Especialistas se reúnem no ICEA para elaboração do Relatório de Performance ATM

Documento é fundamental para a avaliação da eficiência e da segurança do gerenciamento de tráfego aéreo no Brasil


O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) recebeu, entre 3 e 7 de fevereiro, especialistas do DECEA, do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) e de organizações regionais do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) para a elaboração do Relatório de Performance ATM 2024.

O documento é fundamental para a avaliação da eficiência e da segurança do gerenciamento de tráfego aéreo no Brasil, consolidando dados operacionais e estatísticos sobre o desempenho do setor aéreo.

A iniciativa segue as diretrizes da Organização da Aviação Civil Internacional e busca aprimorar o tráfego aéreo por meio da gestão por performance através da análise de indicadores-chave.

Durante o encontro, os especialistas discutiram métricas relacionadas à pontualidade dos voos, capacidade do espaço aéreo, custo-benefício e eficiência operacional.

A compilação desses dados viabiliza a implementação de melhorias contínuas, alinhadas aos objetivos estratégicos do DECEA para a modernização da aviação civil e militar.

Segundo o Major Jean Pierre de Castro Benevides, “o relatório desempenha um papel essencial no monitoramento da performance do espaço aéreo brasileiro, possibilitando a tomada de decisões baseadas em dados concretos e alinhadas às melhores práticas internacionais”, disse. 

O oficial também destacou o comprometimento dos membros da equipe multidisciplinar em reunir as informações necessárias para a confecção do relatório.

A previsão é que o Relatório de Performance ATM 2024 seja publicado no dia 19 de fevereiro de 2025, contribuindo para a transparência e evolução do gerenciamento do espaço aéreo no Brasil.

Fonte: FAB

Atividade de Inspeção em Voo completa 66 anos no Brasil

Militares do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) atuam em prol da segurança dos voos no espaço aéreo brasileiro


Garantir a segurança das aeronaves em todas as fases de voo. É a partir desta premissa que os mais de 200 homens e mulheres do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), a unidade aérea do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), atuam diariamente ao aferir todos os sistemas de auxílio à navegação aérea, bem como os procedimentos de navegação aérea em uso no espaço aéreo brasileiro.

O dia 21 de fevereiro marca, desde 1959, a primeira inspeção em voo realizada no Brasil, com tripulação e aeronave nacionais. São 66 anos deste feito histórico e, ano após ano, acompanhando os avanços tecnológicos, o GEIV conduz com profissionalismo e alta qualidade as diversas missões nacionais e internacionais.

Somente em 2024, o Grupo realizou cerca de 1.400 horas de voos de inspeção e foi responsável pela aferição de 970 auxílios à navegação aérea. “Somos reconhecidos por executar uma das melhores e mais criteriosas inspeções em voo, sempre atendendo aos padrões estabelecidos pela Organização da Aviação Civil Internacional, o que credencia o Brasil em uma posição de destaque mundial no cenário da navegação aérea”, destacou o Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar Maurício Augusto Silveira de Medeiros.

Esta atividade essencial para a segurança dos aeroportos do Brasil é desempenhada pela equipe de inspeção do GEIV, composta por seis militares altamente treinados: um piloto-inspetor (PI), um piloto operacional de inspeção em voo (1P), um operador de sistema de inspeção em voo (OSIV), dois operadores de sistema de posicionamento de aeronave (OSPA) e um mecânico de voo (MEC). Juntos, eles inspecionam a execução de perfis de voo e a qualidade dos sinais de equipamentos de solo, além de verificarem os procedimentos em voo, fazendo análises, medições e, quando necessário, correções para que estes atendam aos parâmetros previstos.

Atualmente, a frota do GEIV é composta por oito aeronaves, sendo quatro do modelo Hawker 800 XP e quatro Legacy 500, denominadas na Força Aérea Brasileira (FAB) como IU-93-M e IU-50, respectivamente. As aeronaves-laboratório são equipadas com o sistema de inspeção em voo embarcado UNIFIS 3000, que avalia os sinais eletrônicos dos auxílios à navegação aérea. Os consoles instalados nesses aviões são frequentemente calibrados para que possam avaliar, com alto grau de precisão, os sinais emitidos pelos instrumentos de solo.

“Os voos de inspeção possuem algumas características específicas e demandam intenso treinamento e alta habilidade da tripulação envolvida. São realizados longos sobrevoos na mesma localidade, assim como a execução de manobras e passagens baixas sobre as pistas dos aeródromos. É através deste trabalho incansável que garantimos a precisão, a confiabilidade e a segurança para que todos possam voar”, explicou o Comandante do GEIV, Major Aviador Rodrigo Pereira Drumond.

História

A atividade de inspeção em voo no Brasil teve seu início em 1956, após a assinatura do projeto de Controle de Tráfego Aéreo (CONTRAF). Já no ano de 1958, formou-se a primeira tripulação operacional de inspeção em voo no País, quando foi adquirido o primeiro avião-laboratório. A primeira inspeção em voo em território nacional, com aeronave e tripulação da FAB, foi realizada em 21 de fevereiro de 1959, com o objetivo de verificar a adequação do sítio de Itaipuaçu, no Rio de Janeiro (RJ), para a instalação para instalação de um VOR, equipamento eletrônico usado na navegação aérea.

Fotos: DECEA

Fonte: FAB

Governo Federal e Embraer anunciam R$ 20 bilhões em investimentos no Brasil até 2030

Recursos serão investidos na produção de aeronaves e desenvolvimento de novas tecnologias


Em encontro com o ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, nesta quarta-feira (12/2), o CEO e presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, reforçou a decisão da empresa de investir, juntamente com o Governo Federal, R$ 20 bilhões no Brasil até 2030, para ampliar a produção de aviões e desenvolver novos produtos.

O plano também foi anunciado durante cerimônia do programa Nova Indústria Brasil, no Palácio do Planalto, para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e autoridades do Governo Federal.

A previsão de investimentos da Embraer inclui aumento da produção de aeronaves, expansão dos negócios em mercados internacionais e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, com o objetivo de reduzir os níveis de emissão de carbono da indústria aeronáutica. Um dos destaques é o eVTOL (veículo elétrico de decolagem e pouso na vertical), fabricado pela EVE, do grupo Embraer.

O ministro comemorou o valor dos investimentos apresentado pela Embraer e disse que isso reforça o pedido do presidente Lula para alavancar a indústria brasileira e retomar a competitividade do Brasil. “Esse anúncio vem para fortalecer a indústria brasileira e reforçar a importância da empresa nacional forte, com credibilidade dentro e fora do Brasil”, afirmou.

Já o CEO da Embraer afirmou que o programa Nova Indústria Brasil tem um papel essencial na retomada da competitividade do País e a parceria com a Embraer, e com toda a Base Industrial de Defesa, continuará sendo fundamental para incentivar as exportações de produtos brasileiros, assim como a geração de empregos qualificados e de renda, garantindo também o domínio de tecnologias críticas voltadas à soberania nacional”, disse Francisco Gomes Neto, CEO e Presidente da Embraer.

A Embraer atua na aviação comercial, executiva, agrícola e de defesa e segurança. A companhia brasileira projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer serviços e suporte a clientes no pós-venda. Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 9 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 150 milhões de passageiros. A empresa é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil.

Fonte: Agência Gov

Sindag sobe o tom contra drones agrícolas ilegais

Entidade solicitará aos órgãos de vigilância ambiental e agrícola dos Estados reforço no combate aos equipamentos que operam sem licença em lavouras e por pessoal não qualificado


O Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag) enviará na próxima semana ofícios a todos os órgãos de vigilância agrícola e ambiental dos Estados, solicitando apoio no combate aos drones ilegais operando no trato de lavouras. A medida foi anunciada na quinta-feira (13) pelo diretor-executivo da entidade, Gabriel Colle, em uma reunião virtual com associados que trabalham com aeronaves tripuladas, operadores de drones e membros que contam com as duas ferramentas para atender seus clientes.  O encontro foi para apresentar o Plano de Reestruturação da Associação de Drones à entidade – com uma série de ações para 2025.

Conforme estimativas do Sindag,  a maioria dos drones em operação nas lavouras do País não possuem sequer o registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O que é obrigatório tanto para prestadores de serviços quanto para agricultores que operam equipamentos próprios em suas lavouras. A subida de tom da entidade contra os ilegais busca barrar a concorrência desleal de operadores que atuam sem seguir as regras de segurança ambiental e de proteção às pessoas.

O uso de drones de pulverização é regulado principalmente pelo o Mapa e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Com o controle também de outros órgãos federais, que exigem por exemplo o registro do aparelho, que o operador seja maior de 18 anos e que tenha o Curso para Aplicação Aeroagrícola Remota (Caar) e tenha um responsável técnico Agrônomo ou engenheiro florestal.  Porém, a expectativa é de os Estados (que controlam o uso de agrotóxicos e a proteção ao meio ambiente) a estreitar a malha da rede de vigilância sobre a atividade. Por exemplo, com forças-tarefa para  comparar informações sobre compras de equipamentos com os dados de quem realmente registrou seus drones. Isso além de ir a campo para assegurar o cumprimento da lei nas propriedades rurais.

Semelhante à ação solicitada pelo Sindag ao Mapa em 2022 e que resultou, no Mato Grosso, em uma força-tarefa entre agentes do Ministério da Agricultura de vários Estados, Ibama e Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea-MT). Os órgãos miraram especialmente em fazendeiros que operavam aviões agrícola próprios mas também alugavam seus serviços para terceiros (o que é proibido). Mas cobrindo também desde as empresas de aviação agrícola até o manuseio e depósito de agrotóxicos dentro das propriedades.

MOBILIZAÇÃO: Colle apresentou o plano do Sindag em reunião virtual com empresários que trabalham com aeronaves tripuladas, operadores de drones e associados que contam com as duas ferramentas para atender seus clientes

OUTRAS FRENTES

Colle ressaltou que o reforço no controle vem sendo conversado ainda com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), para envolver os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas). O diretor operacional do Sindag, Cláudio Júnior Oliveira, que também participou da reunião dessa quinta, lembrou que a entidade aeroagrícola está articulando com o Ministério da Agricultura a obrigatoriedade das revendas de equipamentos também exigirem (ou mesmo fazerem) o cadastro dos drones agrícolas no ato da venda.  

Por parte dos associados presentes no encontro virtual, veio ainda a sugestão de enviar ofícios às cooperativas de crédito que financiam drones para lavouras. Neste caso, para que estas incluam em seus contratos cláusulas exigindo o registro dos aparelhos. Até para que o órgão financiador não tenha a alienação de um bem que possa estar sendo operado  ilegalmente.

O Sindag deve continuar na busca ativa para que mais empresas de drones se associem à entidade. Ao mesmo tempo em aposta em dar visibilidade no mercado a quem integra o quadro. Inclusive com a proposta de criação de um selo de associada. “Lembrando que o primeiro requisito pra ser sócio do Sindag é estar com a empresa em dia com a legislação”, destacou Gabriel Colle.

Outras ações anunciadas pelo dirigente na reunião desta quinta a elaboração de um catálogo de associadas, incentivar a participação das empresas em eventos do agro e criar (nas redes sociais do Sindag) uma série quinzenal com cases de sucesso do setor. O objetivo é, até o final do ano, aumentar para pelo menos 300 o número de operadores de drones entre os associados. Atualmente, o Sindag abrange 60 empresa de aeronaves remotamente operadas e 260 associados que operam aviões ou helicópteros agrícolas.

O Sindag foi a primeira entidade de aviação agrícola do planeta a abranger empresas de drones de pulverização em seu rolde associadas. Isso em 2017 e entre instituições congêneres dos Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Argentina México, Uruguai e outros países com tradição no setor. Justamente com foco em ajudar a desenvolver o mercado de forma ordenada e contribuir com a regulação da ferramenta – junto com o Mapa e Anac.

Fonte: Agrolink

Cientistas russos propoem tecnologia para reduzir a fadiga do metal em até seis vezes, beneficiando a aviação

Pesquisadores da Universidade Politécnica Nacional de Pesquisa de Perm (PNRPU) e do Instituto de Mecânica Contínua do Ramo Ural da Academia Russa de Ciências descobriram um método inovador que pode aumentar a vida útil do metal em até seis vezes, especificamente para peças de motores de turbinas a gás e componentes de oleodutos e gasodutos. A informação foi divulgada pela assessoria de imprensa da PNRPU.

Durante sua operação, esses produtos enfrentam altas cargas que levam à formação de microfissuras na superfície do material, resultando na deterioração das peças. Para conter essa degradação, os pesquisadores propuseram uma abordagem de metalurgia por meio do uso de laser.

“O endurecimento por impacto a laser permite restringir o desenvolvimento de microfissuras, prolongando significativamente a vida útil da peça. Cientistas do PNRPU e do Instituto de Mecânica do Contínuo determinou o regime de processamento sob o qual a vida útil do produto aumenta em seis vezes,” informa o comunicado.

O processo envolve a radiação laser pulsada de alta energia, que, ao impactar o material, altera sua microestrutura e forma uma camada endurecida de até 1 mm de espessura. Essa tecnologia foi desenvolvida em um complexo de pesquisa no Instituto de Mecânica Contínua do Ramo Ural, que permite o processamento em série de peças industriais.

Os pesquisadores conseguiram estabelecer um modo de tratamento que possibilita aumentar a carga operacional externa nas peças de 10 kN para 16,5 kN, sem reduzir a vida útil em situações de fadiga. “Os resultados do estudo podem ser valiosos para a criação de produtos industriais duráveis e confiáveis”, explicou a universidade.

Este projeto de pesquisa foi apoiado pela Fundação Russa de Ciência, destacando a importância da colaboração entre instituições acadêmicas e de pesquisa e a aplicabilidade prática de suas descobertas na indústria.

Fonte: AeroIn

Controlador deixa dois aviões “cara a cara” em aeroporto da Califórnia e causa confusão

Uma pequena confusão aconteceu no Aeroporto de San Diego, quando uma aeronave acabou indo de encontro com a outra em solo, e elas ficaram “presas”.

Na semana passada, a cidade de San Diego, assim como todo o sul da Califórnia, teve vários problemas causados pelas tempestades na região. No dia 7 de fevereiro, um Airbus A350 da Lufthansa pousou pela cabeceira 09 do aeroporto, que raramente é usada já que os ventos na cidade favorecem o uso da pista 27, onde os aviões sobrevoam o centro, como é mostrado na foto que ilustra esta reportagem.

Porém, quando a cabeceira precisa ser trocada, a situação costuma ficar um pouco mais caótica, já que o Aeroporto de San Diego é o mais movimentado dos EUA dentre aqueles que possuem apenas uma única pista.

No caso do dia 7, o controlador (provavelmente habituado a aviões menores já que apenas a Lufthansa, British Airways e JAL operam com aviões de grande porte no aeroporto) contou que o A350 da aérea alemã iria sair da pista pela taxiway C3 ou C2, mas o tamanho da aeronave permitiria uma saída apenas pela B1, mais ao final do aeroporto.

Ali existia um Airbus A320 da JetBlue já no ponto de espera da taxiway D com a B1, o que fez com que o A350 ficasse “cara a cara” com ele, o que seria esperado já pelo controlador, porém ele não contava que o jato da Lufthansa fosse muito grande e não teria espaço para passar pela taxiway B em frente ao A320.

Com isso, o A350 da Lufthansa ficou parado num ponto que não permitia que o A320 saísse, e também nem que ele mesmo passasse para seguir até o terminal de passageiros.

Para resolver a situação, foi necessário esperar por quase meia hora para que um veículo trator (pushback) da JetBlue chegasse na pista de táxi, e empurrasse o jato um pouco para trás para permitir a passagem do A350.

Enquanto isso, as aeronaves alternavam entre decolagens pela 27 e pousos pela 09, já que, apesar dos ventos contrários, a visibilidade era melhor por esta cabeceira. Um verdadeiro caos se formou no aeroporto, com dois aviões arremetendo e vários atrasos, e a conversa entre os pilotos e controladores foi captada pelo canal VASAviation:

Fonte: AeroIn

Anac abre consulta setorial sobre simuladores de raios X e sistemas de projeção de ameaças

Contribuições para a proposta poderão ser enviadas até 28/3 pelo portal Participa+Brasil


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) inicia nesta terça-feira, 11 de fevereiro, a Consulta Setorial Nº 2/2025, sobre a Instrução Suplementar (IS) nº 110-004A, intitulada “AVSEC – Recursos auxiliares à instrução: simuladores e outros recursos”.  

A proposta tem como objetivo detalhar os meios aceitáveis para o cumprimento dos requisitos referentes a simuladores de equipamentos de raios X e sistemas de projeção de imagens de ameaças (TIP), fundamentais para a capacitação de Agentes de Proteção da Aviação Civil (Apac) que atuam em aeroportos e demais prestadores de serviço do setor. 

Como participar da consulta 

O texto da proposta pode ser acessado na plataforma Participa+Brasil. As contribuições poderão ser enviadas até o dia 28 de março, por meio de formulário eletrônico. 


Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Governo Federal e Embraer anunciam R$ 20 bilhões em investimentos no Brasil até 2030

Recursos serão investidos na produção de aeronaves e desenvolvimento de novas tecnologias


Em encontro com o ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, nesta quarta-feira (12/2), o CEO e presidente da Embraer, Francisco Gomes Neto, reforçou a decisão da empresa de investir, juntamente com o Governo Federal, R$ 20 bilhões no Brasil até 2030, para ampliar a produção de aviões e desenvolver novos produtos.

O plano também foi anunciado durante cerimônia do programa Nova Indústria Brasil, no Palácio do Planalto, para o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e autoridades do Governo Federal.

A previsão de investimentos da Embraer inclui aumento da produção de aeronaves, expansão dos negócios em mercados internacionais e desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, com o objetivo de reduzir os níveis de emissão de carbono da indústria aeronáutica. Um dos destaques é o eVTOL (veículo elétrico de decolagem e pouso na vertical), fabricado pela EVE, do grupo Embraer.

O ministro comemorou o valor dos investimentos apresentado pela Embraer e disse que isso reforça o pedido do presidente Lula para alavancar a indústria brasileira e retomar a competitividade do Brasil. “Esse anúncio vem para fortalecer a indústria brasileira e reforçar a importância da empresa nacional forte, com credibilidade dentro e fora do Brasil”, afirmou.

Já o CEO da Embraer afirmou que o programa Nova Indústria Brasil tem um papel essencial na retomada da competitividade do País e a parceria com a Embraer, e com toda a Base Industrial de Defesa, continuará sendo fundamental para incentivar as exportações de produtos brasileiros, assim como a geração de empregos qualificados e de renda, garantindo também o domínio de tecnologias críticas voltadas à soberania nacional”, disse Francisco Gomes Neto, CEO e Presidente da Embraer.

A Embraer atua na aviação comercial, executiva, agrícola e de defesa e segurança. A companhia brasileira projeta, desenvolve, fabrica e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer serviços e suporte a clientes no pós-venda. Desde sua fundação, em 1969, a Embraer já entregou mais de 9 mil aeronaves. Em média, a cada 10 segundos uma aeronave fabricada pela Embraer decola de algum lugar do mundo, transportando anualmente mais de 150 milhões de passageiros. A empresa é líder na fabricação de jatos comerciais de até 150 assentos e a principal exportadora de bens de alto valor agregado do Brasil.

Fonte: Agência Gov

Greve geral cancela mais de 400 voos na Europa

Controladores de tráfego aéreo da Bélgica aderiram a uma greve geral contra reformas previdenciárias


Mais de quatrocentos voos foram cancelados nesta quinta-feira (13), devido a uma greve geral de trabalhadores da Bélgica, aderida também por controladores de tráfego aéreo, que são contra reformas previdenciárias propostas pelo governo local.

Anunciado na última segunda-feira (10), o movimento também causou o fechamento do espaço aéreo belga até 7.500 metros acima do nível do mar. Ele é liderado por três dos principais sindicatos do país e envolve trabalhadores dos correios, transporte público e coleta de resíduos.

Devido à greve dos controladores de tráfego aéreo em 13/02 e ao fechamento do espaço aéreo, todos os voos sobre a Bélgica e no aeroporto de Bruxelas estão cancelados das 06h45 às 22h15 de 13/02 (no horário local). Nenhum voo partirá durante todo o dia. Passageiros impactados serão notificados por suas companhias aéreas“, disse a empresa que administra o principal aeroporto de Bruxelas (BRU), o principal da Bélgica.

Fonte: Aero Magazine

Força Aérea amplia suprimentos de telecomunicações com contrato global

A confiabilidade das comunicações aeronáuticas é essencial para a segurança e eficiência do tráfego aéreo. Com esse objetivo, o Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) celebrou seu primeiro contrato internacional, firmando um acordo estratégico com a ATC Systems International LTD para o fornecimento continuado de materiais de comunicação aeronáutica. A iniciativa fortalece a infraestrutura do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e assegura a disponibilidade de recursos essenciais para a operação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA).

O impacto do contrato na infraestrutura de comunicações aeronáuticas

A modernização dos sistemas de telecomunicações aeronáuticas é um fator determinante para a segurança dos voos e a eficiência do tráfego aéreo. O contrato firmado pelo PAME-RJ com a ATC Systems International LTD prevê a aquisição contínua de equipamentos fabricados pela Indra Park Air, uma das líderes globais no setor de tecnologia para controle do espaço aéreo.

Esses equipamentos serão fundamentais para a manutenção e atualização do Serviço Móvel Aeronáutico (SMA), garantindo a qualidade e confiabilidade das comunicações entre pilotos e centros de controle de tráfego aéreo. Além disso, o fornecimento contínuo desses materiais permitirá um recompletamento estratégico dos estoques, evitando desabastecimentos e assegurando a operacionalidade do SISCEAB.

A gestão eficiente desses recursos pelo PAME-RJ reflete diretamente na capacidade do Brasil de manter sua infraestrutura aeronáutica em conformidade com os padrões internacionais, fortalecendo sua posição no cenário global da aviação.

A relevância do contrato para o DECEA e a FAB

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), órgão responsável pela gestão e fiscalização do tráfego aéreo no Brasil, depende de um fluxo contínuo de suprimentos tecnológicos para garantir a segurança operacional. O novo contrato firmado pelo PAME-RJ garante que os estoques essenciais sejam mantidos de forma eficiente, evitando interrupções nos serviços de telecomunicações aeronáuticas.

Com vigência inicial de dois anos e possibilidade de renovação por até uma década, a parceria com a ATC Systems International LTD proporciona um planejamento de longo prazo para a FAB. Esse modelo de aquisição permite maior previsibilidade financeira e logística, garantindo que a reposição de materiais ocorra de maneira planejada e alinhada às necessidades operacionais do DECEA.

Além da importância para o tráfego aéreo nacional, essa iniciativa fortalece a interoperabilidade do Brasil com outros países, pois o uso de equipamentos padronizados e modernos facilita a comunicação entre aeronaves civis e militares, tanto em território nacional quanto em operações internacionais.

O PAME-RJ e sua evolução na gestão de aquisições internacionais

O Parque de Material de Eletrônica da Aeronáutica do Rio de Janeiro (PAME-RJ) tem um papel essencial dentro da estrutura da Força Aérea Brasileira, sendo responsável pela gestão, manutenção e aquisição de equipamentos eletrônicos de aviação. Com a assinatura desse contrato, a unidade alcança um marco inédito ao consolidar sua capacidade de realizar aquisições no mercado internacional.

Esse pioneirismo demonstra a evolução do PAME-RJ na administração de processos logísticos complexos e reforça sua importância dentro da cadeia de suprimentos da FAB. A unidade passa a atuar como um elo estratégico na modernização da infraestrutura aeronáutica nacional, garantindo que os sistemas de telecomunicações estejam sempre atualizados e alinhados às demandas do setor.

Além de otimizar os processos de aquisição, esse avanço também abre portas para futuras parcerias internacionais, consolidando o PAME-RJ como referência na gestão de suprimentos eletrônicos para o setor aeronáutico.

Fonte: FAB