Preço do combustível de aviação no Brasil é altamente dependente do dólar, aponta CNT

O querosene de aviação (QAV), combustível responsável por 99% do consumo da aviação comercial brasileira, representa hoje cerca de 36% dos custos operacionais das companhias aéreas — valor acima da média global, que gira em torno de 31%. A informação consta de um estudo inédito divulgado nesta quinta-feira (31) pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), que detalha os principais fatores que influenciam o preço do combustível no Brasil.

De acordo com o levantamento Caracterização da Cadeia de Produção e Comercialização de Querosene de Aviação no Brasil, o preço do QAV é fortemente impactado pelo valor do petróleo, pela cotação do dólar, pela concentração da produção e distribuição e por gargalos logísticos estruturais.

Dependência externa e estrutura concentrada elevam custos

Apesar da produção nacional ter atingido 5,86 bilhões de litros em 2024 — recuperando o volume após a pandemia — o Brasil ainda depende da importação de QAV para suprir a demanda. Entre 2000 e 2024, em média, 17,4% da oferta total (consumo aparente) foi atendida por combustível refinado no exterior.

Essa dependência é agravada pela infraestrutura logística limitada. Apenas dois aeroportos no país, Guarulhos (SP) e Galeão (RJ), contam com dutos ligados diretamente a refinarias. Em todos os demais, o abastecimento é feito por caminhões-tanque, o que aumenta o custo e o risco de falhas operacionais.

Além disso, a concentração do setor é alta: apenas duas refinarias foram responsáveis por 96,6% da produção de QAV no Brasil em 2024, enquanto duas distribuidoras dominaram 80,8% do mercado. A Petrobras segue como principal refinadora, e as empresas Vibra Energia, Raízen e Air BP Brasil detêm juntas 98% da distribuição.

Demanda tem pouco efeito sobre o preço

Segundo o estudo, o preço do QAV não está diretamente ligado à demanda — como número de voos ou volume de vendas —, mas sim a fatores estruturais e externos. Um dos destaques é o míssil da concorrência com o óleo diesel dentro das refinarias, pois ambos derivam das mesmas frações do petróleo e competem por capacidade de produção.

Outro fator histórico foi a política de Preço de Paridade de Importação (PPI), em vigor de 2016 a 2023, que atrelava os preços internos aos valores internacionais. Embora o fim do PPI tenha dado maior flexibilidade ao mercado, gargalos logísticos e alta carga tributária ainda impedem uma redução expressiva nos custos.

CNT propõe caminhos para tornar o mercado de QAV mais eficiente

A pesquisa também apresenta uma série de propostas para melhorar o ambiente regulatório e logístico do setor. Entre as medidas sugeridas pela CNT estão:

  1. Redução da carga tributária sobre o QAV, como forma de baratear o transporte aéreo e estimular a conectividade nacional.
  2. Fortalecimento da regulação com maior transparência na formação de preços e ampliação da concorrência na cadeia de refino e distribuição.
  3. Investimentos em infraestrutura logística, como ampliação de tancagens, dutos e terminais portuários para armazenar e transportar o combustível de forma mais eficiente.
  4. Gestão de custos pelas companhias aéreas, por meio de estratégias internas como otimização de rotas e aumento da eficiência operacional.

Transição para combustíveis sustentáveis ainda enfrenta desafios

O futuro da aviação, segundo o relatório, passa pela adoção dos Combustíveis Sustentáveis de Aviação (SAF), que podem reduzir em até 80% as emissões de gases de efeito estufa. No entanto, o alto custo — até quatro vezes maior que o do QAV convencional — ainda é um grande obstáculo para sua implementação em larga escala.

Para Fernanda Rezende, diretora executiva interina da CNT, o estudo é um marco para o setor. “Além de ampliar a transparência sobre o principal insumo do transporte aéreo, o estudo oferece subsídios para políticas públicas, decisões empresariais e investimentos. Entender o preço do QAV é compreender os rumos da aviação brasileira”, afirma.

Fonte: Aeroin

Anac lança manual inédito sobre prevenção e combate ao tráfico de pessoas na aviação

Publicação marca o Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e se integra à nova campanha do projeto Liberdade no Ar, coordenado pela Asbrad e MPT


No dia 30 de julho, Dia Mundial de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) apresentou, durante o evento Campanha Coração Azul, em Campinas (SP), uma importante ferramenta na luta contra esse crime: o Manual de Prevenção e Combate ao Tráfico de Pessoas na Aviação, uma iniciativa inédita coordenada pela Anac em parceria com o Grupo Regional sobre Segurança da Aviação e Facilitação da América do Norte, Caribe e América do Sul (NAM/CAR e SAM), com a Organização da Aviação Civil Internacional (Oaci) e com a Comissão Latino-Americana de Aviação Civil (Clac). O objetivo do manual é promover a segurança e a facilitação da aviação civil na região. 

A publicação foi elaborada por um grupo de trabalho composto por representantes técnicos das autoridades de aviação civil de oito países das Américas: Belize, Bolívia, Estados Unidos, Panamá, Paraguai, Uruguai e Venezuela, sob a coordenação do Brasil, além de instituições internacionais como a Associação Internacional de Transportes Aéreos (Iata), os escritórios regionais da Oaci, Clac e da Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude (Asbrad).  

“A aviação é um dos principais meios utilizados por organizações criminosas para transportar vítimas. Por isso, é essencial preparar os profissionais do setor para identificar situações suspeitas e agir com responsabilidade”, adverte Werllen Andrade, gerente de Segurança Cibernética e Facilitação da Anac.   

Além de reunir fundamentos legais internacionais e diretrizes da Oaci, o manual apresenta protocolos de observação e procedimentos a serem seguidos para identificar situações de tráfico de pessoas e exemplos práticos de atuação nos aeroportos. O material técnico é direcionado aos profissionais da aviação civil e o acesso será divulgado diretamente às empresas do setor como material complementar ao curso de Prevenção ao Tráfico de Pessoas e Trabalho Escravo, fornecido de forma gratuita e online pela Anac

Simultaneamente, também foi lançada a nova campanha do projeto Liberdade no Ar, uma iniciativa do Ministério Público do Trabalho (MPT), realizada este ano em parceria com a Anac e a Asbrad. Trata-se de um projeto que reúne, desde 2019, instituições do setor aéreo, governo, organizações da sociedade civil, universidades e agências das Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de sensibilizar e informar a população sobre os riscos e as armadilhas do tráfico de pessoas. 

Neste ano, a campanha está focada especialmente na sensibilização de possíveis vítimas ao se reconhecerem na multiplicidade de perfis que podem ser abordados por aliciadores. A ideia é que cada pessoa possa se reconhecer nos alertas e buscar ajuda. As peças da campanha estão em exibição nos aeroportos do país e nas redes sociais da Anac, MPT e Asbrad.  

Baixe o material da campanha.

Parceria com a Asbrad 

A Anac e a Asbrad realizaram juntas, em junho deste ano, o primeiro workshop sobre Prevenção e Combate ao Tráfico de Pessoas na Aviação Civil, no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). A atividade integrou o Projeto “Liberdade no Ar” e capacitou profissionais do setor aéreo sobre reconhecimento de sinais e procedimentos de resposta a casos suspeitos, em alinhamento com o Protocolo de Palermo e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. O treinamento, oferecido em dois turnos, preparou agentes de proteção da aviação civil para identificar possíveis vítimas e prevenir ocorrências nos aeroportos. Um curso semelhante está disponível no Portal de Capacitação da Anac.   

Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Campo de Marte recebe maior feira da aviação de negócios da América Latina

Com jatos executivos campeões de venda, helicópteros de alta performance e novíssimos veículos voadores elétricos, Labace 2025 espera superar os 18 mil visitantes e os US$ 300 milhões gerados na edição anterior


Desta terça-feira (5) até quinta (7), São Paulo será a capital global de tudo que voa pilotado pelo ser humano. A 20ª edição da Latin American Business Aviation Conference & Exhibition (Labace) ocorre no Aeroporto Campo de Marte. Com uma área de exposição ampliada para mais de 110 mil metros quadrados, o evento reúne gigantes do setor, apresentando inovações em aeronaves, tecnologias avançadas e serviços que mostram o Brasil como o segundo maior mercado de aeronaves executivas do mundo.

A mudança para o Campo de Marte marca uma nova etapa para a Labace, com um espaço quase três vezes maior que nas edições anteriores. Com a pista ao lado, serão permitidas demonstrações de voo e até a chegada de visitantes em suas próprias aeronaves. Organizada pela Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), a feira espera superar os 18 mil visitantes da última edição e os US$ 300 milhões em negócios gerados.

Quase todos os fabricantes de modelos executivos e de aviação geral estarão presentes com seus representantes locais e equipes de vendas, além de fornecedores de serviços e soluções tecnológicas.

Labace – Latin American Business Aviation Conference & Exhibition: 5 a 7 de agosto de 2025
Onde: aeroporto Campo de Marte | Av. Santos Dumont, 2241 – Santana, São Paulo/SP
Para mais informações acesse o site oficial: https://labace.com.br/

Fonte: Money Report

IATA divulga relatório com dados completos do transporte aéreo mundial em 2024

A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) publicou nesta segunda-feira (4), em Genebra, a nova edição das Estatísticas Mundiais de Transporte Aéreo (WATS), revelando os números globais da aviação comercial em 2024. Com informações coletadas de mais de 240 companhias aéreas, o levantamento oferece uma visão abrangente do setor.

DA REDAÇÃO com agências internacionais

O documento detalha indicadores como demanda e capacidade de passageiros e cargas, análise da frota global, desempenho financeiro, uso de aeronaves e rotas mais movimentadas no planeta. O destaque vai para o crescimento das classes premium, que superaram a classe econômica em diversas regiões.

Crescimento das classes premium reforça tendência de luxo no transporte aéreo

As viagens internacionais em executiva e primeira classe aumentaram 11,8% em 2024, somando 116,9 milhões de passageiros – o equivalente a 6% do total. Enquanto isso, as viagens econômicas cresceram 11,5%, mostrando que o segmento de alto padrão segue em expansão.

A Ásia-Pacífico liderou em crescimento de passageiros premium, com 22,8%, seguida por Europa, América Latina, Oriente Médio e América do Norte. O Oriente Médio registrou a maior proporção de passageiros premium: 14,7%.

Rotas e aeronaves mais utilizadas no transporte aéreo mundial em 2024

A rota Jeju-Seul (CJU-GMP), na Coreia do Sul, liderou o ranking com 13,2 milhões de passageiros. Já na América Latina, o trajeto Bogotá-Medellín (BOG-MDE) foi o mais movimentado, enquanto JFK-LAX liderou na América do Norte.

Entre as aeronaves, o Boeing 737 foi a mais usada globalmente, com 10 milhões de voos e 2,4 trilhões de assentos-quilômetros disponíveis (ASKs). Airbus A320 e A321 completaram o pódio, com crescimento significativo nos últimos 12 meses.

Acesse o relatório AQUI

Fonte: Diário do Turismo

FAA alerta sobre uso de titânio não aprovado em “pequenas turbinas eólicas” do Boeing 787

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos tomou medidas após descobrir que alguns encaixes das “Ram Air Turbines” (RAT) do Boeing 787 foram fabricados com titânio inferior, que pode estar sujeito a falhas.

A agência emitiu um aviso de proposta de norma que, se aprovada, exigiria que as companhias aéreas inspecionassem os encaixes. Apenas nove aeronaves 787, incluindo os modelos 787-9 e 787-10, seriam afetadas pela medida.

A RAT é uma pequena turbina eólica que se aciona automaticamente em emergências para gerar energia elétrica e hidráulica usando o ar que entra em alta velocidade durante o voo, garantindo funcionamento de sistemas essenciais caso haja perda total de energia.

No ano passado, surgiram relatos de que algumas aeronaves da Boeing e da Airbus continham titânio não aprovado, proveniente da China e fornecido pela Spirit AeroSystems, que fabrica fuselagens e componentes relacionados para ambos os fabricantes. A Boeing monta os 787 em sua instalação em North Charleston, Carolina do Sul.

Esses relatos vieram à tona em um contexto onde a indústria aeroespacial e outras empresas estavam correndo para encontrar novas fontes de titânio, devido a escassez resultante de sanções ocidentais contra a Rússia, que historicamente tem sido um dos principais fornecedores desse metal.

O novo regulamento proposto pela FAA foi motivado por relatórios que indicam que as notificações de vários fornecedores alertaram sobre a possibilidade de que os revestimentos frontais das turbinas foram fabricados com uma liga de titânio incorreta.

O documento, publicado em 28 de julho afirma que o material de titânio possivelmente utilizado é uma liga de grau 1 ou 2, que é um titânio comercialmente puro e não ligado, apresentando propriedades de resistência, fadiga e tolerância a danos significativamente reduzidas em comparação com a liga de grau 5 Ti-6Al-4V que deveria ter sido utilizada.

A FAA não especifica como o metal não aprovado acabou nos jatos nem nomeia o fornecedor. A FAA alerta que os revestimentos produzidos com o titânio não aprovado “podem falhar quando a RAT for acionada“, deixando as aeronaves sem energia de reserva. Além disso, as turbinas poderiam se desprender e cair da aeronave.

Fonte: Aeroin

Mulheres contam por que querem ser piloto na aviação comercial

A Latam, que realiza o programa de worshops Proa Direta, informa que tem contratado mais mulheres para a carreira de piloto


Para ter uma conversa aberta com interessados em seguir a carreira de piloto de aviação comercial, a Latam, maior companhia aérea da América Latina, realizou domingo, no Aeroporto Internacional de Florianópolis, Santa Catarina, o workshop Latam Proa Direta. Durante dois turnos, o piloto-chefe da companhia, Sandro Francisco da Silva, e outros pilotos ministraram o evento, que teve 145 participantes, sendo 20% mulheres. Três candidatas falaram por que estão motivadas a abraçar essa carreira.

– Eu não estou pilotando ainda. Comecei agora comecei agora essa curiosidade e estou prestes a comprar as horas de voo. A vontade de me tornar pilota veio porque também desejei ser comissária de voo e consegui. Realizei esse sonho e, agora, veio a vontade e de ser piloto. Entramos nesse mundo e vamos vendo como é, conhecemos melhor e vamos procurando crescer. Para mim, a alternativa para crescer, agora, é a carreira de piloto – afirma Tairini Campos, visitante no evento em Florianópolis.

Sobre o workshop Proa Direta, ela disse que achou “incrível”. É algo que o mercado precisa para pessoas interessadas saberem como e a carreira de piloto. Segundo ela, esse evento da Latam mostra o olhar da empresa que contrata os pilotos, por isso é muito importante.  

– Eu acho que este evento traz uma esperança maior para nós, mulheres, e uma vontade maior de que isso vire realidade. Então, saio daqui hoje com uma vontade de me tornar pilota ainda maior do que eu já estava – destacou Tairini Campos.

O evento de domingo foi ministrado pela Latam em parceria com a escola de formação de pilotos VoeFloripa, de Florianópolis. Uma das alunas da escola que participaram foi a Marimelia Martins, que faz curso de comissária de bordo.

-Eu sou advogada criminalista há 15 anos, só que, desde criança, eu tive o sonho de estar na aviação. Então, resolvi fazer a transição de carreira agora, perto dos meus 40 anos, e foi quando eu conheci a VoeFloripa. Inicialmente comecei o curso pensando em me tornar comissária, mas como não conhecia o programa eu vim neste evento de piloto e acabei me apaixonando também.

Esse evento foi muito importante porque eu acredito que muitos talvez não tivessem tanta noção de como é a vida do piloto – talvez pudessem estar fantasiando ou não – ou até achassem que fosse um sonho muito distante, e também não é – afirmou Marimelia Martins.

A advogada comentou que achou mais interessante quando pilotos contaram como foi a vida deles nessa carreira, como foram os nãos que ouviram. Depoimentos assim aproximam os candidatos do sonho. Ela observa que muitas pessoas veem o avião como algo distante para pilotar, quando, na verdade, precisa mais de disciplina. O workshop foi explicativo e motivacional.

– Comecei a voar há um ano, dei uma pausa e voltei agora. Eu pretendo seguir a carreira na linha aérea e, para mim, esse evento foi muito legal de participar. Isso porque além de todo o conhecimento acho que a motivação para continuar, o incentivo, te deixa com mais gás para seguir. Às vezes, há momentos em que a gente para de acreditar porque está difícil. Mas ver pessoas que chegaram aonde eles chegaram falando que é possível é uma motivação para continuar – afirmou Pietra Machado de Souza, também aluna da VoeFloripa.

Para ser piloto é preciso gostar muito de aviação e se preparar dentro das necessidades de mercado. É necessário fazer um curso privado e horas de voo, o que não é barato. Uma das escolhas do Sul do país é a VoeFloripa, de Florianópolis, fundada por pilotos e que ministra aulas práticas em aviões Sesna e outros.

Pelas informações de mercado, o preço do curso para pilotar vai de R$ 110 mil até R$ 400 mil. Isso inclui número variável de horas de voo.

Os salários da categoria são acima da média de outras carreiras, mas nada exorbitante no início. De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA), o salário inicial para pilotos de jatos e aeronaves bimotor turbo-hélice é de R$ 11.122,70. Mas profissionais experientes podem receber até mais de R$ 22 mil mensais. Para pilotar outras aeronaves de aviação regular o piso salarial é R$ 6.372,56. A Latam tem feito esses workshops em cidades que têm escolas de aviação.

Antonietas

Antonietas é um projeto da NSC que tem como objetivo dar visibilidade a força da mulher catarinense, independente da área de atuação, por meio de conteúdos multiplataforma, em todos os veículos do grupo. Saiba mais acessando o link.

Fonte: NSC Total

Nova turma do curso Relações de Consumo no Setor Aéreo começa em 2/9

Inscrições para o curso online, realizado em parceria com a Senacon, estarão abertas de 29/7 a 25/8


AAgência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça e Segurança Pública promoverão, a partir de 2 de setembro, mais uma edição do curso Relações de Consumo no Transporte Aéreo. O período de inscrições vai de 29 de julho a 25 de agosto, exclusivamente pelo site da Escola Nacional de Defesa do Consumidor (ENDC)

As relações de consumo são a temática principal da capacitação, com foco no transporte aéreo de passageiros. Temas como o papel da Anac e os direitos e deveres dos passageiros são tratados por meio da cooperação e do intercâmbio entre a Agência e o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC). 

O curso tem como público prioritário os membros do SNDC, mas qualquer interessado pode se inscrever. O conteúdo também é útil para o setor regulado, pesquisadores do setor aéreo e usuários da aviação comercial. 

A capacitação, 100% online, consiste de aulas gravadas por servidores da Anac e disponibilizadas na plataforma da Senacon. A carga horária de 40h será dividida nos seguintes módulos: 

  • Módulo 1: a regulação dos serviços de transporte aéreo no Brasil; 
  • Módulo 2: antes da viagem; 
  • Módulo 3: durante a viagem; 
  • Módulo 4: depois da viagem; 
  • Módulo 5: acessibilidade. 

Os concluintes receberão certificado digital emitido pela Universidade de Brasília (UnB) em parceria com a ENDC. 

Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Aeroporto de Brasília promove ação de conscientização contra o tráfico de seres humanos

Na quarta-feira, 30 de julho, em alusão ao Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas, a Inframerica, que administra o Aeroporto de Brasília, organizou uma ação especial de conscientização no terminal.

A atividade foi realizada em colaboração com a Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) e a Organização Internacional para Migrações (OIM), com o objetivo de informar os passageiros sobre os riscos e sinais associados ao tráfico humano.

A ação ocorreu entre 6h e 11h, em frente ao embarque doméstico, e contou com a presença da Gerência de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Apoio ao Migrante (Getpam).

Os representantes da Sejus-DF interagiram diretamente com os passageiros, distribuindo materiais informativos da campanha Coração Azul, uma iniciativa global de combate ao tráfico de pessoas, além de gibis da Turma da Mônica e da Turma da Mônica Jovem que abordam o tema de forma lúdica e acessível.

Além das atividades no saguão do terminal, a equipe de atendimento ao público do aeroporto recebeu capacitação específica para identificar comportamentos suspeitos e agir de maneira eficaz, acionando as autoridades competentes quando necessário.

Durante o treinamento, os funcionários aprenderam a observar sinais como medo excessivo, ansiedade, submissão, ferimentos visíveis, cansaço extremo e vestimentas inadequadas ao clima.

Também foram instruídos a formular perguntas simples sobre o destino final da viagem e quem irá receber a pessoa ao chegar, uma vez que muitos indivíduos em situação de tráfico desconhecem seu destino.

O combate ao tráfico de pessoas é uma das diretrizes permanentes de segurança e responsabilidade social do Aeroporto de Brasília. Todos os profissionais credenciados no terminal participam de cursos obrigatórios de segurança que incluem módulos sobre identificação de situações atípicas, como o tráfico humano.

A colaboração dos passageiros é essencial para o sucesso dessas ações. Situações que envolvam pessoas visivelmente desconfortáveis, sem documentação ou que evitem contato visual devem ser comunicadas à equipe do aeroporto ou à Polícia Federal. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos canais Disque 100 ou Disque 180, disponibilizados pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

Para ampliar o alcance da campanha, o Aeroporto de Brasília também publicou um vídeo em suas redes sociais, produzido em parceria com a Polícia Federal, que orienta sobre os principais sinais de tráfico humano e como proceder em caso de suspeitas.

O tráfico de pessoas no Brasil é um problema sério que afeta especialmente indivíduos em situação de vulnerabilidade, como migrantes, mulheres e pessoas com condições socioeconômicas precárias.

De acordo com o Relatório Nacional sobre Tráfico de Pessoas de 2024, os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS) registraram 362 atendimentos a vítimas do crime, com 57,2% sendo homens e 42,8% mulheres. No Ministério da Saúde, que trata de casos relacionados à violência sexual e exploração, foram contabilizados 304 atendimentos, com 62,8% de mulheres e 37,2% de homens.

Os dados mostram que o tráfico de pessoas é um problema presente em todo o país, com o Disque 100 registrando, em média, mais de um caso por dia. Somente no Distrito Federal, em 2024, oito vítimas foram atendidas pela rede de proteção.

Fonte: Aeroin

Senacon promove curso em parceria com a Anac com foco no transporte de passageiros

Aulas começam em 2 de setembro. Inscrições para a capacitação on-line sobre relações de consumo na aviação estão abertas até 25 de agosto, pelo site da ENDC


A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), em parceria com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), promoverá, a partir de 2 de setembro, mais uma edição do curso Relações de Consumo no Transporte Aéreo. O período de inscrições segue até 25 de agosto, exclusivamente pelo site da Escola Nacional de Defesa do Consumidor (ENDC) .

O foco das aulas será o transporte aéreo de passageiros. Temas como o papel da Anac e os direitos e deveres dos passageiros serão tratados por meio da cooperação e do intercâmbio entre o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) e a agência reguladora.

O curso tem como público prioritário os membros do SNDC, mas qualquer interessado pode se inscrever. O conteúdo também é útil para o setor regulado, pesquisadores do setor aéreo e usuários da aviação comercial.

A capacitação on-line consiste em aulas gravadas por servidores da Anac e disponibilizadas na plataforma da Senacon. A carga horária de 40h será dividida nos seguintes módulos:

– Módulo 1: a regulação dos serviços de transporte aéreo no Brasil
– Módulo 2: antes da viagem
– Módulo 3: durante a viagem
– Módulo 4: depois da viagem
– Módulo 5: acessibilidade

Quem concluir o curso receberá certificado digital emitido pela Universidade de Brasília (UnB), em parceria com a ENDC.

Fonte: Agência Gov

Avanço de combustível limpo de avião e início de produção comercial

Organização internacional reconhece sustentabilidade do etanol de milho brasileiro para produção de SAF.


Enquanto companhias aéreas aguardam o começo da venda de SAF (combustível sustentável de aviação) em larga escala, laboratórios e empresas relatam otimismo com o início da produção, e a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) avança em discussões internacionais sobre o plantio das matérias-primas utilizadas no processo.

Uma das alternativas para a descarbonização do setor, o SAF polui até 80% menos do que o querosene tradicionalmente usado pelas companhias aéreas. No entanto, ainda é caro e possui volumes insuficientes para dar conta de toda a demanda.

No H2CA (Laboratório de Hidrogênio e Combustíveis Avançados), do ISI-ER (Instituto Senai de Inovação em Energias Renováveis), vários processos para a produção do combustível —chamados no meio científico de rota tecnológica— são testados.

No ano passado, por exemplo, o laboratório concluiu os testes com glicerina. O caminho escolhido para esse projeto foi o chamado de “fischer-tropsch” —um dos processos para a produção de SAF previstos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Nele, um processo químico transforma o hidrogênio e o monóxido de carbono obtidos da matéria-prima em um petróleo sintético (sem origem fóssil), do qual é extraído o SAF.

O projeto foi feito em parceria com a GIZ (Agência Alemã de Cooperação Internacional), que apoia financeiramente outras iniciativas pelo país.

Atualmente, o H2CA testa também a produção de SAF a partir de óleos vegetais e bio-óleo e a partir de gás carbônico capturado do ar, junto ao hidrogênio.

A quantidade produzida é pequena. No processo feito a partir de óleos vegetais, por exemplo, o laboratório obtém por dia cerca de 15 litros de petróleo sintético. De 50% a 60% desse volume vira SAF posteriormente, após o refino.

Segundo Fabíola Correia, pesquisadora do H2CA, o processo de testagem com óleos vegetais deve durar de dois a três anos e está sendo feito a pedido de empresas da indústria da aviação. Ela diz não poder revelar o nome das companhias. A ideia é que as informações obtidas pela testagem possam servir de base para a reprodução em escala industrial posteriormente.

Em Narandiba, no interior de São Paulo, a Geo Biogás & Carbon, empresa que atua na produção de biogás, planeja começar em 2026 a produção em escala comercial de SAF. A planta recebeu apoio de 1,5 milhão de euros (R$ 9,7 milhões) da GIZ, do governo alemão. O combustível será vendido às companhias aéreas.

A decisão de construir a fábrica de combustível no interior do estado foi tomada depois de a Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo) fazer um estudo, em parceria com a GIZ, que indicou as vantagens de São Paulo sediar um hub de produção e uso de combustíveis sustentáveis de aviação.

O levantamento apontou que o estado reúne condições únicas de matriz elétrica renovável e abundância de biomassa, além de demanda e infraestrutura associadas ao setor aéreo.

Em outra frente, a Petrobras anunciou neste mês a produção, em fase de teste, de combustíveis sustentáveis, incluindo o SAF. Em nota, a companhia afirma ter efetuado testes de produção do combustível na Reduc (Refinaria de Duque de Caxias), no Rio de Janeiro. A companhia diz estar com testes também em outras refinarias.

A carteira de investimentos do Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras prevê a construção de uma planta para produção de HVO (diesel renovável) e de SAF na RPBC (Refinaria Presidente Bernardes), em Cubatão (SP), com capacidade de produção de 15 mil barris por dia de produtos renováveis.

A Petrobras afirma que também desenvolve estudos para outras plantas de produção e tecnologias de produtos renováveis.

O total de investimentos previstos no PN 2025-2029 nos projetos de biorrefino é estimado em US$ 1,5 bilhão (R$ 8,3 bi) ao longo do horizonte do plano, segundo a Petrobras.

Paralelamente, neste mês, a Anac anunciou que a Oaci (Organização de Aviação Civil Internacional) reconheceu a sustentabilidade do etanol de milho para a produção de SAF.

“Com isso, há uma menor pressão pela conversão de uso da terra e redução do risco à segurança alimentar, uma vez que duas ou mais safras na mesma área podem atender a diversas demandas, gerando benefícios socioambientais com produção em volume suficiente para atender à demanda global”, afirmou a agência em nota.

De acordo com Filipe Alvarez, gerente executivo de sustentabilidade, governança e disciplina de gestão da Azul, um dos grandes desafios para a produção de SAF hoje está na competitividade de preços e na necessidade de reconhecimento internacional da sustentabilidade das matérias-primas brasileiras.

“Infelizmente, enfrentamos uma resistência de países europeus que, por vezes, questionam de forma equivocada insumos como a cana-de-açúcar, mesmo quando cultivada em áreas legalizadas e distantes da Amazônia”, diz Alvarez.

Ele afirma que a Azul vem firmando memorandos de entendimento com empresas que pretendem produzir SAF no Brasil. O objetivo é compartilhar informações técnicas e de planejamento de demanda.

“É importante destacar que, para a indústria brasileira de SAF ser economicamente viável, será essencial exportar parte significativa da produção. Portanto, garantir que nosso SAF seja reconhecido como sustentável por mercados internacionais é hoje uma das principais barreiras a serem superadas.”

A GOL diz participar ativamente dos debates sobre o tema no Conexão SAF, um fórum conduzido pela Anac que reúne representantes do setor de aviação para promover a produção e o consumo de combustível sustentável no país.

“A Companhia reforça que a transição energética na aviação exige a criação de políticas públicas que viabilizem a produção e o uso do combustível sustentável em grande escala e com preços competitivos democratizando o acesso ao voo, diferente do cenário atual, em que o SAF pode custar quatro vezes que o QAV (querosene de aviação)”, afirma em nota.

Já a Latam reforçou a estratégia de sustentabilidade do grupo, que busca neutralizar 50% das emissões domésticas até 2030 e alcançar a neutralidade total de carbono até 2050 (Folha, 27/7/25).

Fonte: Brasil Agro