Realizados testes em voo do Sistema de Navegação Inercial do Microlançador Brasileiro

O arranjo produtivo nacional responsável pela construção do foguete Microlançador Brasileiro (MLBR) reporta que realizou, em julho, os ensaios em voo do SNI-GNSS, o Sistema de Navegação Inercial (SNI) com integração ao Sistema Global de Navegação por Satélite (GNSS).

Os testes foram realizados em um avião monomotor, tendo como meta principal avaliar o desempenho dos subsistemas em condições reais de voo. Também foi testada a inicialização automática do sistema e a coleta de dados de sensores inerciais em alta frequência, sincronizados ao sinal GNSS.

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O SNI-GNSS tem a função de orientar o veículo durante o lançamento e garantir que satélites sejam colocados em órbita com precisão. GNSS é o conjunto de constelações de satélites que fornecem sinais de posicionamento, navegação e tempo em qualquer parte do mundo. Durante os testes, o receptor GNSS funcionou perfeitamente, enquanto o sistema de navegação acompanhou com precisão a trajetória realizada. Também foi possível medir com sucesso parâmetros essenciais como atitude, velocidades angulares e acelerações.

“Os ensaios em aeronave são uma etapa fundamental entre os testes de laboratório e a operação em voo espacial. Eles permitem validar algoritmos de navegação, integração de subsistemas e construir um banco de dados essencial para engenharia, incluindo informações sobre temperaturas internas, sincronização de sinais e comportamento dos sensores”, explica Ralph Correa, da Cenic Engenharia, empresa líder do projeto.

O desenvolvimento do SNI-GNSS é conduzido pela HORUSEYE TECH, empresa brasileira especializada em sistemas de navegação inercial e soluções aeroespaciais, em parceria com a Concert Space e a CRON.

“O resultado mostra a maturidade técnica que estamos alcançando no Brasil. Cada etapa concluída aproxima o país da meta de ter um lançador próprio, estratégico para a soberania e para a economia espacial”, destaca o CEO da Concert Space, Rafael Mordente.

O MLBR faz parte de uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para a construção de um Veículo Lançador de Pequeno Porte (VLPP) brasileiro. O projeto é conduzido por um arranjo produtivo nacional que integra empresas brasileiras de base tecnológica, como Cenic Engenharia, ETSYS, Concert Space, Delsis e Plasmahub, além de parceiras estratégicas como Bizu Space, Fibraforte, Almeida’s e HORUSEYE TECH.

O projeto é viabilizado por um edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), e tem como foco a realização de missões científicas e o lançamento de satélites para órbita baixa. Reunindo especialistas de diversas áreas da engenharia, representa um passo estratégico em direção à soberania nacional no acesso ao espaço.

“Com o MLBR, o Brasil tem uma possibilidade concreta de colocar, em breve, lançado a partir do território nacional, um satélite em órbita com sucesso”, frisou Ralph Correa. Mais do que um marco técnico, isso pode representar a conclusão da Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), um projeto nacional criado no final dos anos 1970 com o objetivo de tornar o Brasil capaz de desenvolver, lançar a partir de nosso território e operar seus próprios satélites.

O engenheiro destaca que este avanço é fruto de décadas de investimento público, pesquisa científica e, agora, da participação ativa da iniciativa privada no fortalecimento do ecossistema espacial nacional, ao lado de instituições governamentais como o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) e o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).

Características do MLBR

Com 12 metros de altura, 1,1 metro de diâmetro e capacidade para transportar até 30 kg de carga útil em órbita baixa, o MLBR será impulsionado por três motores de propelente sólido.

Entre os diferenciais do projeto estão o uso de tecnologias avançadas de propulsão, sistemas redundantes de segurança e um planejamento rigoroso de operações, que segue padrões internacionais.

Além disso, a estrutura do veículo é feita em fibra de carbono para garantir um sistema mais leve, rápido, eficiente e com alta resistência direcional.

Fonte: Aeroin

Aviação doméstica registra 8,7 milhões de passageiros em agosto e completa 12 meses de alta

A movimentação de passageiros em voos nacionais atingiu a marca de 8,7 milhões de viajantes em agosto de 2025, representando o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica e, também, o marco de 12 meses de crescimento contínuo no setor doméstico.

O fluxo nos voos internos aumentou 8,5% na comparação com agosto de 2024. Os números fazem parte da nova atualização do relatório de demanda e oferta da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), que traz os dados do ramo desde janeiro de 2000.

Para o ministro do Turismo, Celso Sabino, os números reforçam o bom momento do setor: “Esse crescimento consecutivo demonstra a confiança dos brasileiros em viajar dentro do país, a força da nossa aviação e o impacto positivo que o turismo exerce na geração de emprego e renda em todas as regiões”, aponta Sabino.

O levantamento também aponta que São Paulo se consolida como o principal hub aéreo do país, concentrando as principais rotas nacionais. Entre janeiro e agosto de 2025, o trajeto São Paulo-Rio de Janeiro registrou 4,7 milhões de passageiros, seguido das rotas São Paulo-Paraná (4,4 milhões) e São Paulo-Santa Catarina (3,8 milhões).

APOSTA NO VERÃO – O cenário positivo do turismo brasileiro proporciona que companhias aéreas apostem na ampliação do número de voos para a alta temporada de verão no país. Pelo menos 111 mil viagens serão ofertadas pelas principais empresas do setor que operam rotas nacionais, favorecendo a movimentação de viajantes no país.

INCENTIVO – O bom momento reforça a importância de políticas públicas que incentivem viagens de brasileiros no país. O programa “Conheça o Brasil: Voando”, coordenado pelo Ministério do Turismo e executado em parceria com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), é uma das iniciativas. A proposta busca aumentar a conectividade aérea entre os destinos nacionais, especialmente os regionais; elevar a quantidade de visitantes circulando pelo país e estimular a geração de negócios no setor.

Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo

Caças A-1 da FAB treinam na Amazônia em operação militar que testa força conjunta das Forças Armadas

A Força Aérea Brasileira (FAB) participou, nesta terça-feira (23), de mais uma fase da Operação Atlas. Idealizado pelo Ministério da Defesa, o treinamento tem como objetivo adestrar as tropas brasileiras na região amazônica, área de grande relevância geopolítica, garantindo a soberania do Brasil. Com essa iniciativa, as Forças Armadas aperfeiçoam sua capacidade de projetar e sustentar uma força conjunta em um dos ambientes mais desafiadores do país.

Para tanto, três aeronaves de caça A-1M do Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAv – Esquadrão Poker), sediado na Base Aérea de Santa Maria (BASM), deslocaram-se para Boa Vista (RR), onde realizam a instrução e certificação de integrantes das três Forças como Guias Aéreos Avançados (GAA), com a missão de controlar aeronaves em operações de apoio de fogo contra alvos de superfície.

O Comandante do Esquadrão Poker, Tenente-Coronel Aviador Edgar Barcellos Carneiro, destacou que a Operação Atlas é um exercício de grande importância para a defesa do país, por colocar à prova planos e a capacidade de mobilização e emprego conjunto. Segundo ele, o trabalho integrado, explorando de forma sinérgica as potencialidades de cada Força Armada, é fundamental para garantir a defesa do território nacional.

“Essa sinergia somente é possível por meio da realização de exercícios conjuntos, nos quais os militares têm a oportunidade de trocar experiências e conhecer mais a fundo as particularidades e o modo de operação dos irmãos de armas”, completou o Comandante.

Tanto as aeronaves A-1M quanto os A-29 Super Tucano, do Primeiro Esquadrão do Terceiro Grupo de Aviação (1º/3º GAv – Esquadrão Escorpião), sediado na Base Aérea de Boa Vista (BABV), cumprem missões de Apoio Aéreo Aproximado (ApAA), em coordenação com os GAA, cada qual com desempenho e características específicas.

O A-29 se destaca pela maior autonomia de voo e menor velocidade, o que facilita o contato visual e a coordenação, sendo ideal para cenários irregulares. Já o A-1M possui maior poder de fogo, desempenho superior e capacidade de empregar armamentos guiados, tornando-se mais adequado em ambientes com ameaças elevadas.

O emprego combinado das duas aeronaves busca adestrar os GAA em diferentes cenários, perfis de voo e tipos de armamento, garantindo uma formação completa e explorando todo o potencial bélico das Forças Armadas.

Operação Atlas

A Operação Atlas é um exercício conjunto, coordenado pelo Ministério da Defesa, que reúne Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira em um esforço integrado para aprimorar a atuação das Forças Armadas na Amazônia.

A partir da segunda fase, o exercício será realizado em áreas do Amazonas, de Roraima, do Pará e do Amapá, envolvendo o deslocamento estratégico de recursos humanos e materiais de diferentes regiões do país para a região amazônica, com o objetivo de fortalecer a capacidade militar em uma das áreas mais estratégicas do Brasil.

A atividade envolve o emprego de meios terrestres, aéreos e fluviais, em ações conduzidas em diferentes cenários: nos rios, em terra firme, no mar e no espaço aéreo. O foco é ampliar a interoperabilidade entre as Forças, ou seja, a capacidade de atuarem de forma coordenada e eficiente, além de testar os sistemas de Comando e Controle em um ambiente desafiador como a Amazônia.

A Operação Atlas representa um avanço em relação a exercícios anteriores e está alinhada ao calendário regular de treinamentos do Ministério da Defesa, reforçando o compromisso do Brasil com a proteção da Amazônia e a garantia da soberania nacional.

Fonte: Fab

Aviação executiva no Brasil vive crescimento recorde em 2025

Compra, consórcio e seguros de aeronaves impulsionam o setor


O mercado de aviação executiva no Brasil atinge novos patamares em 2025, com forte crescimento nas aquisições de aeronaves particulares. Este movimento reflete a busca crescente por mobilidade aérea, independência e eficiência no transporte corporativo e pessoal.

Com esse cenário favorável, aumenta também a procura por soluções que facilitam o acesso, reduzem custos e oferecem segurança ao investidor, como financiamentos, consórcios e seguros aeronáuticos especializados – que hoje são partes vitais do ecossistema da aviação.

A Comandante Paula Soffo, CEO da Consultoria FLY, ressalta a transformação no perfil do comprador brasileiro de aeronaves:

“Estamos vendo uma mudança significativa no perfil dos compradores. A aquisição da aeronave própria traz liberdade ao cliente – seja ele empresário, médico, coach ou profissional liberal. Nossa consultoria acompanha esse movimento oferecendo suporte completo na compra e venda de aeronaves, gestão ponta a ponta e conformidade regulatória com a ANAC, garantindo que cada aquisição seja feita com tranquilidade, segurança e responsabilidade.”

Segundo dados da ABAG (Associação Brasileira de Aviação Geral), a frota de aviação executiva no Brasil alcançou aproximadamente 9.824 aeronaves em 2023, somando aviões a pistão, turboélices, helicópteros a turbina e jatos executivos – consolidando o país como um dos maiores mercados do mundo.

Para Aline Nunes, consultora especialista em consórcio de aeronaves, o modelo financeiro é um dos principais impulsionadores de novos proprietários:

“Para muitos clientes, a barreira inicial é o custo alto. O consórcio permite planejar a compra sem comprometer o fluxo de caixa, enquanto o seguro aeronáutico adequado protege o investimento contra imprevistos, valorizando o ativo e trazendo tranquilidade ao proprietário.”

Na mesma linha, Daniel Fraga, diretor da Dancor Seguros, reforça a importância de entender a proteção contratada:

“O ambiente regulatório brasileiro exige apólices cada vez mais especializadas. É fundamental que quem adquira aeronaves conheça as coberturas, cláusulas operacionais e limites. Nossa missão é oferecer soluções sob medida, que assegurem a operação e protejam o patrimônio do cliente.”

Tendência: novos perfis de compradores

O consórcio e o financiamento de aeronaves aparecem como opções vantajosas para quem deseja distribuir o investimento ao longo do tempo, sem os entraves de um alto desembolso inicial. Essa modalidade vem democratizando o acesso e trazendo um novo perfil de proprietários de aeronaves no Brasil.

Paralelamente, o setor de seguros aeronáuticos cresce junto, com destaque para coberturas de casco e responsabilidade civil (RC), indispensáveis para operações em conformidade com as normas nacionais e internacionais.

O Brasil vive um momento único no mercado de aquisição de aeronaves, com diversas oportunidades para novos investidores e empresários. Porém, a escassez de alguns modelos disponíveis no país tem levado compradores a buscar soluções no mercado internacional, importando aeronaves para atender à demanda crescente.

Esse cenário reforça que, apesar dos desafios, o setor segue em plena expansão, consolidando-se como um dos mais promissores da economia nacional.

Fonte: R7

Primeiro jato Cessna Citation Ascend de série é concluído

A Textron Aviation anunciou que o programa do jato executivo Cessna Citation Ascend continua avançando com a saída da primeira unidade de produção da fábrica em Wichita, Kansas. A aeronave deve receber a certificação da Federal Aviation Administration (FAA) ainda este ano.

Funcionários da empresa realizaram uma celebração especial para marcar este importante marco do mais novo jato da lendária série 560XL, destacando o compromisso contínuo da Textron em oferecer a melhor experiência de aviação para seus clientes.

Hoje é uma grande celebração e agradecemos a todos que fizeram parte dessa conquista. É o seu talento e dedicação que tornam marcos como este possíveis”, disse Todd McKee, vice-presidente sênior de Integrated Supply Chain. “Ao incorporar novas tecnologias e recursos ao mercado, continuamos a impulsionar o futuro e a construir essas aeronaves lendárias.

A série Cessna Citation 560XL, que também inclui o Citation Excel, XLS e XLS+, já contabiliza mais de 1.000 unidades entregues nos últimos 25 anos, sendo constantemente escolhida por proprietários e operadores devido à combinação única de desempenho, conforto, facilidade de operação, alcance de missão e eficiência operacional.

O Citation Ascend foi desenvolvido com base no feedback dos clientes, oferecendo desempenho e conforto superiores. Com design moderno e elegante, a aeronave proporciona aos passageiros luxos presentes nos modelos Citation Latitude e Citation Longitude, incluindo piso plano para maior espaço e flexibilidade interna.

O jato é equipado com motores Pratt & Whitney Canada PW545D, que entregam maior eficiência de combustível e desempenho, além de aviônicos Garmin G5000 com tecnologia de autothrottle. Para conveniência de passageiros e tripulação, a aeronave possui 19 portas USB e três tomadas universais, garantindo pelo menos um ponto de recarga para todos a bordo.

Fonte: Aeroin

Anac firma compromisso para ampliar práticas sustentáveis na Agência

Adesão à Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), do Ministério do Meio Ambiente, incentiva práticas de sustentabilidade e qualidade de vida no ambiente de trabalho.


A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) formalizou sua adesãoà Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), programa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) que busca incentivar práticas de sustentabilidade, eficiência no uso de recursos e qualidade de vida no ambiente de trabalho em órgãos públicos. 

A adesão, ocorrida no dia 22 de agosto, reforça o compromisso da Anac com a gestão responsável e a melhoria contínua dos serviços, com foco na sustentabilidade de processos internos, compras e contratações, no uso de recursos naturais, na gestão de resíduos, na promoção de compras sustentáveis e na qualidade de vida no ambiente de trabalho. 

Além disso, a participação trará ações de sensibilização e capacitação, implementação de boas práticas e acompanhamento dos resultados, sempre com transparência e foco em melhorias. 

Nas próximas etapas, a Agência divulgará internamente orientações e materiais de apoio para engajar todos os servidores e consolidar uma cultura institucional mais alinhada aos objetivos da A3P. 

Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) 

A A3P é um programa federal que apoia instituições públicas na adoção de práticas sustentáveis, com foco em: 

  • uso racional de recursos naturais e bens públicos (água, energia, papel, materiais de expediente); 
  • gestão adequada de resíduos (como coleta seletiva e destinação correta); 
  • promoção da qualidade de vida no ambiente de trabalho; 
  • sensibilização e capacitação de colaboradores; 
  • licitações e contratações sustentáveis. 

A adesão ocorre por meio de termo de compromisso com o MMA e orienta a execução de ações e metas de sustentabilidade, geralmente consolidadas no Plano de Logística Sustentável (PLS). 

Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Vivenciando a aviação: projeto Criando Asas leva 40 crianças de escola pública do DF para visita ao Aeroporto de Brasília

Iniciativa desperta o interesse dos estudantes para as carreiras da aviação e amplia as oportunidades de grupos minoritários


brilho no olhar das crianças diante da grandeza da aviação foi a marca da visita do projeto Criando Asas, do programa Asas para Todos, realizada nessa quarta-feira, 10 de setembro, em Brasília (DF). Ao todo, 40 alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 28 de Ceilândia (DF) conheceram o Centro de Treinamento (CT) da Anac e o Aeroporto Internacional de Brasília, explorando os bastidores de tudo o que garante a segurança e a eficiência nas viagens de milhares de pessoas todos os dias. 

A aluna do 9º ano, Helena Paz Mendes, compartilhou seu sonho: ser pilota e cursar Astronomia, Engenharia Aeroespacial e Física. “Quero entrar para a aeronáutica, completar 40 mil horas de voo e depois, quem sabe, trabalhar em uma empresa aérea no Brasil. Achei o projeto da Anac muito interessante e uma oportunidade para abrir portas para mim”, contou. 

Na abertura do evento, no CT da Anac, o diretor Luiz Ricardo Nascimento se emocionou ao relembrar sua trajetória: “Nunca estudei em escola particular, e ainda assim cheguei a ser piloto da Aeronáutica e hoje sou diretor da Anac. O que faz a diferença é a vontade de estar em algum lugar. Para quem sonha com a aviação, vá atrás: toque, veja, entre em um avião, voe. Um dia vocês também estarão aqui”. 

É esse o propósito do projeto Criando Asas: aproximar as novas gerações do universo da aviação civil, com foco em despertar o interesse por diferentes carreiras do setor e ampliar oportunidades para jovens de grupos minoritários, como estudantes de baixa renda, meninas, mulheres e pessoas negras. 

O estudante Kauã Alves, também do 9º ano, destacou que o projeto deu a ele uma oportunidade única: “Estou amando essa experiência. O projeto dá oportunidade para muitas pessoas conhecerem sobre os aviões e um monte de coisas. Dá uma experiência para vários alunos que não têm condições de estarem aqui para ver, como eu”. 

Os alunos puderam vivenciar o dia a dia no aeroporto, e passaram pelo check-in, pela inspeção de passageiros, conheceram as salas de embarque, o pátio de aeronaves, o abastecimento e a manutenção em solo. Também assistiram a uma simulação de combate a incêndio realizada pelo Corpo de Bombeiros de Aeródromo, uma das grandes atrações do dia. 

A vivência prática mostrou que a aviação é feita de múltiplas profissões e caminhos possíveis, incentivando os estudantes a enxergarem novas perspectivas de futuro. Ao abrir portas para esses jovens, o projeto contribui para uma aviação mais diversa e para o aproveitamento do potencial da sociedade brasileira, fortalecendo também o crescimento do setor e da economia do país. 

A visita também contou com a participação da superintendente de Pessoal da Aviação Civil, Mariana Altoé; da secretária-geral da Anac, Ana Motta; do especialista em Regulação da Aviação Civil, Adair Santos; e da assessora de Comunicação da Inframerica, Júlia Coêlho. 

Criando Asas 

Projeto da Anac que incentiva crianças e jovens de baixa renda e de grupos minoritários a conhecerem de perto as carreiras da aviação civil por meio de visitas a aeroportos. A iniciativa já beneficiou mais de 220 estudantes em experiências nos aeroportos de Brasília (DF), Congonhas (SP) e Galeão (RJ). 

Além das visitas, o projeto realiza atividades em escolas do Rio de Janeiro e de Brasília, levando histórias e curiosidades sobre a aviação de forma lúdica para crianças do Ensino Fundamental. 

Integrado ao programa estratégico Asas para Todos, o Criando Asas fortalece os pilares de diversidade, inclusão, capacitação e formação na aviação civil brasileira. O programa reúne iniciativas distribuídas em três subprogramas: Diversidade e Inclusão, Mulheres na Aviação e Formação e Capacitação. 

Assessoria de Comunicação Social da Anac 

Aeronave roubada no Pará é encontrada pela FAB na fronteira do Brasil com a Bolívia

Avião de pequeno porte foi roubado do aeroporto municipal de Novo Progresso, no sudoeste do estado. De acordo com a polícia, o piloto foi preso e há suspeita de que a aeronave seria usada para o transporte de drogas.


A Força Aérea Brasileira (FAB) localizou no sábado (13), uma aeronave que havia sido roubada em Novo Progresso, no sudoeste do Pará. O avião foi encontrado por agentes da Defesa Aeroespacial e da Força Aérea Boliviana em uma área de mata na fronteira entre o estado do Mato Grosso e Bolívia.

De acordo com a polícia, na quarta-feira (10), três homens armados invadiram o hangar do aeroporto municipal e renderam o segurança. Em seguida, desligaram as câmeras de monitoramento e decolaram com a aeronave por volta das 4h41 da quinta-feira (11).

O Comando de Operações Aeroespaciais, órgão da FAB responsável pela defesa aérea nacional, foi notificado do crime e iniciou as buscas, utilizando inclusive um caça A-29 Super Tucano para monitorar o espaço aéreo.

Segundo a polícia, um homem, que seria o piloto da aeronave, foi preso durante a operação. O nome dele não foi divulgado, mas a polícia informou que ele é natural do estado do Mato Grosso.

Segundo as investigações, há indícios de que o avião poderia ser usado para o transporte internacional de drogas. Uma pessoa já foi identificada em Novo Progresso em conexão com o caso, mas também não teve a identidade divulgada.

O caso

O crime ocorreu na noite da quarta-feira (10), quando três criminosos armados invadiram o hangar do aeroporto e, por volta das 4h41 da quinta-feira (11), decolaram com o avião.

Após ser notificado do roubo, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), órgão da FAB responsável pela defesa aérea nacional, acionou um caça A-29 Super Tucano para monitorar o espaço aéreo e iniciou a investigação da ocorrência.

Paralelamente, foram ativados protocolos de defesa aeroespacial em cooperação com a Força Aérea Boliviana. Segundo a FAB, a atuação do Adido Aeronáutico brasileiro na Bolívia agilizou a comunicação entre autoridades militares e policiais dos dois países, além de facilitar a interlocução com a empresa proprietária da aeronave.

O monitoramento constante do espaço aéreo pelo COMAE garantiu que a aeronave roubada fosse localizada antes de ser utilizada em atividades ilícitas, como o tráfico internacional de drogas.

A FAB reafirma seu compromisso com a soberania do espaço aéreo nacional, o combate a crimes transnacionais e o fortalecimento da cooperação com forças aéreas parceiras, incluindo a Bolívia.

Fonte: Fab

Vai parar tudo? Veja o que você precisa saber sobre a greve da NAV Brasil

Paralisações parciais estão previstas para os dias 24, 26 e 30 de setembro e 2 de outubro; impacto no turismo pode ser minimizado com planejamento


Os trabalhadores da NAV Brasil, estatal responsável pelos serviços civis de navegação aérea no país, aprovaram a deflagração de greve com paralisações parciais programadas para os dias 24, 26 e 30 de setembro e 2 de outubro. Os atos ocorrerão em dois turnos de uma hora cada, sendo o primeiro das 11h às 12h e o segundo entre as 15h e 16h.

Por lei, a categoria deve avisar com pelo menos 72 horas de antecedência em caso de suspensão dos serviços, o que permite tempo de reorganização das operações.

O movimento é resultado de reivindicações trabalhistas, que incluem a implementação do novo Plano de Cargos e Salários (PCS), melhorias no benefício de assistência à saúde, correção da defasagem salarial pós-pandemia e a realização de concursos públicos, ausentes há 14 anos.

Sindicato Nacional dos Trabalhadores na Proteção ao Voo (SNTPV) também aponta sobrecarga de escalas e excesso de horas extras como fatores que pressionam a categoria e podem comprometer a segurança operacional.

O papel da NAV Brasil

A NAV Brasil é peça-chave na infraestrutura da aviação nacional. Seus profissionais compõem o segmento civil do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), atuando em funções essenciais como:

  • Controle de Aproximação (APP) e Controle de Aeródromo (TWR), que orientam pousos, decolagens e movimentação no espaço aéreo próximo aos aeroportos.
  • Meteorologia Aeronáutica, com previsões, informes e vigilância meteorológica usados por pilotos e autoridades aeronáuticas.
  • Serviço de Informação Aeronáutica (AIS), responsável por coletar e divulgar dados críticos para a navegação aérea.
  • Telecomunicações Aeronáuticas, que garantem comunicação segura e eficaz entre aeronaves e unidades em solo.

Esses serviços estão distribuídos em dezenas de Dependências da NAV Brasil (DNB), presentes em aeroportos estratégicos de todo o país, como Guarulhos (SP), Viracopos (SP), Galeão (RJ), Santos Dumont (RJ) e tantos outros.

O que dizem a NAV Brasil e Abear?

Procurada pelo Brasilturis, a NAV Brasil respondeu, em nota, que mantém diálogo com o sindicato e que a proposta de PCS já foi encaminhada à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST). A estatal também informou que, desde março, foram realizadas 17 reuniões para tratar do novo Acordo Coletivo de Trabalho, incluindo a busca de soluções para o auxílio saúde. A empresa reforça que seguirá empenhada em garantir a continuidade e a segurança dos serviços, mesmo durante o período de paralisação.

A esquipe de reportagem também buscou a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), para checar se alguma estratégia está sendo preparada para mitigar atrasos e cancelamentos de voos durante as paralisações, assim como recomendações para o público final e trade turístico. A Abear informou apenas que “está em constante diálogo com a NAV Brasil e articula com as empresas aéreas medidas para minimizar eventuais impactos causados pela paralisação dos controladores de voo”.

Veja o que fazer

Passageiros que têm voos marcados nos dias de paralisação devem acompanhar comunicados oficiais das companhias aéreas e checar eventuais alterações na malha por meio de canais oficiais como site, aplicativo e central de atendimento.

Caso tenha sido contratado um seguro-viagem, é indicado averiguar se ele cobre atrasos e cancelamentos de voos. Uma terceira forma, e a mais indicada, de minimizar possíveis prejuízos é optar por horários fora dos turnos previstos de paralisação.

Já os profissionais do trade turístico podem atuar de forma preventiva ao monitorar escalas e evitar conexões próximas aos horários de greve; orientar clientes sobre reacomodação e reembolso, conforme regras da Anac; e oferecer alternativas de voos e aeroportos sempre que possível.

Políticas de remarcação: Latam, Gol e Azul

Para que passageiros saibam seus direitos caso a paralisação ou qualquer outro evento afete seus voos, seguem alguns destaques das políticas de remarcação das principais companhias:

  • Latam: permite alterar voo, destino ou data por meio do aplicativo, site e central de ajuda. As condições variam segundo tarifa; é necessário verificar custos e possíveis diferencias tarifários.
  • Gol: também é possível alterar o voo via site, app e central de atendimento. Voos nacionais e internacionais têm regras específicas conforme a categoria do bilhete comprado. Em algumas tarifas, remarcação ou cancelamento têm taxas fixas, ou valor não reembolsável.
  • Azul: permite cancelamento ou alteração até um ano após emissão do bilhete, dependendo da tarifa. No entanto, a tarifa também altera os prazos, taxas e condições da remarcação.

Fonte: Brasilturis

FAB reporta que quase 100 mil pessoas compareceram ao Portões Abertos da Base Aérea de Brasília

A Base Aérea de Brasília (BABR) realizou, no domingo (14/09), o tradicional evento Portões Abertos 2025, que recebeu aproximadamente 100 mil visitantes em um dia repleto de atrações aéreas, culturais e atividades para toda a família.

O evento contou com a passagem do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), popularmente conhecido como Esquadrilha da Fumaça, com apenas quatro A-29 Super Tucano realizando sobrevoos em dois momentos distintos da programação. As passagens não incluíram manobras.

Apesar de informações precipitadas divulgadas por parte da mídia e amplamente compartilhadas em grupos e redes sociais, dando a entender que haveria uma apresentação completa do EDA, que tradicionalmente inclui diversas manobras e acrobacias com as sete aeronaves, neste ano não foi realizada a demonstração integral, devido a um momento de transição, envolvendo ajustes operacionais e a formação de novos pilotos.

A programação disponível no site oficial do evento também não mencionava que apenas quatro aeronaves fariam os sobrevoos, o que levou grande parte do público a criar expectativas diferentes do que realmente ocorreu.

Além das passagens da Fumaça, durante todo o dia, os visitantes acompanharam voos de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), como o moderno F-39 Gripen, além das aeronaves de instrução T-25 e T-27. Também fizeram parte da programação apresentações de acrobacias aéreas com a Esquadrilha Fox, demonstrando a habilidade e o preparo dos pilotos.

O Comandante da Base Aérea de Brasília, Coronel Aviador Nicolas Silva Mendes, ressaltou a importância da iniciativa. “O objetivo principal dos nossos portões abertos é realmente abrir nossas portas para que a população de Brasília e região possa vir conhecer a Força Aérea, conhecer os nossos aviões, conhecer os nossos militares, mostrar o que a gente faz e também despertar o sonho nas crianças de vir para as Forças Armadas”, afirmou. 

No solo, o público ainda pôde assistir apresentações da Banda de Música da PMDF, da Banda Marista, do grupo Clave de FAB, da Orquestra Sinfônica da Força Aérea Brasileira (OSFAB) e da banda “BSBeat”, além de atividades no Hangar do Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo (6º ETA), Esquadrão Guará.

A programação contou com a demonstração do Pelotão de Cães de Guerra do Grupo de Segurança e Defesa de Brasília (GSD-BR), rapel realizado pelo Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF) e uma apresentação de capoeira com o Grupo Ginga Brasileira.

A participação da comunidade reforçou o caráter educativo e cultural do evento. O motorista Wanderson Santiago destacou o clima acolhedor do evento e a emoção de vivenciar o momento ao lado do filho. “A turma é bem acolhedora, todos muito prestativos. Estou com meu filho Nathan, de quatro anos de idade. A expectativa é ver a felicidade e a alegria dele ao conhecer os equipamentos da Força Aérea“, contou. 

Congestionamento

O evento aéreo provocou congestionamentos nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília, impactando passageiros que relatam ter perdido voos devido aos atrasos no trânsito, informou o g1.

Segundo a Inframerica, empresa responsável pela administração do aeroporto, um acidente envolvendo veículos contribuiu para a lentidão na região. Já a FAB ressaltou que o evento contou com planejamento minucioso em parceria com órgãos de trânsito. “No entanto, o interesse do público vem superando as expectativas e, dessa forma, desencadeando lentidão“, disse a Força Aérea.

Com informações da Força Aérea Brasileira