`Céu não é o limite`: Major Joyce é a 1ª mulher a comandar esquadrão da FAB

Em janeiro de 2025, a major Joyce de Souza Conceição se tornou a primeira mulher a comandar uma unidade aérea na história da FAB (Força Aérea Brasileira).

Ela, que é formada na primeira turma de aviadoras da Aeronáutica (2003-2006), acumula diversas marcas na carreira.

Entre elas, destacam-se:

    – Formada na 1ª turma de aviadoras da FAB
    – Primeira mulher a pilotar o avião C-130 Hercules
    – Primeira aviadora da FAB a pousar na Antártida
    – Primeira mulher a realizar um lançamento de carga na Antártida
    – Primeira aviadora a comandar uma unidade aérea da FAB, o Esquadrão Gordo, no Rio de Janeiro.

Família humilde em Manaus

A militar nasceu em Manaus (AM) e cresceu no bairro Compensa. Ali, estudou em escola pública até a 8ª série e já tinha em mente ter um futuro mais sólido do que a realidade que a cercava. “Sempre tive admiração pelas Forças Armadas, e cheguei a pensar em ingressar no colégio militar, no ensino médio, porém as vagas eram poucas e o ingresso bastante difícil para pessoas com poucos recursos para investir na preparação”, diz Joyce.

Ela começou a cursar o ensino médio na Fundação Matias Machline, um projeto social na capital amazonense, após prestar uma prova de ingresso. “Pensei comigo mesma: ‘É agora’. Essa é a minha chance de conseguir estudar num colégio melhor e ter a oportunidade de fazer uma faculdade, que é coisa que ninguém da minha família teve”, afirma a major.

Foi em uma palestra sobre carreiras militares nesse colégio que ela viu seu horizonte se abrindo para o ingresso nas Forças Armadas. Mesmo sem pensar em ser piloto, Joyce sempre foi simpática à ideia de ser militar, mas não via chances de entrar nos tradicionais colégios do Exército, que ainda não aceitavam mulheres.

Ao final do evento, que era direcionado ao público masculino, conversou com o palestrante, que disse se lembrar de que, talvez, a Força Aérea já tivesse vagas femininas na AFA (Academia da Força Aérea), localizada em Pirassununga, no interior de São Paulo.

O ano era 2002, e ela foi a uma lan house pesquisar sobre o assunto e se inscreveu para uma prova para ingressar na carreira de intendência, para a qual não foi chamada. Nesse momento, viu que estavam abertas 20 vagas para a primeira turma de mulheres aviadoras da FAB e resolveu agarrar a oportunidade.

“Foi a primeira vez que eu realmente pensei em me tornar piloto. Pensei: ‘É agora ou nunca’ e ‘Por que não aviação?’. Era a chance de seguir meu sonho, ingressar nas Forças Armadas e conseguir uma certa independência para a minha educação. Acho que esse foi o primeiro grande passo que eu dei. Com uma família humilde em Manaus, poderia ser que até eu mesma me bloqueasse, pensando que não faria sentido ter uma piloto de lá, ‘do mato’ [diz aos risos], mas abracei e deu certo”, afirma a major Joyce, comandante do Esquadrão Gordo.

A major conclui: “A vida foi me levando. Eu queria ter uma boa profissão e queria melhorar a condição da minha família, e a aviação veio como uma consequência, um meio para eu atingir esse fim”.

Primeira turma de aviadoras

Entre 2003 e 2006, a major Joyce esteve ao lado de outras mulheres que foram pioneiras da FAB: elas compuseram a primeira turma de mulheres que viriam a se tornar pilotas.

Ela lembra da pressão que havia sobre elas, justamente por serem as pioneiras. “Era como se houvesse um holofote em cima das aviadoras, e hoje temos a percepção de que existia uma preocupação grande se ia dar certo, ou se a FAB poderia ter dado um passo além do possível”, diz a militar.

Ela lembra que toda uma infraestrutura se fez necessária para o recebimento de mais mulheres, como a construção de banheiros femininos nos esquadrões de voo, por exemplo. “Não podíamos errar. Essa atenção em nós não era muito bem-vista por alguns colegas, gerando até ciúmes. A gente sempre quis só ser mais uma [pessoa na carreira militar]. Até hoje, eu confesso que não me acostumo com toda a atenção”, afirma Joyce.

Dessas pioneiras, 11 se formaram na AFA, dividindo-se entre os diferentes tipos de aviação presentes na Aeronáutica: caça, patrulha, asas rotativas (helicópteros), reconhecimento e transporte, sendo este último o escolhido pela major Joyce para seguir sua carreira.

Trajetória na FAB

Após sua formação inicial, ela foi para o Esquadrão Rumba, em Natal (RN), onde passou por uma especialização operacional de um ano. Na sequência, integrou o Sétimo Esquadrão de Transporte Aéreo, Esquadrão Cobra, em Manaus, sua terra Natal.

Em 2012, passou a fazer parte do Esquadrão Gordo, no Rio de Janeiro, o principal grupamento de transporte da FAB, onde ficou até 2022, quando passou a prestar assessoramento no gabinete do comandante da Aeronáutica, em Brasília.

Em 2024, ela se tornou a primeira mulher a ser escolhida para comandar uma unidade aérea na FAB, sendo designada para comandar o Esquadrão Gordo, unidade na qual havia dedicado 11 anos de sua vida operacional.

Entre as principais aeronaves que já operou estão:

T-25 Universal, C-97 Brasília, C-98 Caravan, C-130 Hercules.

Mesmo no comando da unidade, Joyce está fazendo o curso para voar o KC-390 Millennium, avião multimissão da FAB que está substituindo os antigos C-130 Hercules, que voaram por 59 anos no Brasil. Em 2024, conversamos com a capitã Jeciane, a primeira mulher a pilotar o KC-390 (veja mais aqui).

Missões humanitárias

Joyce diz ter escolhido a aviação de transporte pelo potencial humanitário desse segmento. Ela se lembra de diversos momentos em que pôde contribuir com a sociedade estando a bordo de aviões da FAB.

Um deles foi a crise de falta de oxigênio ocorrida em Manaus no começo de 2021, em plena pandemia de covid-19. A operação marcou Joyce por alguns motivos, entre eles, por ter ocorrido quando ela havia acabado de assumir a chefia de operações do esquadrão.

Outro motivo foi o trabalho ininterrupto, onde o descanso era o mínimo possível de acordo com a legislação. “Foram centenas de litros de oxigênio sendo transportados incessantemente, inclusive de madrugada, para salvar vidas”, diz a major, que ainda lembra que, enquanto as equipes se alternavam, os aviões não paravam a operação em nenhum momento.

Esse tipo de missão também é extremamente arriscado. O transporte de oxigênio líquido impõe uma operação mais cuidadosa, pois, em caso de vazamento, se o produto químico entrar em contato com graxas ou óleos, por exemplo, ele entra em combustão, podendo causar um grave acidente. “No início, eu não conseguia voar, até por ser parte da gerência e ter gente que tinha de ficar organizando a operação. Quando tudo já estava andando, eu consegui realizar várias saídas atendendo a essa emergência. É aí que a gente percebe a importância do nosso trabalho para o país e para a sociedade”, afirma a major Joyce.

Na Antártida, a major também lançou cargas para os brasileiros que estavam na Estação Antártica Comandante Ferraz. Entre elas, as vacinas de covid para imunização dos pesquisadores ali presentes. “Sempre que é demandado, nós estamos prontos para atender. Esse é o maior orgulho que eu tenho da unidade da qual eu sou responsável, e, às vezes, cai a ficha de que hoje estou em um local onde, lá atrás, eu olhava pra cima e via como algo muito distante”, diz a major Joyce.

Vítimas do voo da Chapecoense

Outra missão de destaque que a militar se lembra de ter cumprido em sua trajetória foi a busca das urnas funerárias das vítimas do acidente com o voo dos jogadores da Associação Chapecoense de Futebol, em 2016. À época, foi preciso fazer um trajeto entre Medellín (Colômbia) e Manaus para, apenas após reabastecimento, seguirem para Chapecó (SC), onde foi realizado o velório coletivo.

Foram três aeronaves e 60 militares envolvidos na operação. Em Manaus, os caixões foram alocados em dois C-130 Hercules para conseguirem desembarcar em Santa Catarina. Foi um voo realizado em silêncio, lembra Joyce.

“São momentos que você vê que você está ali fazendo uma coisa que pouca gente faz, mas que tem que ser feito. Você está lá para isso, para atender uma emergência, para levar um conforto para uma família”, diz a militar.

Às vezes, as pessoas perguntam: ‘Para que servem as Forças Armadas?’. Eu fico muito tranquila de falar que nós, quando somos demandados, damos 100% de nós. Quando todos estão fugindo do cenário, somos nós que estamos chegando para tentar levar um alento, um conforto para uma família, melhorar uma situação de calamidade. Tenho certeza que foi algo que quem trabalhou na Operação Taquari [de apoio às vítimas das enchentes no RS em 2024] sentiu, de que você está fazendo a diferença, que você está sendo empregado para o que você se propôs, para aquilo que você se prepara o ano inteiro
Major Joyce

Realização profissional

Hoje, a major Joyce diz estar em uma posição privilegiada dentro da carreira. “Todo oficial aviador sonha em ser comandante de alguma unidade aérea. Esse é, realmente, o ápice da carreira do oficial, momento no qual você é, de alguma forma, reconhecido pelas suas competências, pelo seu histórico operacional e pelas suas capacidades de liderança. Sinceramente, onde eu estou hoje, se a minha carreira acabasse agora, eu estaria completamente realizada, porque estou onde eu queria estar. Foi para estar onde eu estou hoje que eu me dediquei e fui impulsionada a carreira toda”, diz a oficial.

Mas esse é o primeiro comando da trajetória, e ainda há outros na carreira a serem seguidos. “Operacionalmente, eu atingi o meu ápice, e estou 100% realizada. Daqui para a frente, é, realmente, colher os frutos para a Força Aérea, de alguma forma, retribuir à FAB e à sociedade, de outras formas, gerenciando outras pessoas em outros ambientes e exercitando a capacidade de liderança que eu acho que a mulher tem e que a Aeronáutica valoriza muito”, afirma a major.

Mensagem para as futuras aviadoras

Às meninas que querem ingressar na carreira de aviadora, a major Joyce defende que invistam na competência técnica, disciplina e na capacidade de liderança. Esses são fatores determinantes para o sucesso na carreira, afirma.

“Espero, realmente, que essa minha conquista consiga inspirar outras mulheres a chegarem lá com preparo e determinação. E a gente é determinada… Quando a mulher quer, se dedica realmente a uma coisa. É difícil você demovê-la de uma ideia. Quando você realmente está focada no objetivo, você consegue alcançar posições de destaque, independentemente da profissão que escolha. No meu caso, é a aviação, mas em qualquer lugar”, diz Joyce.

A major ainda lembra que é comum as mulheres serem condicionadas desde pequenas a acreditar que há atividades de predominância masculina, como as das áreas de ciência, física, matemática, astronomia e, também, a aviação, que entra nesse pacote.

“A gente é condicionada desde criança a achar que isso é coisa de menino, não de menina. Mas não é. É preciso ter foco e dedicação. Eu espero que esse pioneirismo que eu estou traçando abra portas e que, um dia, a presença feminina na aviação não seja algo extraordinário. Minha missão vai estar cumprida se, daqui a 30, 40 anos, ninguém mais ligar para esse assunto, porque vai ser comum, porque as mulheres, com seus méritos e traçando suas trajetórias, conseguirão alcançar as posições de destaque. Quanto mais natural isso for, melhor”, diz Joyce.

A gente tem de sonhar alto. Nossa trajetória tem de ser baseada em mérito, dedicação, preparo, comprometimento e, com todas essas coisas e muito trabalho, o céu não é o limite. E, para mim, foi só o começo. Major Joyce, primeira mulher a comandar uma unidade da FAB.

Fonte: Aeroin

São Paulo recebe o VIII Encontro das Mulheres na Aviação no dia 15 de março; ingressos disponíveis

No dia 15 de março de 2025, a cidade de São Paulo será o palco do VIII Encontro das Mulheres na Aviação – Aviadoras, um evento que celebra e promove a participação feminina no setor aeronáutico.

O encontro acontece no Teatro Bor, situado à Rua Domingos de Morais, 2970, na Vila Mariana. Os ingressos ainda podem ser adquiridos neste link e o valor arrecadado é revertido em ações de promoção à entrada de mulheres na aviação.

Como em todos os anos, o encontro conta com uma programação repleta de atividades inspiradoras, com palestras e painéis focados em inovação e segurança, workshops práticos e homenagens a mulheres que deixaram uma marca significativa na aviação.

A programação completa do encontro, que terá como mestres de cerimônia as profissionais da ANAC Ana Benevides e Ana Motta, inclui:

PAINEL 1: 2025 de conquistas com os r​Recrutadores da Embraer, Latam, Azul e Gol.

PAINEL 2: MULHERES NA AVIAÇÃO: HISTÓRIAS QUE INSPIRAM
– Sras. Gleice Bialli, Elloã Oliveira e Juliana Louise – Time de Frota Gol;
– Dra. Marinalva Soares, desenvolvimento de produtos – Embraer;
– Copiloto Estela Favoretto, Airbus A320 – Latam;
– Major Thatiane Marçal, policia militar do Amazonas.

PAINEL 3: QUAL O IMPACTO DO CONHECIMENTO EM SGSO E SEGURANÇA DE VOO NA SELEÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA AVIAÇÃO?
– Instrutora Kely Gois, SGSO – Aviation Council;
– Sr. Luciano de Souza, Gerente de Treinamento – CAE e time da Fairfax Insurances

PAINEL 4: O MERCADO DA AVIAÇÃO: OPORTUNIDADES E NOVOS HORIZONTES
– Sr. Rogério Andrade, CEO – Avantto;
– Sra. Patricia Antonio e recrutamento e seleção – Avantto;
– Copiloto Raquel Aran, EPIC e 1000GX – Avantto;
– Sra. Leticia Brasil Xavier, manutenção de aeronaves – ANX Aviation Services.

KEYNOTE SPEAKER: LIDERANÇA E CONEXÕES GLOBAIS
– A trajetória da Sra. Jacqueline Conrado, Country Manager da United no Brasil

​HALL OF FAME: CELEBRANDO MULHERES QUE TRANSFORMARAM A AVIAÇÃO!
– Comandante Kalina Milani, presidente da Aviadoras

PREMIAÇÃO DO VI CONCURSO DE BOLSAS DE ESTUDOS AVIADORAS!
– Time de Liderança da Aviadoras.

Sobre a Aviadoras

A Aviadoras – Associação das Mulheres Aviadoras do Brasil (AMAB) é uma organização sem fins lucrativos dedicada a impulsionar a carreira das mulheres na aviação. Informações sobre as ações das Aviadoras são publicadas de forma recorrente no site oficial e nos perfis nas redes sociais.

Seu trabalho envolve incentivo, apoio, mentoria, treinamento, integração e networking para fortalecer a presença feminina no setor. Além disso, a AMAB amplia oportunidades ao promover a participação das mulheres em diversas áreas da aviação e em campos correlatos, como ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

Fonte: Aeroin

Demonstração da Esquadrilha da Fumaça no sábado será transmitida ao vivo; veja como assistir

Após iniciar sua agenda de demonstrações de 2025 no último domingo, dia 02 de março, em Uberaba (MG), o Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), da Força Aérea Brasileira (FAB), ou Esquadrilha da Fumaça, já estará de volta ao céu neste próximo sábado, dia 8 de março.

Após a cidade mineira, a próxima das outras 6 localidades que já passaram a fazer parte de agenda oficial do Esquadrão é Tietê, no interior de São Paulo. A demonstração será às 10h30, no Aeródromo Municipal de Tietê, localizado na Av. David Andrade, 1094.

E para quem não puder comparecer para conferir as acrobacias pessoalmente, será possível assistir ao vivo, através de uma transmissão feita pela plataforma Primeira Classe, do canal “Golf Oscar Romeo”.

O cadastro na plataforma pode ser feito por qualquer pessoa, sem necessidade de nenhuma assinatura, mas, a quem não for assinante dos planos disponíveis, será possível assistir ao vivo pagando R$ 14,90 pelo ticket.

Quem desejar aproveitar benefícios que a plataforma oferece, como conteúdos exclusivos e descontos em estabelecimentos e serviços, pode escolher fazer assinatura de algum dos planos disponibilizados, mas, vale repetir, é possível criar a conta na plataforma gratuitamente.

O Esquadrão de Demonstração Aérea se apresenta com sete aeronaves A-29 Super Tucano desde 2015, quando o modelo entrou no lugar do T-27 Tucano. O avião é um caça de ataque leve, utilizado para a defesa do espaço aéreo brasileiro.

O que difere os aviões utilizados pela Esquadrilha da Fumaça são as cores da bandeira do Brasil e eles dispensam fumaça biodegradável pelo escapamento direito, com o objetivo de melhorar a visualização das manobras para o público, enquanto as aeronaves utilizadas para a defesa das fronteiras são camufladas e carregam armamento bélico.

O Esquadrão de Demonstração Aérea se apresenta conforme convites feitos pelas cidades e eventos. Para solicitar uma demonstração, é necessária a solicitação formal com a antecedência mínima de quatro meses ao Gabinete do Comandante da Aeronáutica – GABAER. Todos os custos de material, logística e pessoal são cobertos pelo Comando da Aeronáutica. Para mais detalhes sobre como realizar o convite, acesse fumaca.org.

Confira os detalhes a seguir as 6 demonstrações já divulgadas pela Esquadrilha em sua agenda oficial até a data da publicação desta matéria:

– Tietê (SP) – 08/03, às 10h30 – Aeródromo Municipal de Tietê, Av. David Andrade, 1094.

– Paraguaçu Paulista (SP) – 12/03, às 16h15 – Centro de Convergência Turística, Portaria Público, Jd. Panambi.

– Resende (RJ) – 15/03, às 16h00 – Aeroclube de Resende, Estrada Aeroporto.

– Ouro Fino (MG) – 16/03, às 16h00 – Arena de Ouro, R. Angelina Rezende De Almeida, 140, Jd. Patricia.

– Paraisópolis (MG) – 19/03, às 11h00 – Estádio Municipal São José, R. Silviano Brandão.

– Orlândia (SP) – 29/03, às 16h00 – Orlândia Rodeo Fest, cruzamento da Rua 26 com a Avenida S.

A agenda do EDA é dinâmica, podendo sofrer alterações de data e horário, bem como cancelamentos e inclusões de cidades. Acompanhe a rotina da Fumaça e as atualizações nas redes sociais Facebook, Instagram, X (antigo Twitter), Youtube e Flickr.

Com informações do EDA

Mulheres Plurais: Inspiração e Conexão será o tema do evento da Anac que destacará a importância do Dia Internacional da Mulher

O Comitê de Equidade da Agência reunirá mulheres para abordar temas como pluralidade, inspiração, resiliência e experiências profissionais e pessoais


AAgência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizará no dia 12 de março, às 14h, no auditório da Agência, em Brasília (DF), evento que destacará a importância do Dia Internacional da Mulher. Realizado pelo Comitê de Equidade da Anac, o evento pretende abordar temas sobre as experiências profissionais e pessoais de mulheres da Agência, que vão além da aviação. Quem não estiver na capital federal poderá acompanhar o evento ao vivo pelo canal da Anac no YouTube. Os espectadores poderão interagir enviando comentários e dúvidas por meio da plataforma de comunicação Sli.do

A ação é uma iniciativa do Comitê de Equidade da Agência em conjunto com o subprograma Mulheres na Aviação, do programa Asas para Todos, que quer evidenciar o importante papel das mulheres não só nas carreiras do setor aéreo, como no cotidiano e nos diversos contextos da vida. 

O formato de evento será como um Talk Show, em que as convidadas poderão falar sobre pluralidade, diversidade, inspiração, resiliência, empatia, conexão, além de trocarem experiências com a plateia.  

Confira a programação e participe:Programação do evento em celebração ao Dia Internacional da Mulher

SERVIÇO 

Mulheres Plurais: Inspiração e Conexão 
Data: 12 de março de 2025 
Hora: 14h 
Local: Auditório da sede da Anac, Brasília (DF) 
Transmissão ao vivo pelo canal da Agência no YouTube
Perguntas e interação pelo Sli.do.

Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Para evitar “perrengue chique”, controle de tráfego aéreo será intensificado em Trancoso no Carnaval

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), por meio do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), terá um planejamento especial para o carnaval nos aeródromos de Porto Seguro (SBPS) e Terravista (SBTV), em Trancoso (BA), no período de 28 de fevereiro a 9 de março.

Segundo levantamento do CGNA, a previsão é de cerca de 1.020 movimentos aéreos da aviação geral e comercial (pousos e decolagens) para o período de carnaval nesses aeródromos, representando um aumento de 2,8% em relação ao carnaval de 2024 e de 87,4% comparado com uma semana normal.

Durante as festividades, haverá um monitoramento intensificado do tráfego aéreo pelo CGNA. O fluxo de aeronaves de aeroportos nacionais com destino aos aeródromos de Porto Seguro e Terravista será monitorado, visando manter a demanda ajustada à capacidade. A ação do DECEA é importante, pois nestas épocas, os referidos aeroportos tendem a virar um verdadeiro “caos”.

Profissionais de controle de tráfego aéreo, administradoras de aeroportos e empresas aéreas atuarão de forma colaborativa e participarão das decisões de gerenciamento sugeridas pelo CGNA.

Uma das ações é o procedimento de controle de fluxo para aeronaves com destino a Porto Seguro, que operem segundo o Regulamento Brasileiro de Aviação Civil (RBAC) 91 e 135, devendo apresentar os planos de voo completo (PVC) ou simplificado (PVS) com antecedência mínima de 24h.

Foram emitidos NOTAM (Aviso aos Aeronavegantes) de rotas preferenciais de diversos aeroportos do Brasil, com chegadas e saídas desses aeródromos, com o intuito de padronizar as chegadas ao Terminal de Porto Seguro e melhorar o fluxo de tráfego aéreo nos setores da Região de Informação de Voo de Recife (FIR-RE).

Outra mudança se refere às aeronaves com destino aos aeródromos nacionais, que não poderão ter como alternativa ou modificar o destino para Porto Seguro e/ou Terravista. “O objetivo é ter uma melhor previsibilidade dos voos e permitir um gerenciamento de fluxo de tráfego aéreo mais eficiente”, destaca o Chefe da Subdivisão Tática do CGNA, Capitão André Luis Santos da Rocha.

Os aeroportos de Guarulhos, Congonhas e Campinas (SP), Galeão e Santos Dumont (RJ), Recife (PE), Salvador e Porto Seguro (BA) e Florianópolis (SC) também terão as operações de monitoramento do fluxo de tráfego aéreo intensificadas.

Informações do DECEA

Brasil sedia reuniões dos Working Groups de Segurança Cibernética da Oaci

O evento reforçou a cooperação internacional e o desenvolvimento de diretrizes para fortalecer a segurança cibernética na aviação civil


AAgência Nacional de Aviação Civil (Anac) sediou, de 17 a 20 de fevereiro, em São Paulo (SP), reuniões dos Grupos de Trabalhos de Segurança Cibernética da Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci). 

Os grupos reunidos foram o Working Group on Cyber Guidance Material (WGCGM) e o Working Group on Cyber Threats and Risks (WGCTR), ambos pertencentes ao Painel de Segurança Cibernética da Oaci(CYSECP).O objetivo dos encontros foi desenvolver materiais de apoio aos países sobre aspectos de segurança cibernética que afetam a aviação civil.  

Representantes de diversos países participaram das reuniões, reforçando o compromisso global com a segurança cibernética na aviação civil. O Brasil esteve representado por servidores da Anac das superintendências de Transformação Digital (STD), Infraestrutura Aeroportuária (SIA), Pessoal da Aviação Civil (SPL) e Aeronavegabilidade (SAR), bem como do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) do Comando da Aeronáutica.  

Ao sediar essas reuniões, o Brasil reafirma seu compromisso com a cooperação internacional, contribuindo ativamente para o desenvolvimento das diretrizes de segurança cibernética da OaciI. Além de impulsionar o amadurecimento do tema, os encontros proporcionaram uma valiosa oportunidade de troca de conhecimento com especialistas de diversos países, ampliando a expertise nacional na área. 

Sobre os grupos de trabalho 

O WGCGM é responsável por desenvolver materiais orientativos sobre segurança cibernética, incluindo manuais como Information Sharing, já utilizado como referência pela Anac, e Incident Reporting. A reunião do grupo ocorreu de 17 a 19 de fevereiro, com discussões sobre diretrizes e materiais essenciais para fortalecer a segurança cibernética na aviação civil em nível global. 

O WGCTR, por sua vez, atua na identificação e análise de ameaças cibernéticas emergentes, ajudando os Estados a desenvolver estratégias para mitigar riscos no setor aéreo. No dia 20 de fevereiro, o grupo se reuniu para aprofundar o debate sobre os desafios atuais da cibersegurança na aviação. 

Fonte: Anac

Carnaval com segurança e responsabilidade: consulte o app Voe Seguro antes de contratar um táxi-aéreo

Transporte aéreo seguro é transporte aéreo regular. Faça a sua parte!


OCarnaval é uma das maiores festas populares do Brasil e muitos aproveitam para viajar, descansar e se divertir. Nas viagens aéreas, antes de contratar um táxi-aéreo, é importante certificar-se que a empresa que oferece o serviço está autorizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), evitando assim os riscos de contratar um serviço clandestino. Para isso, você poderá realizar consultar no aplicativo Voe Seguro da Agência, disponível para baixar em celulares Android e IOS.  

No app Voe Seguro, o passageiro ou o profissional do setor poderá consultar, de maneira fácil e rápida, informações essenciais para a sua viagem, que vão desde a situação da empresa contratada até os dados sobre o avião ou o helicóptero. O objetivo é garantir uma viagem tranquila e sem contratempos. 

Fique atento! 

As empresas autorizadas para realizar o serviço de táxi aéreo devem utilizar aeronaves adequadas para a prestação desse serviço, ou seja, precisam ser registradas como táxi-aéreo. O avião ou o helicóptero deve estar com a documentação regular e com a manutenção em dia, conforme as exigências da Anac.  

O piloto deverá ter uma licença de piloto comercial ou piloto de linha aérea para a prestação do serviço de táxi-aéreo, e deverá estar com o certificado médico válido e com as habilitações regulares perante a Agência. 

Estando a empresa, a aeronave e o piloto com todas as documentações em dia são essenciais para que você voe seguro! 

Não use transporte aéreo pirata 

Consultar se a empresa está regular antes de contratá-la, assegura que o serviço atenda aos requisitos de segurança, operação e manutenção exigidos, proporcionando mais confiança para a sua viagem. 

Viajar com segurança também é sua responsabilidade! Faça a sua parte! 

Aproveite as funcionalidades do app Voe Seguro e tenha uma experiência de voo tranquila, sem surpresas. Para mais informações, baixe o app e mantenha-se informado antes de embarcar. 

App Voe Seguro. 

Além do aplicativo, a Anac criou um guia especial, para passageiros e tripulantes, na missão de garantir que a sua viagem seja segura. Conheça os guias.

Fonte: Anac

Vem à tona uma foto inédita do planeta Terra feita a partir de uma aeronave da Boeing

Pela primeira vez, a Força Espacial dos EUA divulgou uma imagem da Terra capturada por um de seus enigmáticos mini-foguetes X-37B, que está atualmente em sua sétima missão. A fotografia, que foi publicada pelo Serviço de Distribuição de Informações Visuais de Defesa (DVIDS), mostra a Terra a partir da câmera a bordo do X-37B durante um experimento realizado.

A missão, conhecida como OTV-7, foi lançada do Centro Espacial Kennedy na Flórida em 28 de dezembro de 2023, e a aeronave já passou mais de 400 dias em órbita desde então. De acordo com os detalhes disponíveis, o novo esquema de operação da missão incluiu manobras de aerofrenagem, que permitem à aeronave alterar sua órbita utilizando uma quantidade mínima de combustível.

Este método é visto como uma inovação significativa e é um testemunho da capacidade de manobra da aeronave, projetada para operar em diferentes regimes orbitais.

A imagem foi capturada enquanto a aeronave realizava experimentos para garantir a saúde e segurança do veículo.

Além da fotografia, a missão OTV-7 está explorando tecnologias futuras para conscientização do domínio espacial e investigando os efeitos da radiação em materiais, incluindo a realização de um experimento com sementes da NASA, a chamada Seeds-2, que examinará o impacto da exposição à radiação no espaço.

A X-37B, que é construído pela Boeing, tem mantido um perfil discreto, já que suas operações permanecem envoltas em sigilo devido à sua natureza altamente classificada. Essa revelação de uma imagem da Terra é um marco, pois é a primeira foto oficial desta natureza liberada pelo Pentágono, e pode indicar uma mudança na maneira como a Força Espacial comunica suas atividades ao público.

Fonte: AEROIN

Crise na aviação brasileira: Acidentes aéreos disparam e 2024 bate recorde de tragédias

O último ano registrou um crescimento alarmante de desastres aéreos no país, com números que não eram vistos desde 2015


O Brasil vive um dos períodos mais críticos na segurança da aviação. Em 2024, o número de acidentes aéreos disparou, tornando-se o pior ano desde 2015. De acordo com os dados oficiais, foram 175 acidentes registrados, resultando em 44 mortes e cerca de 2.500 incidentes ao longo do ano. O aumento no índice de fatalidades também assusta: 86,3% a mais do que no ano anterior, quase o dobro das 107 mortes registradas em 2023.

Tragédias que marcaram o ano

Entre os acidentes mais impactantes, um dos que mais chocaram o país ocorreu em 9 de agosto, quando o voo 2283 da Voepass Linhas Aéreas caiu no município de Vinhedo, São Paulo, matando todas as 62 pessoas a bordo. O desastre foi o mais letal da aviação brasileira desde 2007, reacendendo debates sobre a segurança operacional no país.

Tendência de alta continua em 2025

Os primeiros meses de 2025 indicam que o problema persiste. Até fevereiro, já foram registrados 30 acidentes, incluindo 8 fatais, além de 247 incidentes e 14 incidentes graves. O número se mantém alarmantemente próximo ao mesmo período de 2024, quando 38 acidentes e 8 mortes já haviam sido contabilizados.

Principais causas dos acidentes

Especialistas apontam que falhas mecânicas e problemas técnicos lideram as causas de acidentes e incidentes. O mau funcionamento de motores foi responsável por 11 quedas registradas no último ano. Além disso, colisões com aves também preocupam, com 927 ocorrências desse tipo sendo reportadas em 2024. Outro fator relevante são as chamadas excursões de pista, quando aeronaves saem do trajeto durante decolagens ou aterrissagens, o que ocorreu sete vezes no ano passado.

São Paulo lidera os números

O estado de São Paulo foi o que mais concentrou ocorrências, com 706 incidentes e 31 acidentes. Além disso, a fase mais crítica do voo tem sido o cruzeiro, quando a aeronave já está estabilizada no ar. Esse momento do voo registrou 44 dos 175 acidentes do ano, enquanto a fase de pouso foi responsável por 39 casos.

Autoridades intensificam investigações

Diante da alta preocupante no número de desastres aéreos, órgãos responsáveis pela segurança da aviação intensificaram as investigações para entender as causas e buscar formas de conter o avanço desses números. Com um início de 2025 que já aponta um cenário semelhante ao do ano passado, a necessidade de medidas urgentes nunca foi tão evidente.

Fonte: ClickRDR

Força Aérea Brasileira garante segurança e vigilância aérea com inovações do DECEA

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), desempenha um papel crucial na garantia da segurança da navegação aérea. A organização reúne recursos humanos, equipamentos e infraestrutura com a missão de assegurar a segurança e a fluidez de mais de dois milhões de pousos e decolagens por ano.

É responsabilidade do DECEA dotar o País de um sistema de controle de tráfego aéreo integrado, sendo o único no mundo que utiliza a mesma estrutura para as atividades de controle de tráfego aéreo e defesa aérea.

Além disso, o Departamento também possui uma rede de radares e centros de controle espalhados geograficamente, que fornecem, em tempo real, o posicionamento de todas as aeronaves no território nacional.

Defesa Aérea a serviço da soberania e proteção do país

Os controladores de operações aéreas militares executam a vigilância do espaço aéreo 24 horas por dia, sete dias por semana, controlam a aeronave de alerta durante o voo e realizam a defesa aérea permanente das áreas de interesse nacional.

Todo esse esforço soma-se aos mecanismos já existentes na Força Aérea, que emprega radares, satélites e aeronaves com o objetivo de vigiar o espaço aéreo. Muitas dessas estruturas estão estrategicamente localizadas em áreas fronteiriças e têm como missão interceptar qualquer tipo de tráfego ilícito que possa transportar armas, contrabando ou drogas. Assim, impede-se o fluxo ilegal para o território brasileiro, evitando que ele atinja os grandes centros urbanos, o que representa uma das maiores contribuições da FAB em prol da segurança do País.

SALVAERO – Pronta resposta salva vidas

O Brasil se destaca na América do Sul e figura entre os países mais preparados para atender às vítimas de acidentes aeronáuticos e marítimos. Todos esses esforços combinados resultam em uma estrutura capaz de enfrentar os desafios diários do Serviço de Busca e Salvamento Aeronáutico.

Com atuação em uma área de 22 milhões de quilômetros quadrados, grande parte sobre o Oceano Atlântico e a Amazônia, o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR) tem como objetivo a localização e o socorro de ocupantes de aeronaves ou embarcações em perigo.

Para cumprir sua missão, o SISSAR tem como órgão central o DECEA, responsável pelo planejamento, normatização e supervisão da atividade.

Além dos militares capacitados, o SISSAR conta com aeronaves de tecnologia de ponta para o cumprimento da nobre missão de salvar vidas. Cabe ao Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC) verificar os sinais de alerta recebidos de ocupantes de aeronaves ou embarcações em situações de perigo e transmiti-los aos Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáuticos (ARCC), conhecidos como SALVAERO, situados nos Quatro Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA) – em Brasília (DF), Curitiba (PR), Recife (PE) e Manaus (AM) – ou aos Centros de Coordenação de Salvamento Marítimo (MRCC), conhecidos como SALVAMAR, que assumem a missão de prestar o serviço de busca e salvamento.

Todas as informações são criteriosamente analisadas e, confirmando a emergência, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é acionado para disponibilizar os meios aéreos responsáveis por executar a missão de Busca e Salvamento.

Tecnologia de ponta

O DECEA dispõe de modernos sistemas CNS/ATM (comunicação aeronáutica, navegação aérea, vigilância e gerenciamento de tráfego aéreo) estrategicamente distribuídos no território brasileiro, além de profissionais altamente qualificados para o planejamento, normatização, manutenção, fiscalização e operação das complexas redes de comunicação.

Nos últimos anos, a Força Aérea Brasileira, por meio do DECEA, tem modernizado sua infraestrutura com novos radares e a expansão da cobertura via satélite, melhorando a vigilância e a comunicação no espaço aéreo. Esses avanços proporcionam maior precisão no monitoramento e na resposta a situações críticas.

Atualmente, o DECEA opera uma rede de 7.079 equipamentos em todo o país, garantindo comunicação, navegação e vigilância aérea de forma contínua. Com uma disponibilidade operacional de 99,55%, esses sistemas são mantidos com altos padrões, assegurando a continuidade das operações, mesmo sob alta demanda.

“Os investimentos em tecnologia de ponta permitem à sociedade brasileira usufruir de um sistema de navegação aérea seguro, ágil, eficiente e alinhado às melhores práticas internacionais. Esses serviços são conduzidos por profissionais altamente capacitados e preparados para executar sua missão com excelência”, destacou o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

Fonte: FAB