhecimento, área essencial para a manutenção da soberania nacional e da integridade do território brasileiro. Com atuação estratégica, a Aviação de Reconhecimento emprega tecnologia de ponta para levantar dados de inteligência e monitorar áreas críticas, apoiando a tomada de decisões em todos os níveis da defesa do país.

Com aeronaves dotadas de sensores e radares de alta precisão, os Esquadrões Poker (1º/10º GAV), 

Hórus (1º/12º GAV) e Guardião (2º/6º GAV), sediados em Santa Maria (RS) e Anápolis (GO), executam missões que vão do reconhecimento tático ao monitoramento ambiental. Um exemplo recente foi a participação do Esquadrão Poker na Operação Taquari 2, com aeronaves A-1M sobrevoando áreas atingidas no Rio Grande do Sul, fornecendo dados essenciais para ações de resposta.

O reconhecimento aéreo é uma ferramenta valiosa tanto para ações imediatas quanto para planejamentos de longo prazo. Imagens captadas são usadas no combate a queimadas, desmatamentos, garimpos ilegais, pistas clandestinas e até no apoio à segurança pública em grandes eventos e operações interagências.

O Esquadrão Hórus, que opera Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), como o RQ-900, oferece capacidade de observação em tempo real, mesmo em áreas inóspitas, com total segurança aos operadores.

Já o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação, Esquadrão Guardião, é referência em vigilância na Amazônia Legal, desempenhando papel vital na proteção da maior floresta tropical do mundo. O Comandante da Unidade, Major Aviador Fernando Peres da Silva, destaca que o esquadrão, originalmente criado para proteger e vigiar o território amazônico, hoje atua em todo o Brasil, com aeronaves como o E-99M e o R-99 desempenhando papéis cruciais na vigilância aérea e em operações de combate ao tráfico. Sediado em Anápolis, o esquadrão é marcado pela prontidão silenciosa de seus tripulantes, simbolizada pela Harpia em seus uniformes, e pela dedicação incondicional à missão.

“Não é por acaso que nossos tripulantes carregam, em seus uniformes de voo, a imagem da Harpia, uma ave predadora, silenciosa e precisa, que simboliza perfeitamente a forma como atuamos: com discrição, eficácia e foco total na missão. Hoje, como Comandante do Esquadrão, tenho a honra de liderar homens e mulheres íntegros, comprometidos e incansáveis, que colocam o dever acima de qualquer interesse pessoal, dedicando-se com excelência à nobre tarefa de proteger o nosso país”, destacou o Oficial.

Com inovação, precisão e vigilância constante, a Aviação de Reconhecimento da FAB segue firme como os olhos que vigiam o céu e protegem a nação.

Fonte e Fotos: FAB

Airbus apresenta o Racer, helicóptero de alta velocidade que voa como avião

Paris, França – Um novo conceito de aeronave pode estar prestes a revolucionar a indústria com uma inovação da Airbus no setor de helicópteros que se comportam como aviões.

Desde os primórdios da aviação, tentativas foram feitas para combinar o voo vertical com o voo horizontal, antes mesmo da criação dos helicópteros modernos. A primeira tentativa surgiu na década de 1930, com os autogiros: pequenas aeronaves que usam um propulsor para ganhar velocidade, fazendo com que o rotor superior entre em autorrotação como resultado da aerodinâmica do movimento para frente. Diferente dos helicópteros, não há conexão entre o rotor e o motor.

A partir desse conceito, foi criado na Inglaterra, no final dos anos 1930, o Girodino, um autogiro com o rotor conectado ao motor. Ele possuía asas e, após a decolagem vertical, o rotor era desconectado para permitir o voo horizontal, como em um avião.

Esse conceito foi explorado até a década de 1960, mas acabou abandonado por limitações tecnológicas da época. Com os avanços recentes, a realidade mudou.

Ainda sob a marca Eurocopter, a Airbus desenvolveu em 2010 o demonstrador X³, baseado no helicóptero H155 Dauphin (AS365), mas com asas e dois rotores dianteiros. Esse projeto evoluiu para o Racer, um novo demonstrador de tecnologia.

O Racer foi apresentado ao público pela primeira vez em voo durante o Paris Air Show 2025. O AEROIN teve acesso exclusivo à aeronave e conheceu de perto essa proposta disruptiva para o futuro dos helicópteros.

Visualmente, o Racer lembra o H160, tanto nas linhas retas da fuselagem quanto na pintura em branco e preto, similar às tendências do setor automotivo. No entanto, a fuselagem é mais alongada e estreita. Segundo o engenheiro da Airbus, Brice Makinadjian, responsável pela demonstração do Racer, a ideia foi criar um projeto simples, com aerodinâmica otimizada e menor arrasto.

Todos os problemas dos autogiros e multiplanos, como o V-22 Osprey, procuramos eliminar. O Racer é uma aeronave relativamente simples, sem sistemas complexos ou design exótico”, afirmou o engenheiro.

O Racer é equipado com dois motores Safran Aneto, com 2.500 hp cada. Eles não só alimentam o rotor principal, mas também os dois rotores nas pontas das asas, voltados para trás. A decolagem ocorre como em um helicóptero tradicional, mas ao atingir certa velocidade e altitude, a força é redirecionada para os rotores das asas, e o rotor principal entra em autorrotação, mantendo sustentação.

Essa transição simples e eficiente é o grande diferencial do Racer, eliminando mecanismos complexos de reconfiguração como os usados em aeronaves de rotores basculantes.

Segundo a Airbus, as asas geram 50% da sustentação no voo horizontal, com o rotor principal completando o restante. A aeronave atinge velocidades de até 240 nós (440 km/h), estabelecendo um recorde mundial para helicópteros de seu porte em 2024.

O único protótipo existente, apresentado em Le Bourget, tem apenas 32 horas de voo e é usado em avaliações de mercado. Sua configuração atual permite transportar nove passageiros e bagagem. A Airbus o vê como ideal para missões de resgate e segurança pública.

O consumo de combustível pode ser reduzido em até 25% em voos de longa distância em relação a helicópteros convencionais, com o dobro da velocidade. Isso torna o Racer ideal para missões de busca e salvamento em mar aberto, onde não há opção de reabastecimento.

Internamente, a cabine é similar à do H160, com manche e coletivo ainda presentes, embora o Racer voe como um avião em cruzeiro, sem necessidade de inclinação para frente.

Na traseira, os dois estabilizadores verticais do X³ foram mantidos, contribuindo para estabilidade e eficiência dos lemes. Outro diferencial são os propulsores das asas voltados para trás, aumentando a segurança no embarque e reduzindo o ruído na cabine.

O piloto automático já é programado para realizar as transições entre voo vertical e horizontal. Segundo a Airbus, um piloto do H160 foi capaz de operar o Racer após apenas 30 minutos de instrução.

Apesar das inovações, o Racer ainda é um demonstrador tecnológico. A Airbus está ouvindo o mercado para definir especificações, e planeja certificá-lo como helicóptero, o que reduziria custos e aceleraria uma eventual produção em série.

Cíclico com botão TCC WHL para transição de movo de voo

Fonte: Aeroin

Anápolis recebe caça supersônico e reforça protagonismo na defesa aérea do Brasil

Aeronave sueca pousou na Base Aérea da cidade na última segunda-feira (17) e amplia a capacidade operacional do 1º Grupo de Defesa Aérea da FAB


A Base Aérea de Anápolis passou a contar, nesta semana, com mais um reforço de peso em sua frota. O 10º caça F-39E Gripen, entregue ao Brasil na última segunda-feira (17), vindo da Suécia, pousou às 12h42 após decolar do Aeroporto Internacional de Navegantes (SC). A chegada é estratégica na modernização da Força Aérea Brasileira (FAB) e fortalece o papel de Anápolis na defesa do espaço aéreo nacional.

Pilotado pelo Tenente-Coronel Cristiano de Oliveira Peres, o novo Gripen chegou à cidade goiana após um voo de cerca de 1 hora e 17 minutos. Com a chegada da aeronave de matrícula FAB 4110, o 1º Grupo de Defesa Aérea (1º GDA), sediado em Anápolis, passa a contar com nove unidades operacionais do caça de última geração.

Além disso, a entrega marca um novo capítulo na parceria entre o Brasil e a fabricante sueca Saab, especialmente por ser a primeira unidade entregue com capacidades inéditas desenvolvidas especialmente para atender às necessidades da FAB. “Essa aeronave inaugura uma nova fase de operações, com maior versatilidade para diferentes tipos de missão”, destacou o coronel aviador Claudio Oliveira Marques, responsável pela Operação Navegantes. O Gripen foi produzido em Linköping, na Suécia, e transportado por navio até o Brasil, desembarcando em um porto brasileiro no início de junho. Daí, seguiu por via terrestre até Navegantes, onde passou por preparação e testes antes de sua primeira decolagem em território nacional.

Peter Dölling, diretor-geral da Saab no Brasil, celebrou a entrega. “Essa aeronave representa mais do que tecnologia. É resultado do programa de transferência de conhecimento que capacitou engenheiros, técnicos e pilotos brasileiros, fortalecendo a Base Industrial de Defesa nacional”, comemorou.

Além das nove aeronaves em operação no 1º GDA, o Brasil também conta com um Gripen empregado em campanhas de testes e desenvolvimento no Centro de Ensaios em Voo, localizado em Gavião Peixoto (SP).

Desde que o Gripen entrou oficialmente em operação no Brasil, em dezembro de 2022, a FAB tem participado com sucesso de missões e exercícios de grande escala, como a CRUZEX 2024, que reuniu forças aéreas de diferentes países.

Fonte: Fab

Anac abre consulta setorial sobre objetivos de segurança para aeronaves eVTOL

Aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical avançam em processo de regulamentação no Brasil


AAgência Nacional de Aviação Civil (Anac) deu mais um passo no processo de regulamentação das aeronaves eVTOL (aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical) no Brasil. No dia 21 de maio, foi aberta uma consulta setorial para discutir a proposta de objetivos de segurança voltados à certificação desse tipo de aeronave, classificada como Powered-Lift Nível de Certificação 2, que abrange modelos com capacidade entre dois e seis passageiros e peso bruto máximo inferior a 5.670 kg. 

A consulta setorial está aberta até o dia 8 de julho de 2025. As contribuições devem ser feitas por meio do site Participa +Brasil. Embora a plataforma esteja em português, os documentos técnicos estão redigidos em inglês, considerando o interesse internacional no tema. Para participar, é necessário realizar login no sistema do Governo Federal. 

Além da proposta, também está disponível para consulta a justificativa técnica. O documento representa um marco importante no desenvolvimento regulatório das aeronaves eVTOL no país, ao estabelecer metas de segurança, quantitativas e qualitativas, que orientam o julgamento de engenharia na avaliação de riscos e sistemas dessas aeronaves. 

Os objetivos propostos fazem parte dos meios de cumprimento dos requisitos de segurança dos sistemas, e estão alinhados aos arcabouços regulatórios internacionais. Foram realizadas diversas interações com autoridades de certificação e organizações estrangeiras, com o objetivo de promover a harmonização das normas e garantir um padrão global de segurança. 

A Agência reforça seu compromisso com a inovação e a segurança na aviação e convida fabricantes, operadores, associações, especialistas e o público em geral a participar ativamente da consulta pública, enviando sugestões, comentários e informações adicionais que possam contribuir para a definição dos objetivos de segurança para as aeronaves da categoria Powered-Lift. 

Com essa iniciativa, a Anac busca fortalecer o ambiente regulatório para a mobilidade aérea urbana no Brasil, promovendo o uso seguro e sustentável de novas tecnologias e posicionando o país como protagonista no cenário global da aviação inovadora. 

Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Drones interrompem voos em Guarulhos e colocam em risco segurança

O Aeroporto Internacional de São Paulo (Guarulhos) teve pousos e decolagens suspensos na noite de sábado, 21 de junho, após avistamentos de drones nas imediações das pistas, colocando em risco aeronaves e passageiros. A concessionária GRU Airport confirmou a ocorrência no domingo, informando que “as autoridades competentes foram acionadas e as operações foram normalizadas”

REDAÇÃO DO DIÁRIO com informações das companhias aéreas

A Latam comunicou que 34 voos com origem ou destino a Guarulhos foram impactados pela paralisação ocorrida no sábado. Veja nota:  “A companhia repudia e lamenta a situação, totalmente alheia ao seu controle, e reforça que a segurança de seus passageiros e funcionários é prioridade em todas as suas operações. A Latam está prestando toda a assistência necessária aos passageiros afetados, conforme previsto na Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”.

A Gol afirmou que apenas um voo sofreu atraso de cerca de 31 minutos para decolagem, sem maiores impactos aos seus passageiros .

Vídeos publicados no canal “Aviação Guarulhos JPD” mostram helicópteros da Polícia Militar sobrevoando a região em busca dos drones, enquanto a torre sequer os visualizava no espaço aéreo acidadeon.com+1nsctotal.com.br+1. A PM foi acionada e deslocou equipes, porém não localizou os equipamentos

Segundo dados do Decea e da Força Aérea, já foram registrados 29 casos de drones invadindo território aéreo no Brasil até 13 de junho, 27 apenas em São Paulo – em 2024 foram 44, e em 2023, 51 .

No dia 11 de junho, outra paralisação de 46 minutos ocorreu, com seis voos cancelados e 35 afetados, após descobertas de que drones estavam sendo usados por traficantes para monitorar movimentações da polícia durante tentativa de transportar três pacotes com 55 kg de cocaína cada. A droga foi apreendida e a PF investiga o caso.

(com informações adicionais do G1)

Avião afunda no asfalto ao operar no Aeroporto de Fernando de Noronha

Na manhã desse domingo, 22 de junho, os passageiros e tripulantes se um Embraer 195-E2 da Azul Linhas Aéreas, de matrícula PS-AEO, enfrentaram um contratempo no Aeroporto de Fernando de Noronha.

Durante o processo de pushback (aeronave empurrada para trás pelo veículo de reboque) para o voo AD-4719, que seguiria para Recife, o trem de pouso principal esquerdo da aeronave afundou no asfalto do pátio, impossibilitando a partida.

O caso acontece em meio aos prolongados problemas de infraestrutura no aeroporto, que teve uma recapagem recente no pátio, mas enfrenta paralisação das obras de pista e pátio.

Apesar de a administração do terminal ser gerida pela empresa Dix Empreendimentos, a responsabilidade pelas melhorias na infraestrutura permanece sob a jurisdição do Governo de Pernambuco, como previsto no contrato vigente.

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Fonte: Aeroin

Voar é para todos: evento inédito promove inclusão na aviação civil brasileira

Anac realiza Dia da Aviação Inclusiva com voos para pessoas com deficiência em aeronave adaptada, a única disponível em escola de aviação na América Latina


Pessoas com deficiência nos membros inferiores realizaram voos inéditos na única aeronave adaptada da América Latina disponível em uma escola de aviação civil, durante evento realizado em Campinas (SP), no dia 11 de junho. O primeiro evento da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) dedicado exclusivamente à inclusão de pessoas com deficiência no setor aéreo ocorreu no hangar da Escola de Aviação Safe e reuniu representantes de diversos setores da sociedade. 

Na abertura, o diretor da Anac, Luiz Ricardo Nascimento, reforçou a atuação da Agência no combate ao capacitismo, por meio do projeto Voar é para Todos, que integra o programa Asas para Todos. “É uma grande felicidade poder fazer uma ação de verdade e mostrar para o Brasil, para os jovens e para as pessoas, que por algum motivo têm uma deficiência ou estão em uma cadeira de rodas, que eles podem voar”, destacou. 

Para Ricardo Costa, primeiro piloto brasileiro a voar na aeronave adaptada após ficar paraplégico em um acidente de moto em 2010, o momento marcou a realização de um sonho. “A nova diretoria da Anac fez tudo isso acontecer. Agora, estou voltando a voar e quero levar essa mesma oportunidade a outras pessoas com deficiência”, afirmou. 

O servidor da Anac e idealizador do projeto, Fábio Padilla, falou sobre o nascimento da iniciativa e a conexão entre histórias inspiradoras. “As histórias que ouvimos aqui se conectam, e o resultado é o que temos no evento: a materialização desse projeto. O nosso objetivo é combater o capacitismo e incluir mais pessoas na aviação”, declarou. 

Na sequência, o piloto acrobático italiano Paolo Pocobelli, fundador do projeto Ali per Tutti, parceira da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (Easa), compartilhou sua experiência com a criação de uma rede internacional voltada ao treinamento de pessoas com deficiência para ingresso no setor aéreo. “Ver isso sendo feito no Brasil é inspirador e extremamente importante para plantar um marco histórico. É uma grande mensagem para toda a América Latina e um testemunho fantástico para mim”, afirmou.  

Voos de incentivo 

Cinco pessoas com deficiência foram sorteadas para realizar voos na aeronave adaptada, com o objetivo de estimular o ingresso de mais pessoas com deficiência na formação de pilotos. A aeronave da Montaer foi especialmente modificada para esse público. “Adaptamos os comandos, que antes eram realizados com os pés, para agora poderem ser todos comandados com as mãos”, explicou o fabricante Bruno de Oliveira. 

Os voos foram ofertados pela Escola Safe, parceira da iniciativa. “Somos a primeira escola de aviação da América Latina a poder dar a habilitação de voo para pessoas com dificuldade de locomoção”, afirmou o CEO da Safe, José Ramos. 

Um dos sorteados, o servidor público Anderson Jardim, comemorou a experiência inédita: “Falar de aviação inclusiva até pouco tempo atrás era algo inimaginável. Uma pessoa com deficiência que eventualmente quisesse ser piloto teria que sair do Brasil. E hoje temos isso ao nosso alcance: um avião adaptado, uma escola que abraçou a ideia para formar pilotos com deficiência e a Agência reguladora à frente de tudo isso com o Asas para Todos”, destacou. 

O evento teve o apoio da Azul Linhas Aéreas, que doou passagens aéreas aos participantes sorteados para o deslocamento até Campinas. 

Formação de pilotos com deficiência 

A Escola de Aviação Safe é a única da América Latina que oferece um programa de formação de pilotos com deficiência, já contando com uma aeronave adaptada certificada pela Anac. A Safe fica no Campo dos Amarais, em Campinas (SP), e os interessados podem saber mais informações pelo site da escola: www.voesafe.com.br

Assessoria de Comunicação Social da Anac