Garmin apresenta novo display de voo touchscreen, o maior da série TXi para aeronaves a pistão, turboélice e jato

A Garmin anunciou na última semana o novo display de 12,1 polegadas na família de displays de voo TXi para aeronaves a pistão, turboélice e jatos.

A fabricante estadunidense explica que o novo modelo junta-se aos displays de voo TXi já existentes de 10,6 polegadas, 7 polegadas em orientação retrato e 7 polegadas em orientação paisagem, aumentando ainda mais a gama de possibilidades de atualização do TXi, que oferece capacidades avançadas de PFD/MFD/EIS e fornece uma solução completa de retrofit da Garmin para centenas de modelos de aeronaves.

A tela sensível ao toque de 12,1 polegadas oferece uma área de exibição ativa 33% maior, enquanto o design de borda fina mantém a mesma largura geral da unidade em comparação ao modelo de 10,6 polegadas.

O novo display combina com o design das famílias de navegadores TXi e GTN Xi e está disponível nas variações preta e cinza, permitindo que os clientes projetem um painel abrangente com uma aparência coesa e harmoniosa.

Indicações e pontos de toque maiores proporcionam melhor legibilidade para os pilotos, assim como interações táteis mais fáceis. Além disso, a tela maior oferece maior distância visível em mapas verticais em faixas de zoom equivalentes, bem como um aumento no tamanho do mapa HSI e nos displays de gráficos sem impactar os layouts da tela.

Um único display de 12,1 polegadas pode ser configurado para funcionalidades de PFD, MFD ou PFD/MFD com uma faixa opcional de sistema de indicação de motor (EIS). Assim como o restante da família TXi, o display de voo TXi de 12,1 polegadas apresenta uma tela sensível ao toque LCD de alta resolução, brilhante e legível sob luz solar.

Processadores de núcleo duplo poderosos melhoram as capacidades gráficas do sistema — com zoom, panorâmica e renderização de mapas ágeis. Os pilotos podem acessar facilmente as funções do display através de entradas na tela sensível ao toque ou pelos conhecidos botões concêntricos.

Os displays de voo TXi permitem que proprietários e operadores de aeronaves substituam giroscópios mecânicos propensos a manutenção por sensores digitais confiáveis de sistema de referência de atitude e direção de estado sólido. Esses sistemas digitais podem reduzir os custos de ciclo de vida e melhorar a confiabilidade operacional, além de oferecer economia de peso.

Ao incorporar o monitoramento de motor TXi, os pilotos podem visualizar e analisar mais facilmente parâmetros críticos do motor, do combustível e do sistema elétrico para ajudar a manter o melhor desempenho e a maior eficiência da aeronave. Capacidades extensas de integração com sistemas Garmin e sistemas de terceiros selecionados permitem que os displays de voo TXi ofereçam uma atualização simplificada e rica em recursos.

O display de voo TXi de 12,1 polegadas está previsto para estar disponível no terceiro trimestre de 2025 por meio de revendedores autorizados Garmin. A série TXi inclui uma garantia de dois anos e é apoiada pela equipe de suporte à aviação da Garmin, que oferece suporte técnico e de garantia 24 horas por dia, 7 dias por semana, em todo o mundo.

Informações da Garmin

Anac publica formulário de referência para inspeção em Autorização Especial de Voo (AEV)

Formulário orienta operadores aéreos na avaliação da segurança de voos


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disponibilizou um novo formulário de referência para auxiliar na condução da inspeção de avaliação da condição segura para voo, conforme estabelecido no item 5.5 da Instrução Suplementar (IS) nº 21.197-001

Desenvolvido em parceria com mecânicos de manutenção aeronáutica e Organizações de Manutenção, o formulário tem como objetivo facilitar o entendimento e o cumprimento dos requisitos técnicos relacionados à emissão da Autorização Especial de Voo (AEV). 

O documento reúne, em um único lugar, todos os itens que devem ser verificados e registrados durante a avaliação da condição segura para voo, contribuindo para uma inspeção mais eficiente, segura e padronizada. 

Acesso ao formulário 

O formulário está disponível para download no Sistema eAEV, acessível por meio do ícone “Guia do Usuário” na plataforma. 

Uso opcional 

O uso deste modelo é opcional. Organizações de Manutenção e mecânicos de manutenção aeronáutica podem adotar modelos próprios, desde que estes cumpram integralmente os requisitos da IS 21.197-001. 

Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Militares da FAB foram treinados para atuar em evacuações com risco biológico e nuclear

O Instituto de Medicina Aeroespacial (IMAE), localizado no Rio de Janeiro (RJ), foi o anfitrião do Curso de Capacitação de Saúde em Defesa Biológica, Nuclear, Química e Radiológica (CCS-DBNQR), realizado entre os dias 9 e 14 de julho. O curso teve como objetivo preparar equipes de saúde da Força Aérea Brasileira (FAB) para atuar em operações e evacuações aeromédicas de vítimas expostas a agentes BNQR.

Participaram do curso 23 profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem, todos formados pelo SEF/TEF. O evento contou com aulas teóricas e práticas, ministradas por representantes de diversas Organizações Militares, como o Hospital de Aeronáutica de Recife (HARF), o Grupo de Saúde de Campo Grande (GSAU-CG), o Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG), a Academia da Força Aérea (AFA) e a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), promovendo uma intensa integração interinstitucional.

O programa do curso abordou os fundamentos e normatizações da Defesa BNQR, enfatizando as diretrizes doutrinárias da FAB, os principais agentes envolvidos, seus efeitos e tratamentos específicos. Os participantes também aprenderam sobre o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e coletiva, procedimentos de triagem e descontaminação de vítimas, seguindo o protocolo START adaptado, além do atendimento pré-hospitalar e aeromédico em cenários contaminados.

Durante as oficinas práticas, os alunos tiveram a oportunidade de manusear EPIs, treinar o embarque e desembarque de vítimas em aeronaves, e participar de um exercício simulado que exigiu decisões rápidas em um ambiente de contaminação.

A Major Médica Infectologista Maria de Fátima Silva de Lima Kauffman, uma das alunas do curso, destacou a qualidade dos instrutores e a aplicabilidade direta do exercício simulado às ações em campo. O Tenente Fisioterapeuta Anderson Moreno de Siqueira também elogiou a experiência, afirmando que vivenciar a complexidade de um cenário DBNQR ajudou na fixação dos protocolos de atendimento essenciais para as missões de saúde operacional.

Em contextos de prontidão, como a recente Cúpula dos BRICS realizada no Rio de Janeiro, a capacitação se torna ainda mais relevante para assegurar a segurança de autoridades, delegações internacionais e do público. Esse tipo de treinamento é crucial também em operações de socorro a desastres naturais, grandes eventos esportivos e situações de alerta sanitário, fortalecendo a resposta conjunta entre a FAB, a Defesa Civil, hospitais e agências de segurança pública.

O CCS-DBNQR se estabelece como um componente estratégico na manutenção da prontidão da Força Aérea, aumentando a capacidade de resposta a emergências relacionadas a agentes BNQR e reforçando a interoperabilidade interinstitucional.

Ao simular cenários complexos, desde contaminação em áreas urbanas até evacuações aeromédicas em ambientes hostis, o curso solidifica a cadeia de comando e garante que, em situações de crise, a Instituição tenha um núcleo de saúde preparado para agir com agilidade, precisão e total segurança.

Fonte: Fab

Aeroporto da Pampulha assume a liderança na aviação executiva

De janeiro a junho deste ano o aeroporto da capital mineira recebeu quase 23 mil jatos particulares


O Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, assumiu a liderança em pousos e decolagens da aviação executiva no Brasil. De janeiro a junho deste ano foram 28 mil movimentações de aviação geral, segundo o Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), unidade subordinada ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), . 

Até junho de 2024 a liderança era do Aeroporto de Jacarepaguá (RJ) e a segunda posição de Campo de Marte (SP). No mesmo período de 2024 o aeroporto localizado na capital mineria ocupava o terceiro lugar. Os jatos executivos foram responsáveis por 22.770 pousos e decolagens no Aeroporto da Pampulha de janeiro a junho deste ano. 

Azul tem um hangar na Pampulha

O gerente do Aeroporto da Pampulha, Maurício Alves, lembra que o aeródromo é base para importantes empresas da aviação executiva no Brasil, entre elas Líder Aviação, HBR Aviação e Black Aviação. 

A Azul tem um hangar de manutenção no Aeroporto da Pampulha. É no termnal mineiro que fica o jato particular do atacante Hulk, do Atlético (MG). O avião de luxo de fabricação inglesa, modelo Hawker 800XP, foi fabricado ano 2001.

jato de Hulk é operado pela Líder Táxi Aéreo . A aeronave foi comprada em 2018, conforme consta na base de dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

O Aeroporto da Pampulha, oficialmente conhecido como Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, foi inaugurado em 1933. Atualmente nenhuma companhia aérea opera voos comercais no aeroporto que fica a 8,5 km do Centro de Belo Horizonte. 

“Sabemos da importância estratégica do Aeroporto da Pampulha para a aviação geral no país e estamos constantemente avaliando melhorias que possam fortalecer ainda mais essa operação reforçando nosso compromisso com o crescimento e a qualidade dos serviços prestados”, declara Marcius Moreno, Diretor de Operações da Motiva Aeroportos, empresa que administra Pampulha.

Fonte: IG

Exército Brasileiro dispensa licitação na compra de sistema anti-aéreo avançado

O Exército Brasileiro (EB) definiu como prioridade emergencial a aquisição de sistemas de defesa antiaérea de médio e longo alcance, com o objetivo de preencher uma antiga lacuna na proteção da força terrestre.

Atualmente, o EB conta apenas com sistemas de baixa altitude, como o sueco SAAB RBS-70 NG e o blindado Gepard, desenvolvido a partir do tanque alemão Leopard 1. Esses equipamentos são eficazes contra ameaças em baixas altitudes, mas não impedem que aeronaves inimigas invadam o espaço aéreo e lancem mísseis de cruzeiro, por exemplo.

A nova prioridade foi classificada como emergencial, o que, segundo a legislação brasileira, permite a dispensa de processo licitatório. De acordo com as definições do Exército, sistemas de média altura são aqueles capazes de engajar alvos entre 3 mil metros (10 mil pés) e 15 mil metros (50 mil pés), enquanto os de alta altura operam acima dos 15 mil metros (50 mil pés).

Entre os principais candidatos está o sistema alemão IRIS-T SLM/SLS, da Diehl Defence, que utiliza o míssil IRIS — já empregado nos caças Gripen da Força Aérea Brasileira — e pode ser integrado aos radares Giraffe da SAAB, também participante do consórcio de produção do armamento, e que fabrica o caça brasileiro.

Outro sistema cotado é o EMADS, da MBDA (joint-venture entre Airbus, BAE Systems e Leonardo). Segundo reportes iniciais, o modelo europeu tornou-se o favorito após a desistência da compra do sistema indiano Akash, oferecido apenas em sua versão antiga, produzida integralmente na Índia.

Menos cotado, mas ainda em avaliação, está o sistema da foto acima, que é o Aster (SAMP/T), da francesa Eurosam — uma parceria entre MBDA e Thales. Amplamente utilizado em plataformas navais, o Aster também conta com versões lançadas a partir de veículos terrestres.

Os sistemas russos S-300 e S-400 foram descartados por razões diplomáticas e pelo histórico negativo de suporte logístico por parte de Moscou, agravado após a invasão da Ucrânia, que expôs diversas falhas nesses equipamentos.

A Portaria nº 1.566, de 8 de julho, classificou oficialmente a aquisição desses sistemas como prioridade emergencial. A expectativa é que, até 2031, um Grupo de Artilharia Antiaérea (GAAe) seja estruturado com uma bateria de comando e duas baterias de mísseis. Um segundo grupo, com a mesma configuração, deverá ser ativado até 2039.

Ainda não há data definida para a assinatura do contrato, nem valores estimados para a aquisição dos sistemas antiaéreos.

Fonte: Aeroin

FAB celebra 152 anos de Santos Dumont com solenidade em Brasília

No próximo dia 20 de julho, a Força Aérea Brasileira (FAB) celebrará os 152 anos de nascimento de Alberto Santos Dumont, o Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica. A solenidade, marcada para a Base Aérea de Brasília, irá relembrar sua trajetória visionária e homenagear também os veteranos da FAB e o Vitorioso Regresso da Segunda Guerra Mundial.

Aspecto Técnico: O Legado Tecnológico de Santos Dumont para a Aviação Militar

As contribuições de Alberto Santos Dumont ultrapassam as barreiras do tempo e continuam influenciando a aviação militar e civil no Brasil e no mundo. Sua ousadia e espírito inovador são refletidos em cada nova tecnologia incorporada pela Força Aérea Brasileira, desde aeronaves de última geração até sistemas avançados de navegação e defesa aérea.

Durante a cerimônia, a FAB destaca como os princípios lançados por Santos Dumont — como eficiência, leveza e inovação — permanecem vivos na atual estrutura da Força, inspirando o desenvolvimento contínuo de projetos aeronáuticos estratégicos para a Defesa Nacional.

Integração Histórica: A Importância da Memória dos Veteranos da FAB e do Vitorioso Regresso

Além de homenagear Santos Dumont, o evento na Base Aérea de Brasília também será dedicado aos 80 anos do Vitorioso Regresso dos combatentes da Segunda Guerra Mundial e ao Dia do Veterano da FAB. Esta integração entre diferentes marcos históricos reforça o compromisso da Força com a valorização de todos aqueles que contribuíram para a proteção e soberania do Brasil. A solenidade será um momento de reflexão e reconhecimento, destacando a bravura dos veteranos e reafirmando os valores de coragem, disciplina e patriotismo que permeiam a história da FAB.

Tradição e Inovação: O Papel da FAB na Preservação do Legado de Santos Dumont

A Força Aérea Brasileira mantém viva a memória do Pai da Aviação por meio de ações educativas, eventos institucionais e preservação de acervos históricos. Museus, escolas de formação e projetos de divulgação científica ajudam a perpetuar o legado de Santos Dumont para as novas gerações de brasileiros. A cerimônia do dia 20 de julho é mais uma expressão desse esforço: unir passado e futuro, celebrando o pioneirismo de Santos Dumont ao mesmo tempo em que projeta a FAB como uma força moderna, eficiente e essencial para o Brasil.

Fonte: Fab

Etanol de milho safrinha do Brasil é aprovado para produção de combustível sustentável de aviação

Reconhecimento da Oaci reforça protagonismo do Brasil na oferta de matérias-primas para o SAF com menor impacto ambiental

A Organização de Aviação Civil Internacional (Oaci) aprovou a recomendação técnica que reconhece a produção de etanol a partir do milho de segunda safra no Brasil como matéria-prima sustentável para o combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês).

O resultado é fruto de uma articulação técnica liderada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que levou à 13ª Reunião do Comitê de Proteção Ambiental da Aviação (Caep) a defesa do modelo brasileiro baseado na prática agrícola de múltiplas culturas — sistema que permite o cultivo de duas ou mais safras por ano na mesma área, sem necessidade de abrir novas fronteiras agrícolas.

Com a decisão, a Oaci, agência especializada da ONU, reconhece que países com condições climáticas favoráveis e práticas agrícolas sustentáveis, como o Brasil, podem atender à crescente demanda global por SAF sem comprometer a segurança alimentar nem ampliar a pressão sobre o uso da terra.

Fonte: DATAGRO

Bombeiros do DF recebem primeiro avião Cessna Caravan para resgates aeromédicos

O Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) acaba de reforçar sua frota aérea com a incorporação de um novo Cessna C208 Grand Caravan, aeronave de grande versatilidade e reconhecida por sua capacidade em operações de resgate e transporte aeromédico.

A entrega provisória da aeronave foi realizada pela AEROMOT nesta semana no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (MG). O avião foi customizado especialmente para atender às demandas da corporação, sendo equipado com sistema aeromédico completo e adaptado para o transporte de pacientes em situações de emergência, além de outras missões críticas de apoio à segurança pública.

Segundo a AEROMOT, responsável pela modificação e integração dos equipamentos especiais, o Cessna Grand Caravan entregue ao CBMDF é mais um passo importante na modernização e ampliação da capacidade operacional dos bombeiros no Distrito Federal.

A nova aeronave permitirá resposta mais rápida em casos de remoção aeromédica, transporte de órgãos, operações de busca e salvamento e apoio a desastres naturais, ampliando significativamente o alcance e a eficiência das ações do CBMDF em todo o território brasileiro.

Veja Postagem: https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Faeromot.oficial%2Fposts%2Fpfbid0hPiWbXKksGikdeN6er4YGkAhLqRSa6RquWP19LB8gz3BgBqn6ankXza1qg1391KLl&show_text=true&width=500

Divulgação – Aeromot

Hyundai Motor e Kia entregaram o primeiro robô vestível da Korean Air; entenda para que ele serve

A Hyundai Motor Company e a Kia Corporation informaram na última quinta-feira, 10 de julho, que lançaram oficialmente seu robô industrial vestível, o X-ble Shoulder, no mercado coreano, com uma cerimônia de entrega da primeira unidade para a Korean Air em 8 de julho. O evento foi realizado no hangar de manutenção de aeronaves da empresa aérea em Incheon, na Coreia do Sul.

Como o primeiro cliente oficial, a Korean Air implantará o robô vestível em sua divisão aeroespacial, incluindo operações de montagem e manutenção de aeronaves comerciais, aviões militares, veículos de mobilidade aérea urbana (UAM), drones, aeronaves furtivas e sistemas de lançamento de satélites.

“O X-ble Shoulder incorpora a expertise tecnológica e a colaboração de nossos funcionários. Nosso objetivo é expandir sua aplicação em várias indústrias para ajudar a prevenir lesões e melhorar a eficiência dos trabalhadores”, disse Dong Jin Hyun, Vice-Presidente e Chefe do LAB de Robótica na Hyundai Motor e Kia.

“Antecipamos que a saúde e a satisfação no trabalho dos funcionários serão aprimoradas com a introdução do X-ble Shoulder. Estamos ativamente revisando uma adoção mais ampla para manter os mais altos padrões de segurança e qualidade tanto na fabricação quanto na manutenção de aeronaves”, afirmou Hyunboh Jung, Vice-Presidente Executivo e Chefe do Departamento de Negócios de Aerostruturas da Korean Air.

Após essa entrega inicial, o LAB de Robótica da Hyundai Motor e Kia planeja começar a distribuição mais ampla para clientes previamente registrados, incluindo afiliadas do Hyundai Motor Group e fabricantes domésticos na Coreia. As vendas serão expandidas para indústrias como construção, construção naval e agricultura. Hyundai Motor e Kia também visam entrar nos mercados globais a partir de 2026.

O X-ble Shoulder é um dispositivo robótico vestível desenvolvido internamente pelo LAB de Robótica da Hyundai Motor e Kia. Ele foi projetado para auxiliar a força do braço e aliviar a carga nos ombros durante tarefas repetitivas realizadas acima da cabeça – uma postura comum na manutenção de aeronaves. Ao reduzir as cargas musculoesqueléticas, o dispositivo ajuda a minimizar o risco de lesões e fadiga, aumentando assim a produtividade.

Uma característica de destaque do X-ble Shoulder é seu mecanismo de geração de torque não motorizado, que elimina a necessidade de baterias ou carregamento. Isso mantém o dispositivo leve e fácil de manter, além de garantir operação ininterrupta. O robô integra um módulo de compensação muscular que fornece torque assistivo, reduzindo as cargas na articulação do ombro em até 60% e a atividade do músculo deltoide anterior/lateral em até 30%.

Em 2022, o LAB de Robótica da Hyundai Motor e Kia começou a testar protótipos do X-ble Shoulder em seus locais de produção globais para garantir a usabilidade prática. Mais de 300 trabalhadores participaram de testes-piloto, fornecendo feedback direto que levou ao aperfeiçoamento da tecnologia e da ergonomia do robô.

Informações da Hyundai

Aumento do IOF ameaça políticas de expansão da conectividade aérea

O decreto que aumentou o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) estimula uma reflexão sobre as políticas públicas que têm o objetivo de ampliar a conectividade do país e o acesso da população ao transporte aéreo. Ao elevar a alíquota sobre remessas ao exterior de 0,38% para 3,5%, a medida anunciada pelo governo atinge “o coração” da indústria da aviação, que tem 60% dos custos atrelados ao dólar.

Um exemplo de política pública lançada pelo governo para fortalecer a aviação regional é o programa AmpliAR, que deve alcançar R$ 5 bilhões em investimentos privados na construção ou requalificação de 100 aeroportos de todo o país nos próximos cinco anos. Na primeira etapa, o programa, anunciado em dezembro do ano passado, vai priorizar cidades da Amazônia Legal e da região Nordeste. Junto com o Voa Brasil, o AmpliAR integra o conjunto de políticas públicas que têm o objetivo de expandir e democratizar o transporte aéreo. Contudo, menos de seis meses depois, o governo estabeleceu, por decreto presidencial, a alta do IOF, acendendo um alerta vermelho no setor aéreo por seus efeitos potencialmente devastadores.

O aumento do IOF atinge diretamente as operações de leasing de aeronaves e motores, serviços de manutenção e outros pagamentos para fornecedores no exterior. Essas operações fazem parte do dia a dia da aviação e são fundamentais para a manutenção e renovação da frota nacional, já que as empresas aéreas não podem contratar leasing no Brasil. Com isso, a medida tem grande impacto sobre investimentos em novas rotas, comprometendo a conectividade aérea do país e o acesso das populações das regiões mais remotas à aviação. 

Para se ter uma ideia, o aumento do IOF equivale ao leasing anual de 25 aeronaves de porte médio ou de 40 aeronaves Embraer. Na aviação regional, por exemplo, seria possível ter 80 aeronaves a mais operando nos aeroportos do programa AmpliAR. Ou seja, políticas públicas desenhadas para incluir mais brasileiros no transporte aéreo e conectar novos destinos perdem força quando acompanhadas por medidas fiscais que penalizam quem deveria investir na expansão da malha aérea. Ao contrário, a alta do IOF tem potencial para reduzir a oferta de voos, concentrando as frequências nas rotas domésticas já consolidadas. 

Outro efeito é a perda de competitividade das empresas nacionais no cenário global. As companhias aéreas brasileiras atuam em um mercado globalizado, e as alterações no IOF aprofundam o desequilíbrio já que o imposto não é cobrado das empresas estrangeiras, que efetuam integralmente no exterior os pagamentos com arrendamento e manutenção. Essa desvantagem afeta, especialmente, as rotas internacionais operadas pelas empresas brasileiras.

Em resumo, elevar o IOF seria um duro golpe na saúde financeira das empresas aéreas, na capacidade de investimento que dispõem e, consequentemente, no desenvolvimento de novas rotas e destinos. Sem alternativas para realizar arrendamentos e serviços de manutenção no Brasil, as companhias terminariam repassando os custos aos passageiros e reduzindo a oferta de voos.

Suspenso pelo Congresso Nacional por meio da aprovação de um Projeto de Decreto Legislativo, o debate sobre o IOF está agora nas mãos do STF (Supremo Tribunal Federal), que terá que analisar, no fim do dia, o viés arrecadatório de um instrumento regulatório.

A manutenção das políticas públicas que almejam a democratização do setor aéreo deve ser acompanhada de medidas que não aumentem o custo do transporte aéreo e que viabilizem a expansão da malha em direção à aviação regional. Essa é a receita que fará a aviação brasileira decolar.

Fonte: Agência Infra